I - Bem-vindo

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     O mundo que conhecemos teve várias mudanças. O Grande Passo. Esse é o nome dado ao curto período de tempo no qual ciência e genética evoluíram o que levaria décadas para ser alcançado. Muitas empresas e cientistas estavam engajados em manter o ritmo do progresso, afinal, esse progresso possibilitou muitas coisas como a cura de cânceres, melhoria no transporte e também utilidades para os lares.

    Porém, para alcançar esses avanços eram necessários métodos considerados polêmicos. Dentre esses, pesquisas com pessoas era o mais polêmico. Pois eram feitas pesquisas para ressuscitar pessoas, alterar as capacidades físicas, aumentar a expectativa de vida em muitos anos e o que mais assustava as pessoas que criavam teorias sobre o assunto: clonagem.



    Vila Velha, uma cidade cheia de contrastes

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    Vila Velha, uma cidade cheia de contrastes. Bairros pobres e ricos se encontram criando um cenário incerto. Uma cidade viva com um ritmo não muito agitado. Tem o típico clima tropical brasileiro, quase aleatório. Se há céu cinza e chuva em um dia, fica a quase 40ºC no outro. Imprevisível. Há alguns anos as coisas não eram assim, podia-se notar as estações, uma a uma. As regiões mais habitadas são as próximas ao mar, onde a classe média a alta se sobrepõe, mas longe da costa, na cidade, em bairros que circundam o centro e em bairros periféricos, existem pessoas de todos os tipos. Em um lugar confuso assim, vivia Max.

    Max andava pelas ruas de seu bairro com sua mochila e seu uniforme verde e branco. Ele tinha 1,70 de altura, cabelos pretos cortados curtos, pele clara e olhos castanho-escuros. Junto a ele caminhava Marcos, pele escura, cabelo preto cortado bem curto. Marcos era seu único amigo. Max não costumava se relacionar com muitas pessoas. Não era antissocial, apenas preferia a quietude de sua própria companhia. Marcos era o único que se atinha a conversas realmente interessantes para Max.

    Após passar todo o dia entregando panfletos, ele finalmente chegou em seu pequeno apartamento em um prédio de quatro andares sem nada de especial, e após deixar sua mochila em algum canto empoeirado do quarto foi até a cozinha pensando que poderia comer uma vaca inteira se encontrasse uma no caminho. Procurou nos armários e só encontrou um pão.

     – Nem um suco ou café? – reclamou Max olhando dentro da geladeira.

    Andou lentamente até o quarto com o pão e um copo d'água. Ele ganhava pouco e gastava tudo com contas da casa e internet.

    – Tenho que achar um jeito de comprar comida – pensou. – O dinheiro não sobra.

    Após comer e tomar banho, se sentou em frete ao computador para jogar. Jogos de terror eram seus preferidos. Constantemente pensava em como seria bom se tivesse um computador melhor para jogar jogos com melhores gráficos e efeitos. Mas ele não via isso como o principal e se divertia, de qualquer maneira.

    Enquanto jogava lhe veio à mente o que alguns conhecidos sempre falavam: "Você tem que sair mais".

    – Para que sair? – reclamou Max. – Sempre que saio é um tédio. Não há nada de interessante para fazer e todos ao redor são chatos.

ClonesWhere stories live. Discover now