Capítulo 20 - Eu vou me permitir ❤

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— Não, estou falando na hora lá. Mantenha seus olhos nos meus e vai dar tudo certo. – Sorri para ela, que fez o mesmo. — Você só precisa esquecer que todo mundo está lá. – Acariciei de leve seus dedos.

Há um tempo ela não recusava nem se esquivava, então o clima não estava tão tenso. Mas o mais difícil disso tudo era manter a promessa de apenas beijá-la quando a mesma me pedisse. Por que diabos eu fui falar aquilo? Agora, pelo meu orgulho eu vou até o fim.

— Ou – Continuei olhando-a. — Pode imaginar todo mundo pelado.

— Está doido? Por que eu iria querer imaginar aquele povo pelado?

— A vergonha e nervosismo diminui. Foi o que li. – Dei de ombros.

— O que leu? – Arqueou a sobrancelha então me levantei por ter deixado escapar.

— Vamos voltar a ensaiar. – Tentei mudar de assunto.

— Charles Wolves... – Chamou meu nome e até senti um arrepio. — Desde quando você lê sobre dança ou coisas sobre isso? – Fechei meus olhos pedindo a Deus que a fizesse esquecer o que eu disse, mas eu sabia que era inútil.

— Temos trabalho a fazer hoje, Anya...

— Não tente mudar de assunto. – Virei meu corpo para ela.

— Está bem. Eu li algumas coisas sobre desde que começamos a ensaiar – Confessei e vi um sorriso se abrir.

— Pensei que achava dança uma coisa de menininha – Continuou olhando-me sem acreditar e cruzou os braços.

— Eu nunca disse isso – Rebati. — E tem mais... Pode até ser de "menininha" – Imitei seu tom de voz. — Mas isso não quer dizer que é fácil ou coisa do tipo...

Seu olhar surpreso com a minha resposta me deixou até orgulho de mim mesmo.

— Tem razão. – Ela sorriu mais abertamente. — Então, senhor especialista, vamos voltar a ensaiar. Me sinto mais relaxada agora. – Estendeu a mão para mim.

Horas depois de muito ensaio. Eu pensei em algo para realmente tirar nossa cabeça daquele concurso, afinal, era algo que eu ia ter que ajudar e muito para que ela passasse e se desse bem. Se eu não fosse bem ia dar errado para ela também.

Enquanto eu estava caminhando com ela para a porta dos dormitórios que nos separava, parei e ela fez o mesmo.

— O que foi?

— Vamos sair amanhã. Fazer uma coisa diferente.

— Amanhã? Temos que ensaiar Chuck...

— Nós estamos preparados. Você não acha melhor dar um tempo e pensar em algo diferente. Ver gente diferente?

— E você quer que eu saia logo com você para ver gente diferente? – Eu ri daquilo, realmente foi estupido dizer isso.

— Eu sei que da minha cara você não enjoou. – Ela apenas riu da minha expressão, provavelmente ficou engraçada. — Aceita esse convite, por favor.

— Está bem. Eu aceito, mas... – Olhei para ela, insatisfeito com seu, "mas". — Temos que ir de manhã e voltar antes de escurecer, se possível. – Ela diz.

— Fechado – Sorrio e apertamos as mãos.

Anya narrando.

O que é essa eletricidade repentina? Não consigo deixar de pensar no convite dele. Será que estou interpretando de forma errada e leviana?

Quando estava deitada na minha cama estudando um pouco mais antes de dormir. Iara passa pela porta quase tombando no chão.

— Você está bem? – Larguei meu livro e fui ajuda-la a se equilibrar, então conseguir sentir o hálito de álcool. — Iara... Você nunca bebe, o que deu em você? – Questionei.

Castelo de pedraWhere stories live. Discover now