1. Prólogo

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Todo fim de término nosso doía como o inferno, mas esse pareceu doer tão fundo que até meus ossos ardiam com saudades suas.

Meu peito parecia afundar cada vez que meu olhar encontrava curva do teu sorriso direcionado para outro garoto em alguma aula de português aleatória da semana. Eu sabia que Chittaphon não tinha a menor intensão de me machucar, mas por que eu sentia vontade de chorar em todas as vezes que ouvia a voz de vocês dois no fundo da sala? Você rindo como se meu mundo não estivesse desabando bem debaixo dos meus pés e ele sendo um mero cúmplice da minha dor.

A cada maldito batimento, meu coração clamava por uma mínima interação entre a sua pele a minha, ação milagrosa que eu insistia em dizer para mim mesmo que acabaria de uma vez por todas com todos os demônios na minha cabeça. Mas lá no fundo, minha consciência dizia que eu era o único que poderia fazer isso.

Pobre Jaehyun. As pessoas olhavam desse jeito para você também ou seus sorrisos mascaravam bem a dor que sentia no peito igual à minha? Me perguntava entre um intervalo e outro se você sabia fingir muito bem ou se tudo o que tivemos nunca significou nada para você.

Quando nosso amor se tornou um fardo?

Me perguntei isso durante todas as sete vezes em que bloqueei seu numero do meu celular, prometendo que daquela vez seria diferente e eu não me deixaria cair nos seus encantos novamente. Todavia, minha falha foi tão perceptível e impactante quanto as consequências que vieram com ela.

Mas se era você quem despertava minha alma todos os dias, Lee Taeyong, então como eu poderia acordar na manhã seguinte em que você foi embora?

Eu não poderia, mas tive de fazer isso, por mais que meu peito pesasse uma tonelada e minha cama parecesse meu santuário banhado com lágrimas de dor — a vida pedia que eu despertasse a cada raiar do sol, você tocando minha alma com amor, ou não.

Manhã seguinteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora