Capítulo 19

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O jardineiro dos Riddle nos levou até a grande sala de estar e cuidou de nossa charrete. Na sala de estar, a lareira estava acesa e os enfeites de natal deixava tudo mais feliz, Mary estava sentada em sua cadeira de rodas e o Sr. Riddle abriu a porta para nós.

— Feliz natal — eu disse sorridente ao lado de tia Polly que segurava um recipiente com pedaços de uma torta feita por Nancy e nossos presentes, o pai de Tom me abraçou.

— Feliz natal Pollyanna e esta encantadora dama deve ser sua tia — disse Sr. Riddle muito cavalheiro. Tia Polly estava realmente encantadora naquela noite, permitiu que eu penteasse seus cabelos deixando-os soltos ondulados caindo pelos ombros e a sua roupa era elegante, eu tive que insistir muito para ela aceitar passar o natal com pessoas que ela não conhecia, Jimmy, por outro lado, ao saber que íamos passar o natal na mansão Riddle, preferiu ficar em Hogwarts.

— Oh sim senhor, esta é minha tia Polly, está muito encantadora hoje, pois deixou que eu a penteasse, normalmente ela só usa o cabelo preso — eu disse animada.

— Oh perdoe minha sobrinha destrambelhada — disse minha tia me lançando um olhar severo e colocando parte do cabelo atrás da orelha de modo desconcertado, o Sr. Riddle sorriu.

— Já estamos acostumados com Pollyanna, ela é muito querida nesta casa, é um prazer conhecê-la Miss Polly...

— Harrington, Miss Polly Harrington. — disse minha tia e achei ter visto suas bochechas corarem levemente quando o Sr. Riddle lhe beijou a mão tão cavalheiro.

Nós entramos e tia Polly colocou a torta na cozinha. Cecília e Megan não gostaram de me ver novamente e muito menos a minha tia, ainda mais por ela ser uma mulher muito mais linda, rica e elegante do que elas.

— Pollyanna quanto tempo — disse Cecília falsamente me abraçando de leve e Megan fez o mesmo. — Venha até a cozinha vou lhe servir uma bebida, aceita?

— Claro — eu disse despreocupada, nós duas nos vimos sozinhas na cozinha e Cecília pegou duas taça e uma garrafa de vinho para pegar uma bebida para nós duas.

— Sabe querida, você deve aproveitar enquanto ainda é muito bem vinda nesta casa.

— O que quer dizer com isto? — perguntei confusa.

— Mary está à beira da morte e quando isto acontecer, eu me casarei com Tom e minha filha futuramente com o filhinho estranho dele, você nunca mais pisará nesta casa, nem sua tia ou qualquer pessoa da sua laia.

— Acredite Cecília, se Mary morrer, o que eu torço para que não aconteça, então é melhor sua filha trouxa não se aproximar de Tom, temo o que ele possa fazer com ela — digo com sinceridade.

— Ora sua fedelha... — disse a megera pegando meu pulso com força.

— Solte minha sobrinha — disse minha tia Polly entrando na cozinha. — Ou prefere que eu chame o Sr. Riddle, Srta. Cecília?

Cecília sorriu falsa para minha tia, me soltou e voltou para sala.

— Mas que mulher...! — exclamou tia Polly indignada vindo até mim e examinando meu pulso.

— Não sabia que já tinha chegado. — ouvi aquela voz conhecida e suave, meus olhos se fixaram em Tom encostado no batente da porta, ele vestia roupas negras e elegantes como sempre, o anel de pedra negra de Morfino brilhando em seu dedo e me fitava com uma sobrancelha arqueada. Sombrio, mas ainda assim, atraente.

— Tom, esta é minha tia, miss Polly Harrington, tia Polly, este é... Meu amigo, Tom Riddle.

— É um prazer conhecê-la — disse Tom mecanicamente beijando o dorso da mão de minha tia respeitosamente.

— O prazer é todo meu Sr. Riddle, Pollyanna falava muito de você — diz tia Polly observando-o atentamente.

— Espero que bem — ele disse polidamente, mas identifiquei em sua voz um tom de deboche e sorri forçada.

