Capitulo 1

329 33 232
                                    

Tamânda

Ao raiar da aurora. Sinto o calor do sol, invadir meu aposento, fazendo-me despertar.

Hoje irei me encontrar novamente com Galardriel, o grande amor da minha vida. Eu sei que se meus pais souberem, isso pode me colocar em problemas, com certeza serei banida do reino. Mas não é isso que importa neste momento, tenho que encontrá-lo, ele já deve estar esperando o portal se abrir e, eu não posso demorar.

Desço rapidamente as escadas do meu quarto e vou até a cozinha, onde estão meus pais, para informá-los que irei sair, e mais uma vez teria que inventar uma desculpa para eles. Não gosto de mentir, principalmente para eles, mas é preciso, pois se trata do amor da minha vida.

Chego à cozinha e lá estão eles, sentados à mesa tomando café da manhã. Olham-me já desconfiados, pois já sabem que eu irei pedir para sair. Aproximo-me e como sempre minha mãe me saúda:

- Bom dia querida!

- Bom dia mãe. Bom dia pai.

- Bom dia minha filha.

Não falam mais nada, então sento à mesa e começo a comer o desjejum que já está posto. Termino de comer e me retiro da mesa primeiro que eles. Ando rapidamente já me despedindo.

- Aonde você vai? - pergunta meu pai já sério.

- Vou até as montanhas, irei cavalgar um pouco.

- Você esqueceu que tem aula, Tamânda? - Fala minha mãe.

- Mas as minhas aulas começam à tarde, e o dia mal começou. Por favor, me deixe ir?

- É impossível negar alguma coisa a você, Tamânda, você... - A interrompo com um beijo na testa.

- Obrigada mãe!

Porém, ainda falta passar pelo mais difícil, o meu pai.

- Pai?

- Sim? - Ele me responde como se não soubesse o que eu quero.

- Você me deixa ir, não é?

Ele hesita por alguns segundos e então responde:

- Se chegar atrasada de novo, ficará de castigo por uma lua inteira, e estou falando sério.

- Está bem - Lhe dou um beijo na bochecha e saio correndo.

Não cuido em me calçar, na verdade, gosto de me sentir em contato com a natureza, isso me faz sentir viva, me sentir livre.

Monto em meu cavalo negro e cavalgo o mais rápido que posso. O portal irá se abrir em pouco tempo e tenho que fazer o feitiço antes que o portal se feche.

Meu cavalo cavalga rapidamente entre as árvores, fazendo com que a brisa do vento abraçasse o meu rosto.

Chegando à montanha onde o portal é aberto, vejo que a pedra do portal ainda está brilhando, tomo minha varinha em mãos, faço o feitiço de transporte e o lanço na abertura do portal, que na mesma hora encadea-me com uma luz extremamente forte, que o abriu, e eu entro nele.

Galardriel

- Galardriel? Galardriel?!

- O que há Abnaziel? Deixe-me descansar.

- Galardriel seu preguiçoso! Faltam poucos instantes para que o portal se feche.

- E...?

- "Tamânda", este nome lhe parece familiar?

Ainda um pouco desnorteado, me desperto de meu profundo sono.

Hoje irei me encontrar com Tamânda, e, por céus, eu havia esquecido.

Entre Céus E TerraOù les histoires vivent. Découvrez maintenant