Parte 1 - Crime

Magsimula sa umpisa
                                    

O coração batia na garganta, quase me impedindo de respirar. E se ela estivesse com seguranças? Era óbvio que deveria, sendo uma figura pública tão polêmica. Os idiotas nacionalistas não tinham pensado sequer nisso? Ou talvez tivessem lhe enviado ali exatamente para que eu fosse descoberta e morta. Seria a mártir da luta do povo contra o Senado traidor.

Ainda dava tempo de voltar. Ainda dava. . . Minha mão suava o cabo da pistola. Por um momento pensei que não fosse conseguir respirar. Soltei um pouco aquele ferro maldito e balancei os braços, respirando e fechando os olhos.

Tinha chegado longe demais para recuar. Puxei o capuz folgado do longo casaco sobre a cabeça e me coloquei diante da entrada. Voltei a segurar o cabo da pistola e, após uma contagem silenciosa, girei a maçaneta e dei um empurrão violento na porta.

— Mas o que?! — exclamou a mulher sentada por detrás de uma larga mesa tomada de papéis. Eu dei dois passos para dentro e ela se levantou de um salto quando viu a minha figura.

Eu tinha a pistola apontada para senadora:

— O. . . — tentou dizer Anita Stradovaus, em choque.

Porém seu choque não poderia ser maior do que o que eu mesma estava sentindo ao encarar seu rosto arredondado e cabelos cacheados.

Meu braço com a pistola foi baixando assim como meu queixo:

— Quem é você? — perguntou a senadora, tendo uma estatura baixa e um vestido rosado coberto por um sobretudo magenta.

Minha garganta estava seca. Fiz força para conseguir balbuciar algo:

— Naisha? — foi o nome que saltou quebrado dos meus lábios. O choque pareceu se tornar ainda maior na expressão de terror já presente na Stradovaus.

— M-M-Mas. . .

Puxei o capuz. Ela deu um grito, levando as mãos ao rosto. Por puro instinto eu fechei a porta atrás de mim. Sequer lembrava mais do que estava fazendo ali:

— Catherin? Catherin o que você. . . — ela tentou perguntar.

— Naisha. . . ou melhor, Anita Stradovaus. . . — eu falei, sentindo as pernas fraquejarem. Tropecei para frente e me recostei no largo sofá ao centro da sala. — Anita Stradosvaus. . .

— V-Você. . .

— Você mentiu sua identidade para mim durante aqueles dois meses. — falei, encarando-a.

— Claro que menti. — disse Anita. — Acha que uma pessoa como eu pode sair de férias para o litoral, viver um romance de veraneio e embebedar-se como qualquer outro? Minha vida sempre corre risco. . . Exatamente como agora.

— Romance de veraneio. . . — repeti. Pelos deuses, eu não sabia se tinha vontade de chorar ou descarregar toda aquela arma de uma vez naquela mulher maldita.

— Você sempre soube. . . — ela disse, assombrada. — Sempre esteve no meu encalço. . . Deve ser um desses loucos nacionalistas. Escória. . .

— Não. Eu não sabia. — afirmei, levantando. — Por Simes, eu não sabia. Eu nunca. . . — as palavras seguintes eram ardidas demais para saírem da minha garganta já tão seca.

— Então porque está aqui?

— Eu. . . — olhei para a arma na minha mão. — Eles precisavam de alguém para acabar com a piranha separatista.

— Piranha?!

— É como eles te chamam! Os do Partido!

Naisha, digo, Anita caminhou até mim. Estava lívida, fora de si. Já tinha visto aquela imagem antes, na única discussão que tínhamos tido nos dois longos meses em que nossa paixão "de veraneio" havia florescido.

Naabot mo na ang dulo ng mga na-publish na parte.

⏰ Huling update: Aug 11, 2018 ⏰

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