Meu vizinho se chama Vlad

Adeus, amigo. Olá,inimigo.

- Ela nos ouviu.- lembra ele.- Cada palavra Jean.

Eu olho ao redor. Ela tinha sumido.

- Ela vai contar a ele.

Nick concorda com a cabeça.

- Ela vai.- Ele diz passando a mão pelo rosto.

- Ah droga...

- Agora já chega!- Nick se enfurece de vez.- Nós vamos voltar!

Ouço alguns disparos e sinto algo fixar no meu peito. Era uma bala de dardo.

- Nick...

Eu caio no chão perdendo totalmente o equilíbrio do meu corpo, comecei a me sentir sonolenta. Vi Nick cair depois de mim quando também foi atingindo.

Meus olhos ficaram entre abertos, pude ver bem quando carregaram Nick e o arrastaram para a mansão.

- Ora, ora, ora...- Quanty se aproxima do meu rosto com uma expressão sarcástica.- Eu senti saudades.

Eu começo a adormecer.

***

Levanto assustada com a sensação de alguém estar me vigiando. Me deparo com o quarto em que eu estava na mansão Drácula.

Eu havia voltado.

- Você tem um sono muito leve.- viro a cabeça e vejo Olive encostada na cabeceira da cama.- Desde quando éramos crianças.

Eu a encaro atentamente.

- Você está aqui.

- Estou aqui.- repete se sentando na cama.

- Eu quero ver Vlad.- digo com muita pressa e preocupação.- Ele precisa me ouvir...

- Ele já sabe.- avisa ela.

Eu fechos os olhos e dou um suspiro.

- Eu devia perguntar por que não estou acorrentada ou presa.- digo olhando ao redor.

- Você está presa.- diz ela.- Mas nesse quarto. Você não vai sair daqui até o julgamento de Nick acabar. Aí sim lidamos com você.

Lidamos?

- Como foi que eu apaguei?- digo tocando o meu peito.

- A equipe frontal do Quanty que estava a procura de Nick viu movimentação perto da mansão. Pensaram que era um ataque humano, então usaram dardos tranquilizantes.- ela explica.- Depois atiraram dardos de allyrico no Nick.

Eu havia me esquecido dele.

- Onde ele está?- pergunto desesperada.

- Está no grande salão.

Eu me levanto apavorada e pensando no pior. Vou na direção da porta, mas Olive se coloca rapidamente na minha frente.

- Olive, deixa eu passar.

Ela me empurra de leve.

- Ele está em julgamento pelo alto conselho. Vai pagar pelo crime dele.

- Vão matá-lo!

- Dá no mesmo.- diz dando de ombros.

- Essa não é você.- digo tentando chegar até a porta.- Você costumava ter compaixão.

- Eu era fraca e boba.

- Não, você era humana!

Ela sorri.

- Eu era.- Olive diz quebrando a maçaneta da porta para impedir que eu saia.

- Eles vão matá-lo...- digo desesperada.