Capítulo 4 - Hoje Não

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Notas iniciais: Para quem pediu, Julinha deu dicas do seu "segredo" nesse capítulo!

O capítulo está fervendo! Acho que vocês vão curtir!

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*** Link para música - *** (Quando o capítulo começa com modão é porque a coisa vai ser séria) ***

- "De que me adianta viver na cidade, se a felicidade não me acompanhar" - A Thaeme e a Bruninha cantavam a pleno pulmões enquanto eu dirigia rumo à fazenda do Sorocaba.

O dia estava lindo, a estrada estava tranquila, eu adorava aquela música, mas eu estava quieta no banco do motorista enquanto acelerava a minha Pajero mais do que devia e fazia os pneus cantarem ao passar pelas curvas da rodovia. Eu adorava dirigir. Comandar um carro sempre me trazia uma sensação de liberdade, de poder, e era ótimo para pensar na vida. Só a estrada na sua frente, o vento no cabelo... Minha mente corria mais rápido que eu na estrada.

- "Cortando estradão, saio a galopar". Vai Julinha, só você agora - A Thá disse muito animada no banco do passageiro. Seus cabelos se agitavam com o vento e os fios loiros faziam contraste com as lentes escuras dos seus óculos.

- Ah Thá, não tô no clima hoje - Cortei o barato da minha amiga - Tô pensando uns "trem" aqui - Tentei me explicar para não parecer muito chata.

- Pera aí! Prin não tá no clima de fazer bagunça? Pode começar a "desembuchar", Jú. O que tá acontecendo? - A Anjinha já foi se metendo na conversa colocando o corpo entre os dois bancos da frente do carro e tampando completamente a minha visão do retrovisor traseiro. Mesmo assim não fiquei brava com ela. Ela com aquele sorriso era capaz de dobrar qualquer um. Igualzinha ao irmão...

- Tô aqui "matutando" sobre o que o Luan falou. Ainda não sei se ser tempestade é uma coisa boa - Acabei confessando. Não ia adiantar tentar disfarçar, quando eu estava preocupada com alguma coisa eu sempre dava na cara.

- Ser tempestade? Ué, vai chover hoje? - A Thaeme perguntou já olhando para o céu, preocupada, fazendo eu a Brú cair na risada.

- Não, Thá! Deixa eu te explicar... - Contei tudo para ela sobre a conversa que ouvi pelo telefone. Ela pareceu bem impressionada com a forma que o Luan me definiu.

- Nossa Jú, mas foi lindo isso que ele disse! Na boa, certeza que ele ainda sente algo muito forte por você - A cantora opinou.

- Eu disse isso para ela. Principalmente porque ele falou isso com os olhinhos brilhando, todo apaixonado e com aquela cara de bobo que só o meu irmão sabe fazer - A Bruna também deu o seu "pitaco".

- Eu gostei do que ele disse, mas é que é essa coisa de ser tempestade... Poxa, tempestade geralmente não é coisa boa, né? Ninguém fala "Olha que bacana, uma tempestade!" - Comentei. A minha dúvida era: o Luan disse o que eu era para ele, mas ele não explicou quais foram os efeitos da tempestade sobre a sua vida. Tudo bem que depois de tudo o que eu fiz eu não poderia esperar muito dele, mas no fundo eu tinha esperanças que um pouco do amor que um dia ele sentiu por mim tivesse sobrevivido.

- Sem contar que a Tempestade tem cabelo branco. Verdade, acho que a Jean Gray ia combinar mais com você! - A Thaeme falou fazendo cara de pensativa - Sem contar que você ia fica um arraso ruiva.

- Jean Gray? - Do que mesmo ela estava falando?

- Jean Gray, dos X-Men, mulher! Professor Xavier, Wolverine... - Ela explicou.

A Nossa CançãoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz