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Ponto para a morena esquentadinha.

A noite foi boa.

Quando abordei a garota assim que cheguei à festa, não estava nem dando em cima dela. Tive a impressão de ter reconhecido de uma das matérias optativas que faço, tenho quase certeza de que ela está naquela turma também, e tem um trabalho em grupo vindo. Essa matéria não é exatamente do meu ano, então não conheço muita gente ali. Só queria saber o que ela está achando da disciplina. Mas a garota já chegou com quatro pedras na mão. Pelo visto sabe quem eu sou. Preciso segurar uma risada com a ideia. Acho que minha fama está bem ruim pelos corredores da faculdade.

Verdade seja dita, ela está coberta de razão. Sou fácil mesmo, nem finjo que é mentira. Mas aí é que está: não finjo mesmo. Todas as garotas que saem comigo não param na minha cama enganadas, muito pelo contrário, sabem bem onde estão se metendo. Onde eu irei meter, melhor dizendo. E quanto a isso garanto a qualidade do serviço. Não tem ninguém iludido. Somos todos adultos precisando extravasar o estresse da faculdade. Já conheceu algum estudante de medicina que não precisasse de uma válvula de escape para não surtar com as longas horas de estudo e matérias impossíveis de passar? Eu não.

A minha é sexo, e não me desculpo por isso. Todo mundo sai ganhando.

Sorrio ao ver a linda mulher nua ao meu lado na cama confortável de um dos muitos quartos desta casa. Ainda posso ouvir a música rolando lá fora embora o sol já comece a raiar. Deito sobre seu corpo quente, mais uma vez percorrendo a mão por suas curvas, e ela imediatamente sorri mordendo meu pescoço. Parece que a noite não acabou ainda.

***

Começo a descer as escadas com Gabriela ao meu lado. O sorriso de satisfação no rosto dela é impagável e me faz querer voltar para o quarto na mesma hora. Mas não posso. Até para farra tem limite e a prova de amanhã não vai ser feita sozinha. Atravessamos a sala, pulando por sobre os corpos bêbados apagados no chão como se fosse um acampamento mal improvisado e solto uma risada quando vejo o dono da casa capotado com metade do corpo pendurado no braço do sofá. A coluna dele não vai agradecer isso depois. O cheiro de cerveja está muito forte no lugar e agradeço quando saímos da casa e respiro o ar puro. Ainda está um solzinho gostoso do lado de fora. Gabriela não fala nada enquanto andamos até a rua.

— Precisa de uma carona? — pergunto, apontando para o meu carro estacionado ali perto. Um dos muitos carros estacionados. Os vizinhos devem odiar a gente pela bagunça. — Posso te deixar em casa.

Olho para a menina em cima dos saltos bem altos e o vestido curtinho, com a cara ainda meio sonolenta e não me sinto confortável em deixá-la ir embora sozinha. Pode ser de dia, mas esta cidade não é exatamente o lugar mais seguro do mundo. Ela nega com a cabeça e aponta para o próprio carro estacionado do outro lado.

— Mas obrigada — diz sorrindo. — Quem diria que Paulo Moraes era um cavalheiro? — Gabriela sorri e dá um beijo no meu rosto antes de se despedir e ir embora.

Não se envolva [AMOSTRA]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora