Capitulo 7

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Começaram a chover os exames finais, mais uma avaliação a acabar e com tudo o que tem acontecido ultimamente tenho deixado tudo de lado por isso estas semanas decidi por me a estudar e esquecer, bom tentar esquecer tudo o resto.

Hoje como é sábado tenho noite nos bombeiros.

21:45 PM

A noite hoje está bastante agitada, chamada aqui, chamada ali e nem para jantar consegui parar até agora.

(Sirene)

Bom também não foi desta que consegui parar para comer descansado.

Eu não sabia muito bem para onde íamos, mas quando entrei naquela rua, sabia que era para a casa do Bombeiro 144. O meu coração quase parou.

A cozinha estava a arder, quando nos explicaram o que se tinha passado o meu coração de facto parecia um motor apagado. Em quanto entrámos, consegui pegar naquela rapariga que tanto pensava no colo e tirar la de lá. Deitei-a numa maca, ela estava inconsciente por isso levámo-la diretamente ao hospital.

Domingo 15:30 AM

Saí do turno e fui ao Hospital, queria saber como estava, quando cheguei lá o avô dela e a prima perguntaram se podia ficar com ela já que tinham passado lá a noite com ela. Claramente aceitei, ela ainda dormia, por isso sentei-me ao lado dela.

Patricia - Vicen?

Acabei por adormecer também, quando dei por ela, ela estava a chamar por mim.

Vicente - Boa tarde pequenina, como estás?

Patricia - Estou bem, acho eu. Mais uma vez, obrigado, parece que estás destinado a salvar-me a vida. - Sorriu e tossiu.

Vicente - Sim mas já chega não achas? Duas vezes em pouco tempo. - Pisquei o olho direito.

Patricia - Também acho isso, mas acho fofo que me salves, está se a convertir num vício.

Vicente - Parva, não digas asneiras!

Patricia - Nunca mais foste ao parque.

Vicente - Bom, tenho tido testes atrás de testes e acho que precisávamos respirar os dois, tinhas que pôr os teus problemas em ordem e eu regressar aos estudos que já os tinha meios abandonados.

Patricia - Eu sei, e desculpa não te ter ligado, pensei que já não querias saber de mim.- Tossiu intensivamente.

Eu disse para ela beber e assim o fez.

Vicente - E já resolveste alguma coisa com...- Ela interrompeu.

Patricia - Sim, aquele dia ganhei coragem e acabei tudo. Ele continua a ligar-me mas eu já não atendi máis, até veio lá a casa da minha tia mas ela tem me ajudado.

Vicente - E como estás depois disso?

Patricia - Não te vou mentir, mas sinto-me muito bem. Agora muito melhor. - Falou entre os dentes.

Vicente - Que? - na verdade entendi muito bem o que ela queria dizer.

Quando perguntei o quê, ela virou se para mim, olhos nos olhos e ficou com o braço apoiado na almofada.

Patricia - E..eu não consigo me...mentir...- Falou com a voz muito nervosa, e com um brilho nos olhos incrível.

Vicente - Mentir em que pequena?

Patricia - Esperava a que fosses tu a dar esse passo mas acho que n..não....-  entendi perfeitamente onde ela queria chegar, e continuei a falar por ela.

Vicente - Que eu não gosto de ti? Que tal tu como eu não pensámos um no outro? Eu penso sim, desde aquele dia no acidente, bom primeiro acidente não parei de o fazer, sonhava até que perdias a vida, tentava ignorar mas o Ricardo sempre estava lá. Achas que não me custava ver-te agarrada a ele? Daqui a pouco tempo faço 19 anos e nunca na minha vida pensei tanto numa rapariga...- ela calou-me com um beijo.

Patricia - Amar ou morrer, eu já tive a morrer, agora quero amar. Acabei uma relação há duas semanas, eu sei que ainda é cedo, e acredita nunca me vi com outro rapaz, acho que podíamos tentar alguma coisa, não digo namoro acho que fiquei traumatizada com o último, mas sim conhecer-mo-nos melhor. -Sorriu.

Eu fiquei paralisado, não sabia que reação ter.

Patricia - Sabes que aquele parque é importante para mim, mas acho que de vez em quando deixar de ir lá...

Vicente - Eu não te quero prender, eu não sou o Ricardo, podes ir a todo o lado que quiseres e acho que devias de tomar um tempinho com os teus amigos.

Patricia - Quero superar, e sei que vais me ajudar a isso!

Adorei ouvir aquilo, acho que era capaz de... bom calma Vicente, apenas amigos, PARA JÁ. Os meus pensamentos cada vez me deixavam mais felizes.

(Telefone)

Vicente - Estou?

Sr. José - Não achas que estás a abusar?

Com isto tudo não dei por mim, já são 20:59.

Vicente - Desculpe padrinho.

Sr. José - Falámos em casa.

Já estava a ver o filme todo.

Patricia - Vai lá.- disse com uma voz estranha.

Vicente - Quando te dão a alta?

Patricia - Em principio amanhã, só estou em observação, ontem à noite fizeram-me uns quantos exames.

Vicente - Bom, ligo-te mais tarde pequena, prometo.

Patricia - Está bem.- falou com uma voz de mimo.

Dei-lhe um beijinho na testa e sai a correr do hospital para ir para casa.

Quando cheguei a casa, estava tudo em silêncio, eu não sabia o que se passava, porque aquele silêncio não era habitualmente normal.

"Love or Die"Where stories live. Discover now