Capítulo 18 - Quando você me pedir... ❤

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O que eu vou fazer agora?

Viver em paz nessa universidade já não vai rolar mais. Ele está por perto agora, na verdade, sempre esteve, mas a partir do momento em que eu conheci o Chuck, conheci de verdade, isso veio para fora.

Não sei se agradeço pela verdade ou o espanco por doer.

Chuck narrando.

Enquanto ouvia os gritos de raiva de Anya no banheiro, apenas segui sentado atrás da porta, com uma perna esticada e a outra levantada, onde eu apoiava um dos braços.

Eu gostaria de compreender a situação.

Porque eu só quero ajuda-la a enfrentar isso.

Porque eu odeio o fato dela estar chorando e não poder consolar.

Ouvi a maçaneta girar depois de um tempo, então me levantei e esperei que ela saísse.

Ela se mostrou. Com os olhos inchados e rosto úmido, desviando seu olhar de mim.

Apenas a puxei pela mão e lhe dei um abraço apertado. Isso é mais para mim do que para ela. Acho que eu preciso disso agora, para poder comprovar que sou útil de alguma forma na vida dessa garota.

— Não me deixe assustado. – Pedi, enquanto acariciava seus cabelos.

Ela não retribui o abraço. Mas seu grunhido enquanto eu a abraçava me respondia o motivo.

— É só um abraço amigável, então não chore. Eu só quero ajudar você. – Disse. — Você já sabe o que vai fazer?

Ela desfez o abraço e limpou seu rosto e então respirou profundamente.

— Sei... – Olhou para a janela, que exibia um sol deslumbrante.

— O que?

— Eu vou dar um jeito dele se arrepender do que fez. Estragar a vida dele assim como ele fez comigo e minha mãe.

— Eu não estou entendendo. Quer dizer, eu já sei que você o conhece. Mas... O que ele tem haver a sua mãe?

Ela olhou de volta para mim.

Parecia ter um nó em sua garganta, ela fechou seus olhos e respirou fundo, como se estivesse decidindo se me contava ou não.

— Ele... – Ela hesitou. — Ele é meu pai.

— Q-Que? Espera... – Cai sentado na cama do hotel. — C-Como assim, seu pai? Se for assim, então...

— A Fernanda é minha irmã. – Completou. — Obviamente ela não sabe.

— Você tem certeza disso?

— Mas claro que eu tenho! Como eu ia me enganar com algo desse tipo? Chuck... Ele... E-Ele... Matou minha mãe aos poucos. Ela se matou por culpa desse homem e ele fugiu me deixando sozinha. Ele batia nela quando chegava bêbado em casa. Perdemos todo nosso dinheiro por culpa dele.

— Anya... Você não pode tentar se vingar dele. – Fui até ela e segurei seus braços. — Não faça isso, vai acabar com você e seus estudos.

— Está preocupado com o futuro sogro? – Riu, debochada e me empurrou.

— Não é isso, Anya...

— Claro que é! – Me olhou cheia de raiva. — Cá entre nós, Chuck... Essa brincadeira de nós dois já passou da hora de terminar. Você sabe que isso não vai afastar a Fernanda de você e eu cansei de ser seu brinquedo do momento.

— Por que mulher sempre entende tudo errado? – Rosnei.

— Talvez seja porque homem só faz merda! – Rebateu. — Sejamos sinceros. Você só está "a fim" de mim porque eu não quero você. Você só quer se satisfazer e contar para os seus amigos. – Jogou na minha cara.

— Você não pode estar falando sério – Ri, querendo acordar e ver que isso que ela falou não era real. — Eu estou preocupado com você e você está falando esse lixo para mim? – Peguei no seu braço novamente. — Você é tão burra...

— Do que me chamou? – Vociferou.

— Burra. Primeiro me deixa terminar de falar antes de despejar seu lixo em cima de mim – Deixei claro. — Ele está se candidatando a governador.

Ela parou, suavizou os olhos e ficou confusa, então... a soltei.

— Agora me dá mais motivos para eu fazer isso. Como eu vou deixar um homem desse governar uma cidade? As pessoas vão sofrer.

— Talvez. Mas eu prefiro que todos sofram a você.

— Não seja tão ridículo. – Bufou.

— Eu falo sério. Você me deixou tão egoísta que cheguei a esse ponto. – Passei a mão no meu cabelo antes de continuar: — Eu prefiro ver essa cidade queimar do que ver você se destruir.

— Por que você está falando isso? – Começou a andar sem parar.

Eu fiquei quieto.

Não queria dizer tais palavras agora.

— Por que eu gosto de você. Mesmo que você não acredite, eu gosto de você.

Peguei meu casaco e carteira e sai do quarto.

Se eu ficasse ali mais alguns segundos, não saberia o que fazer ou dizer.

Continua...

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