10 - O Impossível

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Ao descer no meu andar, Sun transmitiu uma enorme alegria com o brilho em seu olhar. Logo depois, veio o sorriso mais sincero. Ela me abraçou.

— Olá, meu jovem, que felicidade em te ver novamente...

Eu sorri e a abracei de volta. Meu sorriso caiu quando vi Christopher no fim do corredor, me olhando com uma expressão séria.

— Arthur, pode vir. — ele disse e entrou em seu escritório.

— Vá. Depois nos falamos. — ela completou e eu sorri mais uma vez. 

Andei até o seu escritório, dei duas batidas de leve na porta e entrei.

— Fecha a porta, por favor. — ele me pediu.

Obedeci.

— Então, Arthur. Pode falar. — entrelaçou os dedos da mão esquerda na direita, apoiando-as na mesa. Ficou me olhando.

Me aproximei devagar de sua mesa, sem saber como explicar direito. Porém, o tempo estava passando e o silêncio aumentando. Eu precisava falar logo.

— Bom, é que... é... eu quero voltar a trabalhar aqui. 

— É mesmo? E por que essa mudança de decisão tão repentina?  

— Eu preciso trabalhar. 

— Tem várias oportunidades aí fora, ué. Por que a ViennaLife?   — ele abriu as mãos. 

— Eu preciso trabalhar urgente e não encontro emprego.

— Pensou no que eu te falei?

— Não! Eu só preciso trabalhar, por favor.

— Hum... — Christopher respirou fundo e se acomodou na cadeira, se espreguiçando. — Bom, Arthur. Agora parece que precisamos um do outro. Sentimento recíproco, agora. Talvez desse jeito você possa me entender. 

Revirei os olhos. 

— Te aceito de volta, Arthur, porque sabe que a empresa ainda é carente de um cargo igual ao seu. É um assunto urgente, mas saiba que não poderá mais exigir nada aqui dentro. Qualquer coisa, não penso duas vezes e te mando pra rua. Você já passou dos seus limites, teve muitas chances. — ele disse, apontando o dedo pra mim. 

É,  era um pouco justo ele querer se vingar de mim agora. Enfim, tudo bem. Seria só um mês pra eu conseguir o dinheiro suficiente. Pedi licença e me retirei.

— Você começa amanhã mesmo.

 Aturar tudo isso por mais um mês não seria muito problema. Talvez já começasse ganhando dinheiro com meu livro depois disso, ou talvez arrumasse outro trabalho pra mim, por garantia. Não importa, eu sempre dou um jeito. 

  ∞  

Christopher continuou fazendo suas grosserias e agindo de forma impaciente o tempo todo no trabalho. Como disse anteriormente, fui obrigado a passar por tudo isso. Estava bem próximo do meu pagamento, ainda bem! O mês de dezembro tinha acabado de começar. Andrea me chamou para participar de um amigo oculto que a equipe realiza em todo o natal, então eu decidi participar. 

Dois homens, um coração (Romance Gay)Where stories live. Discover now