stuck on the puzzle.

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"but last night i looked up into
the dark half of the blue
and they'd gone backwards
something in your magnetism
must have pissed them off
forcing them to get an early night
i have been searching from
the bottom to the top
for such a sight
as the one i caught when i
saw your fingers dimming in the lights
like you're used to being told that you're trouble
and i spent all night
stuck on the puzzle"

stuck in the puzzle — alex turner

THE BEGINNING OF CHAPTER ONE

thomas estava ansioso. era seu décimo oitavo mês no isolamento, não falava com ninguém, nem mesmo cumberbatch ou hemsworth. não entrava em nenhuma rede social e apenas sua família sabia onde morava. ele precisava relaxar, mas não fazia nenhum progresso. para ele, tudo parecia estar sempre a mesma bosta. às vezes moderada, às vezes totalmente sufocante. a bebedeira e o fumo pioravam a cada dia — os dentes já haviam começado a amarelar e seu corpo a adoecer.

era a último dia de verão. as folhas começaram a morrer com o verde falecido.

quando estava se perdendo na melancolia e com seus dedos tremendo, resolveu tomar um copo de café. levantou-se do banco de madeira de um parque e começou a andar pelas ruas. após dois quarteirões, foi tomado pelo cheiro. era uma mistura boa entre flores frescas e café sendo coado — não sabia explicar, era uma experiência agridoce. avistou uma mulher de cabelo castanho curto com uma presilha, dançando levemente enquanto ajeitava um buquê de flores. aquele lugar, basicamente, foi um campo magnético. ele, meio hipnotizado, entrou no estabelecimento.

a música estava baixa. a moça, agora, se direcionou para ele, abriu um sorriso e perguntou se queria algo. ele a observou por alguns segundos, definitivamente. pensava algo como: parece ser uma mulher inteligente. havia livros bons nas estantes do lado onde eu estou sentado. até agora, acho que ela que comanda o lugar e trabalha sozinha, ou seja, tem capacidade para isso.

thomas pede um café grande e alguns biscoitos. após alguns minutos, a moça retorna com seu pedido. ele nota sua simpatia, era algo que ficava no ar. seu sorriso era lindo, mas não parecia ser uma mulher totalmente feliz.

— me desculpe perguntar, não quero parecer ser indelicado. porém, como você se chama? — thomas pergunta.

— meu nome é athena brunet. — a moça vai retorna para o balcão — e o seu é tom, certo?

thomas afirma. involuntariamente, faz uma expressão triste. odeia ser identificado. às vezes, esquece de sua fama. relembrar de tudo é doloroso.

— seu pai é francês? — pergunta, querendo mudar o objetivo da conversa. adoça o café e prova os biscoitos, enquanto falava e esperava a resposta.

— não, minha mãe é. não uso o sobrenome do meu pai. — athena fala, enquanto monta buquês de margaridas.

thomas se sente culpado, tocou em um assunto que parece profundo demais para um início de conversa. estava tudo dando errado. se recorda, mais uma vez, porque rejeita novas relações interpessoais. ele era completamente falho nisso.

— bom, senhor tom, — athena começa — se quiser qualquer outra coisa, pode me chamar. há livros do seu lado, caso queira.

tom agradece e athena se distancia. ele resolve procurar algo para ler, enquanto espera a tempestade de vento que começou parar. um livro chama a sua atenção, revolução dos bichos, de george orwell. quando o abriu, notou um papel caindo em seu colo. começou a ler o pequeno bilhete, que parecia ser o esboço de algo.

"o que era para ser poesia,

já não é mais. são palavras escritas de qualquer jeito. às vezes são escritas no calor do momento, na tristeza, euforia ou até mesmo em momentos de felicidade. quando você fica feliz por estar vivo. eu confesso que não tenho esses momentos há muito tempo. eu ando me afogando na densidade do meu cansaço. escrever era como desabafar; colocar para fora. eu ando me esquecendo. perdendo pedaços de mim. da minha personalidade, do meu ser, da minha áurea. eu estou esquecendo de quem eu realmente sou. estou me transformando, me tornando outra pessoa. se meu antigo eu irá gostar dessa nova pessoa, eu acredito que não. escrever era como epinefrina na minha corrente sanguínea em momentos de perigo. escrever é como um refúgio. como um farol, uma luz no fim do túnel. talvez até como quando ficamos muito tempo sem respirar de baixo d'água, e voltamos para superfície ofegantes. escrever é o primeiro suspiro de ar.

esquecer quem você é pode ser como um tiro no peito. quando você esquece quem você é, não tem volta — você morre, por completo. quando você esquece quem você foi, você perde a lição. você perde a conclusão dos seus erros. você esquece do seu passado.

mas quando você esquece do presente, você desaparece. só ficam sobras de você. eu torço para que os resquícios de quem eu sou consigam reavivar o resto. eu estou tão perdida. eu lembro de que, em algum dia, eu fui tão agradecida por ter minha vida. agora, eu apenas queria não ter nascido. viver dói.

eu estou no fundo do oceano. eu estou gritando. gritando por ajuda. mas ninguém realmente se importa. o resto de ar que estava em mim, já foi gritado.

o que era para ser poesia,  foi embora.

junto com o último grito."

— electra

ele se sentiu intrigado com a nota. quem é electra e por que diabos ela iria deixar um papel, com coisas tão íntimas, guardado dentro de um livro de uma possível estranha em um café? pensava. guardou no bolso. a tempestade havia parado e sentia a necessidade de voltar para sua casa.

— athena? — thomas a chama — bom, eu gostaria de pedir a conta.

— a primeira vez é por conta da casa. se quiser, pode levar o livro. só prometer trazê-lo de volta. — athena diz, se virando, após montar o décimo buquê da tarde.

— muito obrigado, adoraria começar este livro. — tom sorri — você é muito gentil.

athena sorri, podia sentir suas bochechas corar. nunca foi boa em aceitar ou agradecer elogios, até porque raramente recebia algum.

tom deixou uma nota de dez libras, sem athena perceber. uma moça entrava ao mesmo tempo em que ele saía e athena o agradecia por sua presença.

durante sua caminhada para seu apartamento, ele não deixava de pensar em electra. queria ajudar uma pessoa a qual nem sabe quem é, e se seu nome é realmente esse.

electra.

quando chegou no seu quarto, se jogou na cama macia e iniciou a leitura. precisava descobrir alguma coisa dessa total desconhecida. athena poderia saber quem é, ou pode ter algo no livro.



THE END OF CHAPTER ONE

oi! prometo capítulos maiores pros meus queridos (na verdade única) leitores. os capítulos focados na athena, no passado dela e do de tom serão basicamente gigantescosssss, e quero fazer essa fanfic pequena, não vou encher linguiça. quis dar esse capítulo apenas de introdução, nada muito aprofundado.

por favor, votem! eu preciso de algum estímulo pra continuar, até porque não divulgo essa fanfic.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 27, 2018 ⏰

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