Capitulo 20( bônus parte Aaron)

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Pov Aaron.

Deixo Alice e vou atrás de meus pais. Sei que minha mãe está com Louse e Éric no esconderijo, mas meu pai com seu jeito teimoso, estará com seus soldados para proteger o que é seu.
Vou correndo para o arsenal, sabendo que será lá que meu pai estará.
Vejo uma confusão de pessoas correndo de um lado para o outro, alguns pegando armas, outros colocando o colete à prova de balas e por aí vai.
No meio de vários soldados, vejo meu pai discutindo com seu conselheiro e com o chefe da guarda.
Rei: Já falei que ficarei aqui.
Conselheiro: Mas senhor, é muito perigoso. E se algo lhe acontecer?
Rei: Então morrerei protegendo meu povo.
Eu: Pai, deixe de ser imprudente, o reino precisa do senhor...e nossa família também.
Pai: Mas...
Chefe: Senhor, nós cuidaremos disso, agora vá para o esconderijo se proteger.
Ele se recusa de inicio, porém acaba cedendo.
Nós dois, junto com com alguns guardas que ficaram de nós acompanhar, nos levam até o esconderijo onde minha família está.
Ao entrar, minha mãe nos abraça. Sua feição antes de preocupada, muda para aliviada.
A porta é fechada e trancada.
...

Aproximadamente duas horas depois, um barulho de tranca abrindo chama a atenção de todos no recinto.
Pego minha espada e meu irmão faz o mesmo, junto com meu pai.
Nos posicionamos para atacar a qualquer movimento estranho.
Ao ver a cara do chefe da guarda, Jayan, nos desarmamos.
Ele entra e diz:
Chefe: Senhor, havia muitos deles, mas após uma longa luta, eles recuaram devido às grandes perdas.
Rei: Ótimo. E nos, quantas perdas?
Chefe: Algumas.
Rei: Arrume o funeral, vamos honrar esses soldados que se sacrificaram por nos.
Ele concorda e sai, porém antes eu digo:
Eu: E as selecionadas?
Chefe: Achamos 10 delas no cofre do salão de mulheres.
Eu: E as outras 4?
Chefe: Não foram encontradas, ainda estamos vasculhando o castelo e todos os cofres.
Eu: Ótimo, e qual são elas?
Chefe: Yasmin Toryn, Olívia Carrila, Gabriela Fortil e Alice Roseburn.
Eu: Alice?
Minha feição muda de aliviado para preocupado.
Rainha: O que foi meu filho?
Eu: Eu estava em um encontro com Alice antes de tudo acontecer. Eu a deixai para procurar meu pai. Deixei com a mesma a chave dos esconderijos.
Éric: Oque?? Você a deixou sozinha em pleno ataque? É doido!! Se ela tiver se machucado você vai ver.
Diz irritado e sai correndo para fora do cofre.
Vou logo depois.
Ao ir para a sala do escritório onde fica o cofre da família real, vejo alguns corpos no chão. Busco ir para fora sem olhar muito para os lados.

Pov. Alice.

Estava dormindo quando ouço a tranca sendo desativada, avisando que alguém irá entrar.
Pego a primeira coisa que vejo, que no caso é uma panela e vou para o lado da porta, esperando para ver quem entraria.
A cada minuto, meu coração acelera mais. Quando a porta finalmente é aberta, bato com toda minha forte a panela na cabeça da pessoa que acabara de entrar.
Vejo o homem caindo no chão, porém não desmaia. Ao reparar melhor no ser, percebo ser o mesmo guarda que nos informou o local dos esconderijos.
Eu: Meu Deus, eu sinto muito. Achei que fosse um rebelde.
Guarda: Tudo bem. Você tem um reflexo bom...e é forte. Essa panelada doeu.
Eu: Eu sinto muitíssimo.
O ajudo a se levantar.
Assim que o mesmo se recupera do machucado, olha para dentro do cofre. Ao ver Gabriela deitada com a machucado, pergunta:
Guarda: O que houve com ela?
Eu: Enquanto fugíamos, ela foi atingida por uma bala. Eu não sou médica, mas fiz o melhor. Tentei estancar o sangramento o melhor possível, mas ela precisa de um médico com urgência.
Guarda: Tudo bem. Vou levá-la para a ala médica, vá com as outras para o salão das mulheres, estão todos atrás de vocês.
Concordo e ele sai com Gabriela nos braços.
Acorda as meninas que se levantam assustadas, mas ao contar o que aconteceu, relaxam.
Fomos nós três para onde o guarda mandou.
Ao entrar na sala, todos os olhares foram direcionado para nós.
Assim que Sofi me vê, ela corre em minha direção. Seus olhos estão inchados e seu rosto vermelho.
Ela não pensa duas vezes e me abraça.
Sofi: Nunca mais faça algo assim, sua idiota. Quase me matou do coração.
Eu: Desculpa.
A abraça também por saber que a mesma está bem.
Logo as meninas fazem o mesmo, até Éric e Louse vem ao nosso encontro.
Éric: Menina do céu, quase me matou do coração quando nos falaram que você não estava com as outras meninas.
Eu: É, eu tentei ir, mas quando cheguei os rebeldes já estavam nas janelas. Por ser muito arriscado continuar no salão, achei melhor ir pra outro cofre.
Aaron: Bom, agora que todas estão bem, vão para seus quartos.
Concordamos, mas fico meio decepciona com sua reação. Esperava que o mesmo demostrasse alguma preocupação depois do que passamos hoje, mas pelo jeito não. Eu sou só mais uma das selecionadas que está aqui para agrada-lo, não posso criar expectativas falsas em relação ao príncipe. Sei que nunca serei a escolhida dele.
Alana nos guia para nossos quartos.
Ao chegar no meu, vejo Carol. Ao me ver, a mesma pula em mim, me abraçando.
Carol: Ainda bem, achei que você estivesse morta.
Eu: Ainda não.
Carol: Que susto que você me deu.
Eu: Não é a primeira de hoje. Posso ir tomar banho, eu to exausta. - digo sem ânimo.
Ela concorda. Enquanto Carol liga a banheiro, eu tiro minha roupa e coloco o roupão.
Carol coloca todos os sais que eu gosto. Quando fica pronto, a mesma me libera pra entrar.
Entro e nós duas ficamos conversando sobre a noite anterior.
Carol: Eu não entendo, fazia anos que eles não atacavam, porque agora?
Eu: Porque a competição é o evento perfeito pra distrair o reino.
Carol: Oque?
Eu: Pensa, durante todos esses anos, não houve nenhum evento grande o suficiente para distrair a todos, principalmente o pessoal da capital. Esse é o momento perfeito para atacar.
Carol: Mas porque ontem?
Eu: Acabou de acontecer uma eliminação, a família real está "frágil" assim como o reino.
Carol: Faz sentido.
Eu: Mas o que não faz sentido é como os rebeldes sabiam que as janelas do salão de mulheres não é blindado. Só os moradores do castelo sabem disso.
Carol: Você está dizendo que...
Eu: Tem um espião entre nós.
Carol: Quem?
Eu: Isso eu não sei, mas teremos que ficar atentas e eu não acho que esse será o último ataque.
Carol: Isso é muito pra minha cabeça, eu vou separar seu vestido.
Eu concordo e ela deixa o quarto.

Sob o encanto de um príncipe. Where stories live. Discover now