THE WINTER KING

Începe de la început
                                    

Seus irmãos gêmeos, Lev e Boris, mostravam suas novas adagas para outros garotos de sua idade, animadamente discursando sobre como as usariam em lobos quando fossem caçar com o pai. Estavam bem vestidos, o que era um contraste vigoroso com como andavam pela casa em dias comuns, em seus casacos compridos e escuros, botas marrons e chapéus coco. Cada um carregava um cachecol de uma cor diferente para que fossem distinguíveis e, consequentemente, chamados pelo nome certo. 

Seu outro irmão, Oleg, estava cercado por garotas, e tinha as bochechas coradas de vergonha. Ele tinha a graça de um patinho, gaguejando enquanto tentava manter a conversa e quase tombando para o lado toda vez que alguma delas tocava casualmente em seu braço. Com a altura do pai e o sorriso com covinhas da mãe, ele era a coisa mais amada da vila que não era uma bebida alcoólica.

Assim que a notou parada próxima ao pé da escada, pediu licença e caminhou até lá, parando apenas para pegar duas canecas de kvas na mesa no canto do cômodo.

— Mika. — Ele a cumprimentou após tomar um longo gole da bebida. Os tons de ouro líquido de seu cabelo combinavam com a cor dentro do recipiente de vidro.

— Tem certeza de que elas não vão se importar com a sua ausência? — Ela questionou em um tom divertido com uma sobrancelha arqueada.

— Muito engraçado. — Mas ele estava sorrindo um pouco. — Você acha que vai demorar? Até papai chegar?

— Não sei. Está com pressa, Olezhka? — Dominika o observou com os olhos castanhos semicerrados.

— Não. Apenas tenho um livro para terminar. — Deu de ombros com sutileza. — E, você sabe, não sei se quero conhecer Inessa.

— Ah. — Murmurou e então bebericou seu kvas. Ele havia dito com tanta polidez que era como se tivesse comentado sobre o tempo ruim lá fora, não sobre sua madrasta. — Bem, você terá que fazê-lo uma hora ou outra.

— Eu sei. — Oleg respondeu com um suspiro. Enfiando a mão livre no bolso da calça preta, mudou de assunto bruscamente: — Você fala de mim, mas todos os rapazes aqui não conseguem tirar os olhos de você.

Era verdade, conseguia senti-los. Ela era bonita da mesma maneira traiçoeira que raposas são, com cabelos grossos, lábios cheios e olhos grandes. Angelical como a imagem de um santo, porém inteligente e ardilosa como os diabos das histórias antigas de Baba Feodora. Era uma combinação positivamente fatal.

Dominika já deveria ter se casado, porém a doença de sua mãe acabara por adiar tal responsabilidade, permitindo-a permanecer solteira mais tempo do que o de costume. Ela não se interessava pelos homens da vila com suas mãos famintas e seus sorrisos condescendentes, mas sabia que eventualmente teria que ceder porque conseguia ouvir os cochichos das mulheres e sabia que logo eles chegariam aos ouvidos de seu pai.

Ela franziu a testa para o irmão.

— Você sabe como eu me sinto.

Oleg assentiu com um pequeno sorriso no rosto.

— Da mesma maneira que eu.

Antes que pudessem mudar a direção da conversa, a porta da casa foi aberta e revelou Evgeny Petrov e Inessa Petrovna. Ele vestia um smoking preto simples enquanto ela parecia uma czarina, elegante em um vestido azul claro com detalhes em prateado e um par de brincos de lápis-lazúli. Era jovem em comparação ao marido, com olhos verdes vivazes, pele lisa e corpo em forma de uma ampulheta.

— Ela está usando as joias da mamãe, Olezhka. — Dominika sussurrou para o irmão com a voz trêmula e apertou pingente do colar ao redor de seu próprio pescoço. Os olhos castanhos analisavam a face animada de Inessa ao cumprimentar os aldeões que os cercavam como abutres.

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