Nós voltamos para sala, onde cantamos canções natalinas e comemos doces, foi divertido, trocamos presentes e conversamos.

— Contagem regressiva para meia-noite — disse o Sr. Riddle se levantando, como não nevava lá fora, nós fomos para o jardim levando a champanhe e as taças.

— 3... 2... 1... Feliz Natal! — nós nos cumprimentamos e brindamos.

— Feliz natal — eu disse me aproximando de Tom e o abraçando de leve, nos separamos e eu peguei um punhado de neve no chão jogando nele, eu sorri de sua expressão surpresa, mas ele não deixou barato pegando um grande punhado de neve e acertando em cheio em mim. — AH! — gritei.

Soltei uma risada gostosa quando acertei um punhado de neve em Cecília acidentalmente e Tom reprimiu uma risada, os mais velhos voltavam para dentro de casa, mas Tom e eu continuamos a nos divertir com a neve, mal parecia que estávamos fazendo aquilo apenas por Mary, era como ter meu melhor amigo de volta. Acertei uma bola de neve em Megan.

— AH! — ela gritou e me olhou furiosa. — Deixe de ser criança Pollyanna.

— Não fale assim com ela sua trouxa desprezível. — Senti meu coração acelerar quando Tom me defendeu e me odiava por isto, eu não devia sentir aquilo por Tom, não devia me machucar mais.

— Oh, mas Tom querido, eu... — Bastou um olhar de Tom para Megan se calar e voltar para dentro da casa. Eu me joguei no chão, a noite estava agradável e eu não queria voltar lá pra dentro, Tom sentou-se ao meu lado.

— Ela não se parece nada com você, sua tia, Miss Harrington — disse Tom.

— Sim, isto é verdade, tia Polly é um pouco rígida, mas tem bom coração.

— Pollyanna, quem pra você não tem bom coração?

— Megan, Cecília e a pessoa que inventou feijõezinhos de todos os sabores, sabor vomito. —  Nós dois rimos. — Está ficando tarde, vamos entrar?

Nós dois entramos e tia Polly estava para sair.

— Tem certeza de que não quer ficar mais miss Polly? — perguntou Sr. Riddle.

— Sim Mr. Riddle, já está tarde e não é prudente, mas se quiser ficar Pollyanna...

— Oh! Quero sim, tia Polly. Como a senhora é boa de me deixar ficar.

— Tudo bem, obrigada por tudo e feliz natal — disse minha tia, eu me despedi dela e subi as escadas para o meu quarto.

— Pollyanna. — ouvi uma voz fraca chamar-me e segui a voz, era Mary, ela já estava deitada, parecia tão fraca, eu fui até ela sentando na beirada da cama.

— Estás bem, Mary? — perguntei preocupada.

— Estou me sentindo um pouco mal querida, estou fraca, já não sou tão jovem — ela disse e eu levantei-me.

— Vou chamar o Sr. Riddle.

— Não, fique querida, nós devemos ficar contentes, não? Contentes da noite maravilhosa que tivemos.

Eu assenti, embora estivesse triste, a porta do quarto de Mary foi aberta e Tom entrou.

— O que houve? Mary você está bem? Quer que chamemos um médico? — perguntou Tom preocupado e Mary negou, ele aproximou-se também.

— Queridos apenas quero que fiquem aqui comigo.

— Vó, você vai ficar bem — disse Tom segurando a mão de Mary que sorriu.

— Me chamaste de avó, não sabe como estou feliz de te ter conhecido Tom. — Deixei que lágrimas escapassem de meus olhos e funguei entristecida por perder mais alguém importante para mim. — Oh, não chore, querida. Sou tão grata a ti por ter me apresentado meu neto.

— Não quero perder a ti também Mary — eu disse chorosa abraçando-a, Mary era como uma avó para mim também, ela não me respondeu, apenas afagou meus fios louros e apertou à mão de Tom, ela foi se tornando gelada, sua respiração diminuindo até cessar, ela se foi.

Capitulo triste :(

 O que acharam? Mais alguém aqui shipou Tom Riddle pai e Miss Polly Harrington? Até o próximo ♥

PollyannaWhere stories live. Discover now