Sociopata

-|| Capítulo 4 ||-

      — Noah? — olho mais de perto.

      — Dá pra parar de me seguir garota! — ele reclama.

      — Quem devia estar falando isso é eu! — franzi as sobrancelhas.

      — Antes que a gente comece a brigar, o que você tá fazendo aqui?

      — Eu pedi pra minha mãe se eu poderia dar um volta pela vizinhança... Mas você certamente tá aqui só pra poluir esse espaço tão fofo.

      — Eu gosto de ficar aqui, dá pra me deixar em paz? 

      — A culpa não é minha se eu sempre te encontro por ai. — olho para ele, seus cabelos estavam caindo sobre seu rosto. — Eu tenho que ir, o sol já está se pondo.

      — Verdade, filhinha de mamãe e papai, tem que voltar cedo pra casa. — ele fala com uma voz sarcástica.

      Olho para ele com pena, quem certamente fala desse jeito, não sabe o que é ter uma família que te ama. Coloco meus skate no chão, subo nele e sigo meu caminho.
      Que cara mais babaca... Parece um andarilho.

      O caminho foi tranquilo até em casa, por pouco não me atraso. E pelo jeito temos visitas, isso vai ser interessante.

      — Boa tarde! — abro a porta da entrada e vejo meu pai, um homem e um garoto sentados na sala.

      — Olha quem está de volta, onde a senhorita estava? — meu pai se direciona a mim.

      — Eu só queria dar uma volta, pra conhecer a vizinhança melhor. — o abraço.

      — Seja menos rigoroso Richard, pelo menos ela está aqui. — o homem que até o momento estava no sofá vem na direção minha e do meu pai.

      — Não me diga como dar disciplina a minha filha, Rubens. — meu pai me solta e vai em direção ao tal Rubens. Caralho eles vão sair no soco.

      — Você é muito engraçado Richard! — e os dois caem na gargalhada. Admito, fiquei com medo. — Prazer em conhecer Violet.

      — Prazer em te conhecer senhor... — olho para meu pai, para que me diga o sobrenome dele.

      — Pode me chamar de Rubens mesmo, eu não ligo. — ele esboça um grande sorriso.

      — Então... Foi um prazer em te conhecer Senhor Rubens. — estendo a mão e ele retribuí.

      — Filho! Venha cá, quero te apresentar á senhorita Chapman. — o menino que até então estava sozinho na sala, se levanta e vem até nós. — Filho, essa aqui é a Violet Chapman.

      — Oi. — estendo a mão e ele retribuí.

      — Esse é o David, filha. — meu pai fala com um grande sorriso no rosto.

      — Prazer em te conhecer Violet. — o menino de cabelos cacheados, alto, com roupas bem discretas, até que enfim fala.

      — O prazer foi todo meu David. — olho em seus olhos esverdeados.

      — Vão se sentar na sala, o jantar está quase pronto! — minha mãe grita lá da cozinha.

      — Ela tem razão. — Senhor Rubens vai em direção a sala, e todos fazem o mesmo.

      Eu me sento no sofá junto ao David, e papai e Rubens se sentam um em cada poltrona que havia ali.

      — É... Papai, a onde você conheceu o Rubens? — tento quebrar um pouco o silêncio que ali estava.