Capítulo 03

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Marcos chega em casa me beija como sempre, eu retribui forçando um beijo profundo, ele parece não se importar, se afasta de mim e vai assistir o seu programa de TV favorito, eu não desisto, tomo um banho, me encho de perfume e visto minha lingerie mais sexy, aguardo ele decidir vir para o quarto onde estou à sua espera toda oferecida, ele me olha e finalmente vem para cama, nos beijamos e começamos a fazer amor, eu tento manter a concentração nela mas rosto do Ângelo surge em minha mente, eu tento não entrar em delírio, não perder senso da realidade, em vinte minutos o Marcos goza, me dá um último beijo, vira para o lado e cai em sono profundo, eu fico olhando ele dormir e pensando no safado do Ângelo e na foda deliciosa que tivemos.

Eu adormeci lá pelas duas da manhã. O celular desperta, Marcos toma seu banho, se arruma, me dá um beijo e diz que a noite de ontem tinha sido maravilhosa. –Só se foi para ele, para mim tinha sido muito frustrante, eu sentia vontade de ser fodida por muito mais tempo. Ele se despede de mim e das crianças, entra no carro e sai. Logo depois arrumo as crianças para esperar a perua escolar, o veículo chega leva meus filhos, eu me banho, saio do banheiro, visto-me e olho a bolsa, sinto a tentação de pegar a chave que o Ângelo me deu.

Eu não consigo tirar os olhos da minha bolsa, fico dividida entre a angustia e o tesão. Aquele homem gostoso está me esperando, pronto para apagar o meu fogo. −Droga! Droga! Droga! Digo comigo mesma desesperada tentando me controlar. Eu sei que não devo ceder à tentação, uma segunda foda, significa que a loucura daquele dia ira se transformar em um caso, serei uma mulher adultera. −Mas só mais uma fodinha! Eu precisava.

Não aguentei mais, peguei a chave, sai em direção ' a rua. O Ângelo mora apenas três residências ao lado da minha, estava já molhada e disposta a dar para ele, com a mesma volúpia do outro dia. Porem no estante em que me aproximo do portão do da casa dele, avisto uma pessoa conhecida a Sabrina. Justo ela! A maior fofoqueira do bairro.

−Oi Denise! Tudo bem?

−Sim, tudo bem. Respondi sem jeito.

− Onde você está indo fofa? Perguntou a intrometida. –Puta que o pariu! Tive vontade de dizer −isso não da sua conta sua Bisbilhoteira! Vá cuidar da tua vida. −Mas é claro que não disse. Eu vacilei alguns segundos, pensando em uma boa resposta que me livrasse daquela inútil. Por que tem que existir gente tão inconveniente? Logo quando eu me decido, dou de cara com uma bisbilhoteira e fofoqueira, talvez fosse uma mensagem do destino dizendo que eu deveria esquecer aquilo e voltar para minha casa, me trancar e assistir algum programa qualquer na televisão. Porem antes que eu pensasse algo ela começa a tagarelar.

−Você conhece aquele tipão que se mudou para a casa dos Sousa? Um moreno todo atlético e elegante, ouvir dizer que mora sozinho, nossa ele é um pedaço de mau caminho! −Ela sorri irritante, como já estivesse interessada no Ângelo, isso me deixa furiosa, além de empatar, a minha foda ainda fica de olho no meu amante. Que estou dizendo! Eu não tenho amante algum, foi apenas um devaneio meu. −Droga preciso disfarçar o meu ciúme.

−Não Sabrina. Eu apenas vejo ele as vezes correndo no parque, as vezes trocamos algumas palavras, mas nem havia prestado atenção nele, então você acha ele bonito?

−Ele é um gato! Tinha a esperança de que você e o Marcos fossem amigos dele e pudessem me apresentar, sabe, eu estou sozinha faz algum tempo e não é sempre, que aparece um solteiro deste nível dando sopa por aí. –Eu fico irritada e falo:

−Por que você não bate na porta dele e pede um xicara de açúcar?

− Ótima ideia Denise! Mas você não acha que vou parecer um tanto, oferecida?

Eu não acreditei. −Ela disse mesmo aquilo? Eu estava ironizando, mas ela levou a sério, aquela vadia, ia mesmo atacar o cara que eu gostava. Estará faltando tanto homem assim na praça? –Mas refleti e vi que eu não tinha direito algum sobre o Ângelo, quem era eu para ficar enciumada dele, eu nem sabia direito qual o sentimento tinha por ele, ou se ele queria alguma coisa comigo além de me comer.

−Sabrina já disse, eu não tenho intimidade com este rapaz, ele apareceu a pouco tempo, sei que pratica exercícios de manhã no parque, costuma sair de casa lá pelas duas e nem sei que horas retorna, ele não é do tipo de fazer amizade com vizinhos.

−Mas sabe se ele está mesmo sozinho, em que trabalha? Alguma coisa você deve saber.

Eu estava ficando bolada com aquela situação, a Sabrina era mesmo uma oferecida, ela tinha mais ou menos a mesma idade que eu, uma pele um corpo muito bonito, achei que talvez o Ângelo tivesse pegado ela se a tivesse conhecido antes de mim. Eu não podia dar bandeira, pois também imaginei a possibilidade de ela estar me testando, quem sabe procurando mais uma fofoca. Mas se não fosse isto? Eu não estaria sendo egoísta querendo tomar posse de um homem apenas porque dei para ele uma vez? − Resolvi então ajudar a Sabrina, pois assim eu poderia ficar sabendo se o Ângelo estava gostando mesmo de mim ou era apenas um sedutor barato e se atiraria em cima do primeiro rabo se saia que aparecesse. Sim eu usaria a Sabrina, tinha a certeza de que se o Ângelo, desse em cima dela eu ficaria sabendo porque ela não sabia ficar de boca calada, com certeza iria quere contar vantagem por estar dando para aquele homem gostoso.

As Manhãs para os amantesWhere stories live. Discover now