one. But what will we do when we're sober?

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Londres, 29 de setembro de 2018

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Londres, 29 de setembro de 2018.

     
             Em mais uma manhã fria de Londres, assim como em todas as outras, Louis acorda com o coração acelerado, o que seria normal para ele por causa de sua ansiedade constante, mas nesse dia foi diferente, a sensação foi diferente. Ele se sente estranho, como se vários arrepios passassem por seu corpo repetitivamente, o fazendo lembrar do que tinha acontecido na noite passada. É tudo meio borrado, mas ele sabe que tinha sido uma das melhores noites de sua vida.

        O garoto de olhos azuis se levanta rapidamente da cama e vai para o pequeno banheiro que há em seu quarto, foca seu olhar no espelho e apesar de fazer isso todas as manhãs, tendo uma reação repulsiva ao olhar para sua própria imagem, algo o surpreende.

           "Aí, porra." reclama ao tocar no hematoma em seu pescoço, um enorme chupão foi deixado ali e Louis não consegue lembrar quando e como.

            Continua a olhar fixamente para seu reflexo, mas nada vem a sua mente. Ele nem consegue lembrar como chegou em seu quarto na outra noite. Depois de tanto se encarar sem nenhuma solução, lava o rosto com a água gelada da torneira, com o intuito de talvez acordar e tirar aquela sensação desesperadora de não conseguir lembrar de nada.

             Louis é assim, se não consegue fazer algo que quer, como simplesmente lembrar um detalhe da noite anterior, sua ansiedade o sufoca, porque em sua cabeça, ele precisa de qualquer forma lembrar daquilo e quanto mais nervoso ele fica, pior sua concentração foca no que ele realmente precisa pensar, ou seja, ele acaba se desesperando e não lembrando de nada.

              Depois de falhar miseravelmente tentando lembrar o que tinha acontecido, ele volta para o quarto e tenta respirar fundo ao encarar a bagunça que está naquele lugar. As roupas que ele usou na noite anterior estão jogadas pelo chão, os tênis estão em cima da escrivaninha e ele nem se dá ao trabalho de perguntar o porquê, provavelmente teria sido Zayn que o ajudou a chegar até lá. Louis escuta a risada escandalosa de Lottie no andar de baixo e sabe que provavelmente ela está falando com a mãe ou Fizzy, fazendo o almoço que ele simplesmente não está tão afim no momento. Apesar de ser sábado de manhã, a casa está quieta, nenhum de seus irmãos mais novos estão gritando como normalmente fazem e tem algo em Louis que o faz se sentir mais leve, mais bem com si mesmo, o que o faz rir só de pensar nisso.

           Desde que Louis viu que sua ansiedade estava tomando controle de sua vida, ele meio que deixou que isso acontecesse. Ele sabe que não é mais aquele garoto popular que jogava no time de futebol da escola e que todos adoravam no nono ano. A ansiedade o destruiu, mas o que ele pode fazer? Afinal, isso acontece até nas melhores famílias.

             De repente, ele se sente vazio. Ele costuma se sentir assim constantemente, mas mais uma vez, a sensação foi diferente. Louis está parado olhando pela varanda de seu quarto que dá direto para a rua quase não movimentada, com um cigarro entre os dedos e um isqueiro rodando na outra mão. Ele sente aquele frio estranho passando por sua espinha e seu coração acelera de novo. O moreno respira fundo e fecha os olhos, tentando entender suas próprias sensações.

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