4. Autoritarismo e Liberdade Segundo a Lei Divina

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– Hoje, concluiremos a primeira etapa de nosso curso. Após a avaliação de vossos desempenhos, que não se fará por provas escritas, mas pelas ações realizadas e pelos conceitos assimilados em profundidade, direcionaremos cada um para os estudos necessários. Os aprovados terão acesso ao curso sobre cristianismo e os fenômenos mediúnicos. O professor Ivan de Albuquerque desenvolverá o estudo de hoje. Inicia o professor José após a prece.

Felipe, no quarto andar, ouve feliz a explicação de José. Primeiro, porque ele está prestes a terminar o primeiro módulo e esta conquista lhe dá muita alegria! Depois, porque vai assistir uma aula do Ivan que tem como tarefa principal trabalhar com os abnegados jovens espíritas.

Todos estão em silêncio.

– Boa madrugada! Começa Ivan de forma descontraída. O tema de nosso estudo.

Mediunidade Controle e Liberdade

Em seguida, projeta cenas de alguns fenômenos mediúnicos ocorridos nos oráculos – lugares de adoração da antiguidade - e um diálogo de dois sacerdotes sobre a importância deles controlarem como achavam melhor o fenômeno mediúnico. Depois, projeta cenas dos profetas Isaías anunciando a vinda do Cristo ao mundo mais de 700 anos antes de Seu nascimento e de Sócrates dialogando com seus discípulos.

Terminada as projeções, indaga.

– Questões?

– O fenômeno mediúnico que vimos em Isaías é mais elevado do que o do oráculo? Pergunta Eclésio.

– Observe que não é o tipo de fenômeno mediúnico que define a evolução do médium e do grupo mediúnico. A diferença está na maneira que o ser humano lida com esses fenômenos. Existem espíritas que afirmam que a materialização é fenômeno do passado. Quem os autorizou a alterar as leis de Deus? Santa ignorância! É o mesmo que dizer que os processos de digestão ou de respiração saíram de moda. A ânsia de crescimento espiritual, quando não atendida de forma justa, gera fantasias infantis e perigosas. O fenômeno mediúnico torna-se menos grosseiro, é fato, mas continua a existir e ser necessário como todos os processos naturais. O que diferencia a vivência da mediunidade dos oráculos e dos profetas? Indaga Ivan.

– O oráculo tem um grupo de pessoas escolhidas, os sacerdotes, com poder exclusivo de interpretar as mensagens. Responde Romildo.

– É muito bom constatar que vocês estudaram. No futuro, o professor Herculano Pires irá ministrar um curso aprofundado sobre as etapas da evolução da mediunidade na Terra.

– E nós poderemos fazer esse curso? Indaga Astrobrito ansioso.

– Sim. Desde que tenha a disposição para vivenciar vossos conflitos interiores e superá-los. Deus é amor e misericórdia. Falta apenas que nos dediquemos ao nosso crescimento espiritual e tudo nos será dado. Cabe-nos, agora, entender as diferenças básicas: no processo evolutivo, uma forma de viver que foi útil em um momento se torna negativa em outro. A organização do oráculo é uma evolução em relação a vivência do fenômeno mediúnico nas tribos. Há uma preocupação moral em orientar a conduta dos homens, cria-se um grupo sacerdotal para esse fim. É um avanço neste período, mas por que depois se torna um obstáculo a evolução? Pergunta Ivan.

– Nessa etapa da evolução, o oráculo é importante para orientar e dar segurança ao indivíduo, mas depois ele precisa aprender a caminhar com as próprias pernas e se sente sufocado com tanta regra e tanto segredo. Diz Rivalina.

– É verdade, com o tempo transformamos segurança em dominação. E o que fazer para que os homens não fiquem presos nestas estruturas que os manteriam dependentes? Questiona Ivan mais uma vez

Medo e Mediunidade - Se a Mediunidade Falasse 4Där berättelser lever. Upptäck nu