- Então, você é realmente a Alexia que eu conheci lá atrás. Não, essa Alexia que eu conheci a alguns meses? Isso é meio confuso. - mesmo com todos os detalhes, ainda era difícil entender.

- Ela usou minha identidade, meu dinheiro, tudo que era meu para chegar até você! Você sempre foi o foco!

- Mas porque Dominique? Ela é normal!!! Meio normal, quer dizer, mas nada que desperte tanto interesse. - Sério! Como ela conseguia ser tão idiota em um momento tão sério.

- Alexia foi diagnosticada a algum tempo como psicopata/sociopata. Ela é agressiva, e altamente inteligente, além de muito perigosa. Ela fez da minha vida, sua, e passou a viver como eu, na esperança de ter Dominique, como eu queria ter.

- Então você também ama a Dom? Tem alguém que não te ame nesse país? - Kat olhava para meus olhos,e eu não conseguia decidir se era sério ou brincadeira.

- Olha, eu ainda tenho algo para contar. Algo muito importante!!!

- Fale logo! - ela já tinha minha atenção completa.

- Ela me obrigou a fazer algo quando eu trabalhava no hospital. Algo ruim. - coloquei minha mão em cima da dela, ela parecia querer algum conforto - Ela me obrigou a dopar você Katherine, e a fazer uma inseminação, na época que você estava em recuperação no hospital. Eu não queria, mas preferi acatar essa ordem, já que a primeira opção era sua morte.

Tudo parecia começar a fazer sentido. A gravidez de Katherine então era culpa da Alexia, Summer, ai minha cabeça dói.

- Kat - tentei tocá-la, mas ela recuou - olha pra mim.

- Então foi , foi ela né, isso tudo foi culpa dela. - Kat estava começando a se alterar, olhava para sua barriga que já estava começando a crescer.

- Ei, olha para mim - novamente ela negou meu toque - Katherine!

- Não Dominique, não! Por favor, não! Eu, eu vou para o quarto, preciso de um tempo, nunca fui violada dessa maneira. Eu , eu só, por favor.- ela se encaminhou para o quarto, com certeza aquela cabecinha estava girando com tantas informações novas. Não podia fazer nada além de lhe dar espaço. Ela precisava se entender, ter um momento seu. E eu estava me sentindo cada segundo mais idiota por ter desconfiado, mesmo que por um segundo, da mulher que eu amo.

- Dominique, ela não vai parar. Não até conseguir o que ela quer. Você!

- Mas eu não sei o que fazer para para-la. Já joguei aquela desgraçada de uma ponte - ops, fui indelicada - Desculpa, ela é sua irmã.

- Sim, mas também é louca, e a vida de vocês corre perigo. A minha também.

- Eu não sei o que posso fazer. Ela não tem limites, nem sentimento de culpa. Ela matou minha melhor amiga. Pode ir além se quiser.

O celular de Kat que estava sob a mesa tocou. No visor o nome de Ray. Achei que estivesse em viagem ainda com a peça, e como Kat precisava de um momento, atendi.

- Oi Ray, quanto tempo.

- Olá God Girl, como estão as coisas?

- Summer? O que? O que você está fazendo com o celular do Ray?

- Parece que você andou falando com uma mocinha malvada. O telefonema era para a mamãe do ano, mas já que meu amor atendeu, você tem meia hora ou o Ray morre como a Alissa. Traga minha irmãzinha e nosso filho. Espero você!

As coisas só pioravam, agora o Ray era refém nessa história que havia se criado a minha volta. Eu era a culpada de tudo aquilo. E teria que encarar de frente, terminar com essa história de uma vez por todas.

Até conhecer vocêWhere stories live. Discover now