- Uma cerveja amanteigada, por gentileza! – pediu educadamente.

- Só um momento, por favor! – pediu Rosmerta indo buscar o pedido.

Aurora observou Draco discretamente de cima a baixo ao seu lado no balcão. Ele estava muito bem vestido como sempre, mas ela percebeu que tinha algo de diferente nele e aquilo lhe chamou a atenção. Mesmo estando com o seu terno fino, cabelo arrumado e andar elegante, aquele não era o mesmo Draco de antigamente. Ele não tinha mais aquele olhar de superioridade, mesmo que estivesse com as expressões serias.

- Draco? – chamou Aurora.

Draco virou o rosto para encará-la fazendo uma expressão que ela não estava conseguindo identificar. Não sabia se ele estava a reconhecendo ou não, mas resolveu seguir em frente.

- Sou Aurora Foster, eu era amiga da sua mãe. Ia bastante a sua casa para passar a tarde com Narcisa, quando não íamos fazer algumas compras... Está lembrado? – perguntou com uma voz doce.

Precisou pensar com alguns minutos

- Ah sim... Agora estou me lembrando! – disse lhe dando um leve sorriso.

Aurora teve vontade de rir, pois nunca havia o visto sorrir, mesmo que fosse de forma discreta.

- Como está, querido? – perguntou

- Estou bem, e a senhora?

- Fico feliz! Eu também estou bem. Acabei de voltar a Londres. Como es... – Aurora ia perguntar sobre Narcisa, mas foi interrompida do Rosmerta.

- Aqui está a cerveja que o senhor pediu!

- Muito obrigado! – Virou Draco para Rosmerta e agradeceu. – Desculpe, o que ia me perguntar? – Virou para Aurora novamente.

- Gostaria de saber como está a sua mãe – disse lhe dando um leve sorriso, mas logo se desfez devido ao suspiro de Draco. Ela não entendeu aquela reação.

Desde o fim do julgamento, muitos boatos e teorias a respeito da inocência de Draco eram criadas pelos jornais locais, principalmente pelo Profeta Diário, que mesmo com as exigências de Hermione no passado, não perdiam a oportunidade de publicar algo a respeito dela e agora de Draco. Mas ele dava graças a Merlin que nenhuma notícia a respeito de sua mãe tinha sido vazada. Ao ouvir a pergunta de Aurora um pequeno nó formou em sua garganta, mas ele conseguiu disfarçar por meio do suspiro. Ele tinha noção que Aurora não poderia saber do que tinha acontecido com sua mãe, por isso ele não ficou bravo pela pergunta, inclusive ele achava que ela merecia saber da verdade. Porque ele sabia o quanto as duas eram unidas.

- Se importa se nos sentarmos? A senhora tem tempo para conversarmos um pouco?

- Claro! – disse Aurora um pouco confusa. – sem problemas.

Os dois seguiram em silencio para uma das mesas mais afastadas do pub, ainda recebendo os olhares das outras pessoas, mas, assim como Draco, ela também resolveu ignorar. Ao chegarem à mesa, Draco pôs a bebida em cima, afastou a cadeira para Aurora se sentar e fez o mesmo logo em seguida na cadeira em frente a ela.

- Não sei se deveria ser assim, mas não sei como ser diferente. Apesar de nunca ter tido um contato diretamente com a senhora, acho que seria melhor saber por mim, pois era importante para a minha mãe.

- Por quê está me dizendo isso? – disse Aurora de forma preocupada.

- Minha mãe faleceu – disse num tom baixo para as outras pessoas não ouvirem.

Nas profundezas do Lago - 2ª Temporada (Dramione)Where stories live. Discover now