Capítulo 02

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Eu preferi reprimir o desejo e acabei deixando as coisas como estavam. Eu seria forte, teria Ângelo apenas um bom amigo, alguém com o qual jogar conversa fora durante minhas horas de caminhada. Disse para ele que suas indiretas estavam me deixando constrangida e se não parasse eu me afastaria pondo fim a nossa amizade, ele se mostrou muito desapontado porem disse que respeitara meus sentimentos, comecei a tratá-lo de modo formal, a evitar as corridas no parque, então ficava em casa, queimava as calorias em minha bicicleta ergométrica para não o encontrar com tanta frequência. Aquilo não deixava de ser um sacrifício, o meu corpo pedia, minha razão dizia que não. Me fechei para o desejo que ardia e me concentrei em outras coisas.

Achei que assim meu tesão por ele com o tempo ia desaparecer, mas não foi o que aconteceu, comecei a ter sonhos eróticos, sempre com ele. Nestes sonhos eu me via deitada sobe o seu corpo, sendo possuída loucamente, acordava suada e assustada. Tentava conter aquele desejo insano meu fogo dando para meu marido, mas já não conseguia ter um orgasmo a não ser que imaginasse que era o Ângelo quem estava me comendo. Eu me apavorava –Imagina se eu errar e chamar o Marcos de Ângelo, como eu poderia explicar?

Um dia quando estava tomando banho, meu chuveiro parou de funcionar, eu estava toda ensaboada, estava frio demais para uma ducha gelada, como sempre detestei tomar banho frio, tive a ideia de chamar o Ângelo. Ele veio prontamente, ao me ver enrolada numa toalha, seus olhos ficaram como a me comer apenas com os olhos, percebi a bobagem que tinha feito, mas eu precisava alguém para arrumar o chuveiro, eu sempre tive medo de eletricidade, então expliquei a ele, que em alguns minutos, resolveu o problema dizendo que era apenas um mal contato dos fios ligou a ducha e mostrou-me a agua quentinha caindo.

Nesse momento fui lhe dar um beijo de agradecimento, porem ele desviou a boca de meu rosto para a minha e puxou me dando um beijo de tirar o folego, senti um tesão irresistível. Quando percebi estava sem a toalha ele se librou das roupas também e me agarrando debaixo do chuveiro, me abaixei e comecei a chupa-lo ele segurou minha cabeça e me forçou a engolir o seu enorme pau, aí perdi a cabeça, o mundo acabou e não lembrei que era uma mulher casada e mãe, estava me entregando a outro dentro de minha própria casa, sempre condenei pessoas que fazem isso, mas não pude resistir a me entregar aquele homem que me comeu de todas as formas, eu vibrava e gemia como nunca, foi uma loucura. Durou mais de uma duas até que ele gozou dentro de mim, depois fomos para quarto ficamos nos agarrando e nos beijando até se aproximar a hora que as crianças chegariam, então pedi para ele ir embora.

Eu acabara de trair meu marido, um homem que até onde eu sabia sempre me fora fiel, recebi as crianças e meu remorso aumentou, me senti imunda, fiquei pensando −Que pessoa desprezível eu sou. Eu não sou digna do amor de meu marido e muito menos dos meus filhos.

Aquela situação não poderia se repetir, disse ao Ângelo para não me procurar mais, eu não poderia voltar a trair o meu marido com ele dentro da nossa própria casa, então o safado me disse:

−Claro, vamos fazer amor na minha casa, eu moro sozinho é muito mais seguro, estarei esperando você toda manhã a partir das sete e meia, faremos loucuras maiores ainda meu amor.

Ele tirou do bolso um chaveirinho, dizendo que era para mim, eu deveria entrar sorrateira e discreta na casa dela, lá nosso amor aconteceria de forma louca e ardente, nas manhãs paras os amantes.

Eu não esperava aquela atitude, tentei recusar a chave, mas ele disse fazer questão que eu ficasse com ela, disse também que eu não precisaria usar se não quisesse e não ia me procurar mais. A decisão de continuar nosso caso seria toda minha, se eu não quisesse a chave que a jogasse fora.

Acabei ficando com as chaves, dizia para mesma que nunca a usaria, pois não desejava ter um amante ou voltar a trair meu marido, pois ele podia não ter mais o fogo de antes porem continuava a ser um bom marido e ótimo pai. –Como eu pude ter feito aquilo, o peso em minha consciência me atormentava, fui até um riacho próximo na cidade com a intenção de jogar a chave nele, porém não conseguia, me aproximava da margem, fechava a chave na mão, queria arremessar, porem uma força maior dentro de mim me impediu.

Voltei para casa com as chaves na minha bolsa, não sabia o que fazer, ficava pensando em tudo que poderia acontecer se meu marido descobrisse, eu perderia tudo que mais amava, apenas por não conseguir resistir ao tesão que queimava no meu intimo me induzindo a insensatez.

As Manhãs para os amantesWhere stories live. Discover now