Trinta e sete

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"Eu mal vejo a hora da doutora dizer que já é o momento delas nascerem. Estou sentindo muita dor nas costas, nos pés e só consigo cochilar sentada." Apolline reclama.

"E ainda me expulsou de casa." É a vez de Henry reclamar, os olhos azuis fuzilando Apolline, que apenas o ignora. "Depois eu sou o imaturo."

"C'est un pauvre malheureux." Pela cara de Henry, a ruiva não o elogiou e a discussão só não continua porque Apolline é a próxima paciente a ser atendida.

"Eles só vão se acertar quando as crianças nascerem." Desejo mesmo que Gabriel esteja certo. "Agora vamos comemorar que a nossa família está completa e logo, logo os três carregarão o sobrenome Mikaelson!"

"Se isso foi um pedido de casamento, saiba que foi muito tosco." Bato em seu braço, fazendo-o gargalhar; Barry estende a mão para que eu segure, ficando assim, entre nós, enquanto caminhamos pelos corredores do hospital.

Passamos em um restaurante brasileiro, que prepara uma comida caseira muito gostosa e saudável e levamos nosso almoço para casa; e de sobremesa uma torta de maracujá, que deixou minha Diana Feijão com água na boca.


"Vão tomar banho enquanto arrumo a mesa." Gabriel segue para a cozinha e Barry e eu subimos para o quarto; dou um rápido banho no pequeno e o deixo vestido antes de entrar no banheiro para tirar a sujeira do corpo e ganhar um pouquinho de energia para degustar o almoço. Perco a noção do tempo sob a água quente e só quando minha barriga ronca, lembro do mundo lá fora. Já vestida e com os cabelos presos em um rabo de cavalo, saio do banheiro e não estranho ao não encontrar Barry sentado na cama.

Desço lentamente a escada, prestando atenção nos degraus e tomando o máximo de cuidado para não tropeçar. Respiro aliviada quando cumpro a minha meta e o cheirinho de comida faz a Feijão Diana dar piruetas na minha barriga.

"Já vamos comer, amorzinho." Encontro Gabriel e Barry sentados em torno da mesa de refeições, que hoje tem até uma rosa amarela dentro de um jarrinho com água. "Desculpem a demora, mas a água estava muito gostosa." Sento na cadeira entre os dois e recebo um beijo de Gabriel.

"Então, sirva-nos, doutora Salvatore." Destampo a travessa, preparando-me para pegar o prato de Barry, porém, paraliso ao ver uma pequena caixinha vermelha depositada bem ao meio da travessa de vidro, separada estrategicamente do arroz.

Olho para Gabriel, que se mantém sereno, o sorriso desenhado nos lábios perfeitos; os olhos claros cheios do mais puro amor. Com as mãos trêmulas pego a caixinha  e a abro; um delicado anel prateado, cravejado de uma minúscula pedra rosa me faz soluçar ao compreender o seu significado.

"Eu pensei em várias formas de te pedir em casamento e nenhuma delas foi melhor do que essa." Gabriel pega a caixinha e ao retirar o anel da mesma, ajoelha-se ao meu lado; pelo canto dos olhos, vejo Barry se ajoelhar na cadeira, atento aos nossos movimentos. "Sei que não tem nada de romântico, que não sou nada romântico; mas eu amo você, amo os filhos que me deu, amo a nossa família." Já soluço de tanto chorar, completamente tomada pela emoção. "Passarei todos os dias da minha vida lutando para ser o melhor companheiro que você merece, para ser um pai tão incrível quanto o meu. Protegerei você e nossos filhos com a minha vida se for preciso e para isso, necessito ter você ao meu lado para todo o sempre. Aceita casar comigo, meu amor?"

Incapaz de verbalizar qualquer palavra, meneio a cabeça várias vezes, afirmando que sim, aceito casar com o único homem com quem dividirei uma vida e a quem sempre amei mesmo quando ainda não entendia o sentimento profundo que nos unia.

O anel desliza por meu dedo com tamanha perfeição. Tão bonito. Tão delicado. Tão significativo.

"Eu amo você, Gabriel." Correspondo ao beijo com sabor de lágrimas, de amor. Barry ao nosso lado começa a bater palmas, a Diana Feijão a se mexer acompanhando o ritmo do irmão. "Amo vocês três. Minha família."

"Nossa família." Ainda abaixado na minha frente, Gabriel puxa Barry para o seu colo; os dois colocam a mão sobre minha barriga, no lado em que Diana chuta com entusiasmo.

Nós quatro somos uma família, que se iniciou de uma forma lindamente torta, mas que não poderia ser mais perfeita.



(Nasci Para Te Amar - RBD)

Só quero te falar na sua linguagem
Para que me leve onde estiver
Em todas as partes, porque

Porque só quero diariamente te conquistar
Para que vivamos para sempre
Apaixonados, porque

Meu corpo sente a sua falta quando
Acordo e você não está ao meu lado
E às vezes eu começo a chorar por te amar tanto

Eu nasci para te amar, me basta te olhar
Para saber que meu destino é você
Nasci para te amar, minha vida te entregar
Cada manhã que amanheça comigo
Comigo, comigo, comigo

Já tocamos o paraíso
Quando nos olhamos e depois
Nos estregamos

É como perder a noção do chão
E nos elevamos ao juntar
Nossos lábios mornos

Meu corpo sente a sua falta quando
Acordo e você não está ao meu lado
E às vezes eu começo a chorar por te amar tanto

Eu nasci para te amar, me basta te olhar
Para saber que meu destino é você
Nasci para te amar, minha vida te entregar
Cada manhã que amanheça comigo

Quando você está comigo
Sinto que não preciso de mais
Me acaba o frio e sei
Que aqui o tempo parará
Te olhando nos olhos

Eu nasci para te amar, me basta te olhar
Para saber que meu destino é você
Nasci para te amar, minha vida te entregar
Cada manhã que amanheça comigo

Eu nasci para te amar, me basta te olhar
Para saber que meu destino é você
Nasci para te amar, minha vida te entregar
Cada manhã que amanheça comigo
Comigo, comigo, comigo







Aaahhhhh😍😍😍 que lindinhos!!!😍😍😍

Série Corações Feridos: Não me esqueça (Vol. 4) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora