Ainda no Arizona

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Bocejei de olhos fechados, o sol estralava em meu rosto eo sono pesava no corpo, dormi muito mal, a minha insônia tem piorado, coçei os olhos olhando os dois lados da pista, vazias, algumas pessoas indo na padaria e outros para a escola, eu moro no arizona, minha cidade tem pouco mais de 3 mil habitantes, agora sabem o porque da rua vazia e do sol estralando, são so 08:00 da manhã e o sol queima a pele como sol do meio dia, o meião que uso ajuda a esquenta, não vejo a hora de chegar no ateliê, la tem ar condicionado.
Para isso preciso do ônibus, que está demorando, ja faz 15 minutos que estou aqui, e estou com tanta preguiça de ir andando. Abro a bolso e pego meu pequeno espelho, minhas olheiras estão horríveis, ontem chorei tanto, tanto, ate sentir dor de cabeça, dormi acho que 3 da manhã, minha barriga está roncando pra completar.

Minha mãe brigou comigo ontem por demora 10 minutos no banho, ouvir ela brigar uma meia hora, a mesma coisa de sempre " você não paga nada aqui "
Eu sei, e ja disse que não precisa lembrar, mas não adianta...

Finalmente o onibus chega, quase vago. eu queria que minha mãe parasse de me humilhar por tudo que uso naquela casa, eu quero um emprego para me ver livre dela, mas aqui no arizona a unica coisa que eu conseguiria seria babá e frentista de posto de gasolina. Eu odeio crianças...

Finalmente cheguei no la dance, ja tem algumas meninas coloco minha bolsa no chão para calçar a sapatilha, que ja estão bem velhas. Hora de esquecer os problemas.

(

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(...)

Duas da tarde, e estou mega atrasada pro curso de informática, resolvo ir correndo, são só duas quadras de distância daqui, eu consigo.

Estabilizo a respiração e enxugo o suor da testa. Bato na porta.

- professor, descl. - fui cortada.

- não perguntei, entre logo. Não deveria se atrasar a essa altura do curso, amanhã você se forma!

- eu sei professor, to tão ansiosa...

(...)

- Mãe ? Cheguei to com tanta fome. - jogo a bolsa no chão correndo para a cozinha.

- deixei o seu no micro-ondas, e não se esqueça que a louça e sua! - dito isso ela foi para a sala sentando-se do lado do meu maldito padrasto.

Ele se ofereceu para pagar meu curso, dizendo que isso ajudaria a arruma um emprego, ate agora não arrumei nada, a não ser ele me cobrando todo dia a mensalidade que ele paga.

(...)

- lorenzo? Demorou ein. - disse vendo meu irmão entrar no quarto.

- agora! Muita gente pediu pizza hoje, e alguma data especial ? - disse tirando o tenis fazendo o quarto feder a ovo pobre.

- não, hoje e um dia comun, e coloca esse sapato la fora ou a gente vai morrer asfixiados.

Ouvi meu celular vibrar dentro do criado mudo, ninguém nunca me liga, isso e muito estranho, mas atendo.

A dançarina do ArizonaWhere stories live. Discover now