– Que coisa difícil. – A tenista fez uma careta e Rav deu um sorriso maldoso.

– Pesce?

No way. – Joan riu. – Não, nunca nem pensei, conheci a ex e tudo mais e... Não.

– Mas ele é tão lindo...

– Todo seu!

– Mas você não vai fugir desse questionamento.

– Quem eu queria pegar naquele time, Rav, pode ter certeza que eu peguei e ele se chama Viktor Zebulon.

– VOCÊ É RIDÍCULA!

– EU SOU!

As duas berravam na rua, porém, não davam a mínima para as pessoas que olhavam como se elas fossem loucas. No fundo eram mesmo e estavam se divertindo, e ninguém tinha nada com isso.

Quando chegaram no Roland Garros, Dominic estava logo na entrada conversando com algumas pessoas de sua equipe e outras que nenhuma das duas reconheciam.

– Joan – Dominic interrompeu o assunto, se afastando da rodinha para falar com ela –, treino.

Joan ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços, pronta para dar uma resposta esperta quando ele resolveu se retratar.

– Palavras da Gayle.

Oui. – Ela levantou os braços em rendição e foi em direção ao vestiário, mas ainda pode ouvir a pequena conversa que se desenrolou ali.

– Oi, Raven – Dominic provocou e ela podia sentir Ravena revirando os olhos.

– Vai se foder, Thiem.

– Isso é um convite?

Joan riu, literalmente não sabia como aguentava as amizades que tinha, mas aquelas, sem dúvidas, eram as melhores. Então ela entrou no vestiário, se preparando para o último treino antes das qualificações.

...

De alguma forma, Brant tinha sido a favorita da chave 1, fechando com uma vitória contra a dinamarquesa Caroline Wozniacki. Rumo as semifinais, para ela era tudo sobre Roland Garros. Concentração, treino, foco, diversão só nas horas vagas e até o contato com o namorado estava sendo escasso. Claro que ela tinha acompanhado quando a seleção chegou na Suécia e toda a festa que foi, mas os dois sabiam que agora era o momento dele de relaxar e o dela de trabalhar.

Nas semifinais, Joan iria enfrentar a suíça Timea Bacsinszky, que foi considerada uma zebra na chave 2, a qual venceu da também americana Venus Williams. Nesse meio tempo Zverev tinha ficado para trás, assim como Coco, mas Thiem estava na luta pelo Slam junto com a amiga e de novo o austríaco enfrentaria Rafael Nadal, mesmo que dessa vez fosse nas semi.

– Alguém tá afim de apostar? – Ravena perguntou, com os pés para cima no apartamento em Paris e o celular em mãos.

Era a noite anterior aos jogos e Dominic assistia Bob Esponja em francês, enquanto Joan olhava para o teto, pensando no brigadeiro que comeria quando voltasse para casa.

– Não – respondeu, parecia até um pouco mal humorado, mas a verdade era que jogar com Nadal sempre o deixava ansioso. – Você vai apostar no Nadal.

– Ainda bem que você sabe. – Ela apertou a bochecha dele e ele lançou um olhar de puro escárnio, antes de se reclinar sobre ela e soltar as palavras no ouvido dela em forma de murmúrio.

– É uma pena, se apostasse em mim podíamos fazer disso uma vitória dupla e muito agradável.

– Ah, querido, de você eu não quero nada, pode ter certeza. – Rav sorriu e Joan observava aquela pouca vergonha como se fosse só mais um episódio da mina de pérolas estrelado por Rav e Domi.

HurricaneWhere stories live. Discover now