Doente?

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Frustei-me
Logo depois curvei-me
Tentei ouvir-me
Mas não achei-me;
Avisaram-me que estava doente
Logo eu, uma pessoa tão consciente
Envolvido e cercado por completo, questionei-me
Como posso eu estar doente?
Busquei algo no subconsciente
Nada achei-me
Busquei respostas com seres da minha mente
Nada falaram-me;
Apos tantas apostas
Perguntei-me
Posso eu estar realmente doente?
Senti-me diferente
Algo estranho começou a doer em minha mente
Foi então que entendi o que dizia essa gente
Diagnostiquei-me estar um pouco deprimente
Sozinho, ouvia vozes sem ver gente;
Falavam-me como se vivos fossem,
"Cara cê tá sim doente"!!!

Sorte minha que não dei bola pra essa gente
Ouvi meu subconsciente
Que como na primeira vez, nada falou-me novamente
Cheguei a pensar, será isso a doença que se diz deprimente?
Será eu, que pouco sei da vida;
Ja a perdia, sem a noção de saber o que via, ou pra onde ia;
Mas eu ja percebia
Que nada disso valia;
Nada disso resolveria
E principalmente, nada disso responderia, a pergunta que eu tanto queria, mas que inconscientemente já a respondia;

A resposta ja sabia, e como sabia
Bastou-me prestar atenção em cada linha nessa vida ja escrita
Pra perceber que eu nada tinha;
Mas então, o que achavam que eu tinha?

Um pouco de tristeza?
Mas isso é boa companhia
Um pouco de monotonia ?
Isso se acha em todo sorriso sem vida
Talvez fosse a maldita
Aquela que faz e desfaz a vida
Ela mesmo, a alegria
Há a alegria, de viver cada dia, como se fosse sempre a mesma figura repetida
A mesma moeda que no mesmo bolso sempre cabia
A mesma que após saltar do bolso, primeiro minha barriga enchia, e com isso ja eu começava o dia
Agora esperava pois ouvir o remédio da monotonia
Pois o preço fisico não sabia
Mas sei que valia;
Valia o preço de ouvir o som de uma pobre alma perdida, que como uma bela sinfonia;
Alegrava-me toda vida
Com um lindo sorriso de bom dia.

E que belo dia

Devaneios de uma madrugada monótona Onde as histórias ganham vida. Descobre agora