Capítulo Único

Começar do início
                                    

Hermione adorava esses flertes que tinha com sua namorada. Ela nunca se cansava disso.

"Bem, creio que seremos a primeira página dos jornais. Sabe... Muitos comentam que após a saída do Malfoy, o departamento dos Inomináveis vem caindo. Isso não é bom, senhorita Parkinson. Por isso chamei você aqui hoje."

"A Primeira-Ministra irá me punir?" Pansy perguntou com a sobrancelha arqueada.

"Oh, sim" Hermione disse, tentando não rir. "Só espere um momento, tenho algo especial para isso."

E Pansy viu sua namorada caminhar até uma parte do escritório. Parkinson não poderia estar mais animada.

Quando Hermione voltou, o sorriso presente no rosto de Pansy se desfez. A cacheada voltava com uma caixa pesada de documentos, com 'inomináveis' escrito de caneta.

"Aqui" Hermione bateu na tampa da caixa duas vezes, após colocar sobre a mesa. "O que está esperando? Abra!"

"Você não pode está falando sério, certo?" Pansy perguntou, olhando no fundo dos olhos da namorada. Ela estava escondendo alguma coisa.

"Senhorita Parkinson, eu não poderia ser mais séria", a cacheada respondeu com um sorriso de lado. "Vamos, abra!"

Pansy revirou os olhos algumas vezes, já que não era exatamente isso que ela esperava de Granger. "Está bem, mas quan-", sua fala foi interrompida quando olhou para o que estava dentro da caixa.

Fotos. Inúmeras fotos. Incontáveis fotos.

Havia algumas cartas também.

Eram as lembranças das duas. Desde o tempo de Hogwarts até aquele dia.

Tudo naquela caixa, juntamente com algumas flores.

"Hermione Jean Granger", a voz de Pansy estava baixa, "o que significa isto?"

A morena apenas deu de ombros e sorriu.

Parkinson, movida pela curiosidade, começou a vasculhar a caixa. Não demorou para que ela encontrasse inúmeros bilhetes amontoados e, quando viu o conteúdo do primeiro, teve que parar para ler os outros.

Eu te amei dia e noite

E te amarei até o fim dos tempos.

Eu esperei uma centena de anos

Mas eu esperaria mais um milhão por você.

Nada me faz mais forte

Do que o teu amor.

E por isso

Eu gostaria de saber se...

Aquele era o último bilhete e Pansy não havia compreendido totalmente o que Granger gostaria de saber. Quando virou em direção da namorada, a mulher de cabelos curtos soltou um grito agudo.

Hermione Granger estava lá, ajoelhada com uma caixa vermelha de veludo. Dentro da caixa, reluzia um lindo anel com uma esmeralda cravejada, tendo ao lado outro anel idêntico, sendo a jóia do segundo um rubi.

"Pansy Parkinson", Hermione começou a falar enquanto ainda estava ajoelhada, "mesmo você não percebendo todos os flertes e sinais que eu dava no casamento do Harry... Eu te amo. Você é minha metade, meu complemento, e eu tenho certeza que quero passar o resto da minha vida ao seu lado, como sua esposa. Mesmo com seu mau humor matinal, mesmo com a toalha que você esquece em cima da cama e até mesmo com sua péssima memória para eventos. Eu te amo infinitamente e gostaria de saber se-"

"É claro que eu aceito, idiota", Pansy tinha lágrimas nos olhos quando interrompeu Hermione. Parkinson puxou Granger para levantar, abraçando a mesma após um beijo rápido.

O que Hermione não sabia era que Pansy havia sim entendido todas as indiretas da namorada. Ela estava planejando pedir a cacheada em casamento em um jantar na casa de Draco, seria o momento perfeito.

Claro que Parkinson não deixou de contar isso, tanto quando as duas saíram de lá para comemorar, como fez questão de adicionar essa e mais estórias em seus votos de casamento.

Cinco anos depois  —

"Pansy!" a cacheada gritou da cozinha. Não obtendo resposta, resolveu deixar a louça de lado e ir até a varanda para ver o que a esposa fazia. "Pansy, você poderi-"

"Shhh. Venha aqui!" ela falava sussurrando.

Hermione se assustou por um momento, pensando que algo havia acontecido com Rosie. Mas não. Lá estava Rose, com o pequeno coelho branco nomeado Chilly, que a pequena tinha ganhado de Draco. Rosie balbuciava alguma coisa baixinho, o que levou Pansy e Hermione a se aproximarem. De repente, ouviram:

"Duaco", Rose murmurou.

"Eu não acredito nisso", Hermione suspirou.

"Eu vou matar o Draco", Pansy disse brava. Ela estava esperando cerca de dez minutos para ouvir a primeira palavra que sairia da boca de Rose. "Não acredito que ele fez lavagem cerebral na nossa filha para que ela falasse o nome dele primeiro."

Hermione riu, pegando Rose no colo e caminhando com Pansy até o jardim da casa. Chilly ainda estava no colo de Rose, mas agora tinha a atenção das mulheres para que ele não caísse. "Bem", a castanha começou, "tudo o que podemos fazer é-"

"Mama... Mami" Rose soltou como um gritinho.

Pansy parou de supetão com os olhos esbugalhados e depois pegou a filha no colo, fazendo cócegas em sua barriga. "O que você disse? Mhm?"

Rose Granger-Parkinson ria alto, assim como Hermione Granger-Parkinson.

O resto da tarde se resumiu a algumas horas fazendo muffins de mirtilo, as três assistindo aos clássicos da Disney — por causa da persistência de Hermione — e alguns momentos no balanço do jardim.

Agora, Pansy observava sua esposa fazendo alguns feitiços com a varinha para que a filha parasse de chorar. Sempre era assim, Pansy permitia que Chilly ficasse na cama com Rosie até a hora do banho chegar, quando Hermione aparecia no quarto. Hermione dava uma bronca em sua esposa e tentava acalmar a filha com alguma mágica.

Desta vez fora rápido, Parkinson pensou, ainda encostada no batente da porta. Rosie estava na pequena banheira, deslumbrada com a bailarina rodopiante acima de sua cabeça e Hermione aproveitava o momento para fazer a limpeza das orelhas da filha. Quando Pansy desencostou da porta e caminhou para ajudar a esposa, ela sabia que começaria a tradição da casa.

Iriam enxugar e colocar um pijama em Rosie. Depois disso, Hermione continuaria com sua leitura para filha, que pegaria no sono nos primeiros minutos do conto. Logo após tudo isso, a castanha iria depositar dois beijos na testa da Rose, assim como Pansy. As duas se olhariam, cansadas pelo dia, mas felizes por terem uma a outra. Beberiam algum vinho caro que Pansy ganhou de Draco e no final da noite elas estariam lá, levemente bêbadas, rindo e tentando não acordar a filha. Sabendo que o amor entre elas era imenso e infinito.

Sabendo que aquele era o 'para sempre' de ambas. E isso era o que fazia Hermione Jean Granger-Parkinson e Pansy Parkinson o que eram.

Felizes.

...

N/A: e aí, meu povo? O que acharam?

perdoem qualquer errinho.

Vejo vocês na próxima!

Minister for Magic - {Pansmione}Onde histórias criam vida. Descubra agora