Interlúdio: Sobre Grimaldi Volk

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"O forte homem fraco."

16 de Dezembro, 1918. Segunda-feira. Potsdam, periferia de Berlim, casa de Heiko Volk.

Por Heidi Volk.

Meu primo sempre foi teimoso, mas criativo. Sempre com ideias mirabolantes e revolucionárias até determinado ponto. Tinha diversas brigas com a docência do colégio por conta de sua argumentação incisiva "Vocês são tão cegos que não conseguem ver a verdade!", afirmava. Mas tudo mudou com a morte de meus tios, seus pais. Passou a ser manso e passivo, me dava arrepios. Como um garoto doce e cheio de energia pode se tornar frio e amargo? A gestão de meu pai sobre ele fez mais do que a morte de seus pais.

— O que aconteceu? — Questionei enquanto descia as escadas, pois percebi a movimentação no piso térreo de casa.

— Albert e Adelheid morreram. Vamos nos preparar para receber Grimaldi. — Respondeu minha mãe.

— Como se não tivéssemos problemas o suficiente. — Bradou Heiko Volk, meu pai.

Fiquei paralisada, sem saber o que pensar. Grimm precisa de apoio e só terá a mim aqui... E talvez, minha mãe.

Ômega VolkWhere stories live. Discover now