O MUSEU

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Ela agora mais velha

Vestida com algumas roupas que parecem feitas de fibras retiradas de folhas

Chinelos feitos de madeira com tiras de couro os prendendo aos pés

Sai do bosque lentamente

E tenta pisar no asfalto

Quando o chinelo toca o chão

Ela não sente nada estranho

Se sente normal

Ela consegue andar normalmente, sem ser jogada pra lá e pra cá

Mas ela precisava ser rápida

Então

Em um pulo, tira os dois chinelos e coloca na cintura

Cai no chão em uma pose animalesca

Posicionada como se estivesse em 4 patas

Começa a correr sem tocar o chão

Em uma velocidade absurda

Acima de 200 km/h

A velocidade era tanta, que quando chega ao seu destino, mal tem tempo de parar

Foi direto em encontro a parede

Mas ao chegar perto, a parede a repeliu

E ela ficou de costas no chão

Com as roupas tocando o estacionamento

Ela veste os chinelos

E se levanta

Está finalmente no museu

O velho tinha falado tanto sobre ele

Ela percebe que tem muita gente circulando

Então se esconde

Em um pequeno arbusto

Fica observando

Até cair a noite

Quando todos já haviam ido embora

Apenas o segurança sobrava

Ela caminhou até a porta do museu

Viu que era vidro

Aproximou uma das mãos

E a porta quebrou em milhares de pedaços

Entrou calmamente

Mesmo com o alarme disparando

Viu a exposição de artefatos de um certo povo sul americano

Andou até ela

Viu um cocar feito de penas multicoloridas

E algo que parecia um chocalho

Ambos com vidro em volta

Simplesmente aproximou as mãos, os artefatos estavam livres

Pegou o cocar e vestiu

O chocalho, guardou na cintura

Se distraindo por alguns instantes

Tempo suficiente para um guarda se aproximar

Ele manda que ela devolva os artefatos e se renda, avisa que vai chamar a polícia

Ela estende as mãos para a frente

Ele aponta a arma para ela

Ela dá um passo na direção dele

Ele atira

A bala vai em uma fração de segundo contra o peito dela

Mas ao chegar perto de seu corpo

Desacelera completamente

Tocando suas roupas com a força de uma mosca

O guarda assustado corre

A garota sorrienquanto ajeita o cocar.    

Foragidos SociaisWhere stories live. Discover now