the transformation.

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— Eu sei o que é melhor para ela — diz, como se tivesse pondo um ponto final nesse tópico.

Ele então pede outra bebida igual a que está bebendo. Desliza o copo para mim e fala para eu provar. Termino a minha e bebo a nova com hesitação. Eu estava certa: ela é forte o suficiente para me fazer tossir um pouco. Mas é boa. Desce queimando.

— Eu não tenho irmãos — encolho os ombros, recomeçando a conversa — pelo menos não que eu saiba. Sou órfã.

— Órfã? — ele repete — sinto muito.

— Tudo bem, eu tenho... Hm, uma família adotiva — desvio o olhar, voltando a beber.

— Pela sua expressão, não me parecem exatamente bondosos — ele comenta.

— Algo assim — concordo — eles não gostam muito de ter uma filha que não tem o sangue deles.

— Entendo — ele realmente parece entender. Sua feição é um misto de tristeza e raiva.

— Tem mais irmãos além de Rebekah? — pergunto, desviando o foco de mim.

— Sim — ele faz uma careta — mais do que gostaria.

— Gostaria de ter irmãos, assim não estaria sozinha — comento. Percebo que ele ficou em silêncio e me viro para olha-lo. O loiro está com uma expressão pensativa enquanto encara o balcão.

— Às vezes... Mesmo que eu esteja cercado deles... É como se eu tivesse sozinho — diz baixinho. Seu rosto expressa o quanto é difícil admitir aquilo — e sinto que será assim para sempre.

— Olha — coloco minha mão sob a sua e fico feliz que ele não recue — eu posso não entender nada sobre família, amor ou irmãos, mas sei que certas coisas são para sempre. Eu já vi por ai. Sempre sonhei em ter o que você tem, uma família. Mesmo que ela não seja perfeita e você se sinta solitário, seus irmãos te ajudariam se precisasse, certo?

Seu olhar se torna vago, mas ele assente lentamente.

— Sim — ele murmura — Elijah e Rebekah sempre estão lá. Temos uma promessa.

— Então apenas empenhe-se em manter sua família reunida — sorrio — você não sabe o que eu daria para ter algo assim.

— Talvez eu possa te ajudar... — ele sorri — um agradecimento pela conversa.

— O que quer dizer?

— Me acompanha?

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É claro que eu o acompanhei. Quando em minha vida teria uma oportunidade dessa outra vez? Seja lá o que ele vá oferecer. Eu quero. O acompanhei até um hotel de luxo, o mais luxuoso da cidade. E assim terminei em sua cama, pela primeira vez me entregando a um homem. E que homem...

Entretanto eu acabo caindo no sono, acordando com algum líquido em minha boca, enquanto algo a pressiona. É mais expresso que água e tem um cheiro estranho, mas conhecido. Meu nariz está sendo tampado, não consigo respirar, então engulo. O aperto em meu nariz se vai. Abro os olhos e vejo Niklaus Mikaelson — ele me revelou seu nome enquanto fazíamos amor –, o homem que me encantou, com seu pulso em minha boca. O que eu estou bebendo é seu sangue, concluo horrorizada.

the wolf and the sheep ⚜ the originals.Where stories live. Discover now