Capítulo 2: A prova

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Entre os limites da viagem meus nano robôs se enfraqueceram por causa da pressão temporal, eu caía rápido e sem proteção acabei ficando sem oxigênio. Após relutar por alguns minutos eu já estava desistindo e desmaiei.

Quando acordei minhas vistas estavam embaçadas e minha cabeça ainda estava zonza, não me lembrava coisa alguma, nem por que estava ali, alias, onde era ali? Olhei em volta e percebi que estava deitado em algo macio semelhante ao que minha cabeça deitava, descobri depois que se tratava de uma cama, não se parecia nada com as cápsulas em que dormíamos em 2042, observei também uma luminária fraca em uma mesa simples, um pequeno espelho em uma moldura e um armário em madeira, eu não via um desses há anos.

Notei que do lado da pequena luminária tinha uma foto com dois garotos de cabelo estranho e uma garota loira com uma franja tapando os olhos, isso me assustou, eu não conhecia essas pessoas então resolvi perguntar, olhei minha pulseira ela brilhava uma luz verde me dizendo que Tenaya estava ativa, para meu alívio, então ordenei:

- Tenaya me responda!

- Sim senhor Vox, tenho o prazer em ser útil.

- Baixe os dados de onde estamos, por favor.

- Estamos em: Avenida Flushing, Bed-Stuy, brooklyn, na cidade de Nova York senhor.

- Nova York? Ah não! Qual o ano?

- 2018 senhor.

- Então é isso, eu caí no ano do meu nascimento, e agora como voltar?...

Eu não fazia idéia de onde eu estava e só naquele exato momento eu me lembrei do que havia acontecido em 2042, e o motivo em que eu tinha atravessado o vortex, eu só conseguia pensar que tinha que sair dali e colocar a missão em pratica.

Coloquei meu casaco que estava pendurado ao lado da cama e sai pela porta em direção à primeira saída que encontrasse, passei por um corredor estreito que terminava em uma escada ligeiramente baixa, e lá embaixo pude ouvir um som de conversa, baixo quase nulo, então desci.

Cheguei à sala e encontrei uma televisão antiga ligada no jornal local e uma garota sentada ao sofá comendo pipoca e bebendo refrigerante, ela olhou na minha direção com o olhar espantado e disse:

- Nossa que bom que levantou, já achei que me acusariam de assassinato também.

Eu não havia entendido o que ela estava dizendo, então não consegui responder, porém ela se apresentou:

- Eu sou Crystal, seja bem-vindo a minha casa, qual é seu nome?

- Bem, eu me chamo Vox, mas pode me chamar de Brendon se quiser – continuei – Me diga como eu vim parar aqui?

Crystal explicou:

- Eu dirigia livremente pela estrada, quando vi um forte relâmpago, e dele saiu um rastro brilhante que veio rápido em direção ao meu carro e antes que eu assimilasse o que era você caiu sobre mim, quebrou meu pára-brisa e caiu desmaiado no chão. Como eu não sabia como proceder, acabei trazendo você para minha casa, com muito medo que você fosse um alien por que isso com certeza iria me trazer mais problemas.

Olhar para aquela garota me deixava muito intrigado, ela era diferente, ela tinha algo diferente. Todos os seres que tem vida possuem auras luminosas, porém todos os seres humanos possuíam auras amarelas diferente dos seres mágicos que possuíam auras de cores diferentes de acordo com seu clã ou tipo. Nós iluminados conseguíamos enxergar as auras de todos os seres bem como torná-las visíveis, e mesmo que eu nunca tivesse desenvolvido magia eu conseguia ver as diferentes auras.

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