Capítulo 3

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Apogeon abriu os braços e afastou quase todos da porta. Os outros que não foram alcançados o seguiram para o centro da sala enquanto Paulo fechava a porta, abafando as trovoadas. O clima aconchegante do castelo estava se transformando numa atmosfera sombria. Rupert sentia como se estivesse mergulhando em um filme de terror, ainda incapaz de acreditar no que estava acontecendo.

— Vocês levarão os garotos e Morgana pela estrada na lateral do castelo, conforme o combinado — relembrou Apogeon, olhando para Paulo ao se afastar do grupo e se aproximar das portas. Ao invés de abri-las, no entanto, ele olhou para Morgana e os filhos com um sorriso. — Lamento muito por não ter envolvido vocês. Precisei analisar bem as visões e só então me dei conta das tempestades que percorreram todas as cidades até aqui. Eu tinha minhas hipóteses de que ele estava voltando, mas me pareceu algo tão absurdo que fiquei com receio de alarmar a todos com algo que nem mesmo eu acreditaria.

— Ainda podemos cuidar dele juntos, Apogeon — insistiu Morgana com um fio de voz. — Por favor, use sua cabeça. Você sempre preferiu cuidar das coisas sozinho. Deixe sua família ajudar você!

Apogeon abaixou levemente sua cabeça, provavelmente refletindo sobre seus planos. Olhou para a porta atrás dele e depois para os filhos com um novo sorriso surgindo no meio da barba prateada.

— Venham aqui — chamou, estendendo a mão direita para eles.

Rupert foi um dos últimos a se unir ao pai. Morgana também se aproximou, deixando Paulo e Ramsés. Apogeon colocou o braço direito sobre os ombros de Matheus e o esquerdo sobre os de Iara, aproximando ainda mais a família que fez um círculo.

— Confiam em mim, não? — perguntou com os olhos verdes brilhando por cima dos óculos caídos na ponta do nariz torto.

Todos concordaram com a cabeça, alguns respondendo com sim. Ouviu-se uma trovoada assustadora, as luzes brancas iluminando Paulo e os tronos. Teria iluminado Ramsés também se não estivesse se dirigindo para a adega. Então, os pingos de chuva começaram a atingir as janelas, os tijolos e a porta de madeira atrás da família Brant.

— Vocês confiam nos poderes do pai de vocês, não é? — continuou Apogeon, seus olhos revezando entre todos ali.

— A questão não é essa... — começou Morgana, que foi interrompida pelo marido.

— Peço desculpas pela minha ausência, mas foi tudo para planejar os dias que estão por vir. Aquele homem é imbatível, mas se vocês tivessem visto o que eu vi...

Pelo que pareceu dois segundos, Apogeon olhou para Rupert, lhe provocando pânico novamente. Com um pigarro, ele olhou para Paulo, removendo os braços de cima de Iara e Matheus e corrigindo sua postura.

— Vocês vão derrotar ele, mas não aqui. Por favor, confiem em mim. Só vou conseguir enfrentá-lo se eu tiver a certeza de que vocês não estão envolvidos. Vou encontrar vocês quando tudo estiver calmo.

Rupert Brant e os ElementaisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora