Capítulo 17

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Johnny

Eu não posso perder você, Jonathan — diz nervosa — não posso perder. Porque eu te amo.

Fiquei totalmente surpreso quando ouvi essas 3 palavras saindo da sua boca. Rebecca tinha seus olhos cravados em mim. Tentei abrir minha boca diversas vezes para lhe dizer algo e não consigui. Simplesmente congelei na sua frente. Nos conhecíamos há pouco tempo, mas conhecia da expressão do seu rosto. Quando estava feliz, chateada e triste. Ela estava triste naquele momento.

— JONATHAN? — Alemão, grita do meu lado.

— Por que está gritando? — pergunto bufando.

— Estou chamando faz horas — diz irritado — qual o problema? Não queria deixá-la sozinha? Poderia muito bem resolver isso para você, cara.

— É, não queria deixa-lá sozinha no apartamento — suspiro — Rebecca disse algo enquanto estávamos na sala.

— Posso saber o que foi? — para no semáforo.

— Eu te amo — digo.

— Ela falou isso? — arregala seus olhos.

— Sim, Alemão — falo.

— Agora entendo porque estava com um olhar triste — debocha rindo.

— Você percebeu também — murmuro baixo.

— Estava brincando em relação à isso — coloca o carro em movimento — você disse algo para ela?

— Dizer o quê? — olho para ele.

— Tem certeza que não sabe? — pergunta sério — depois não reclame quando perder ela. Já estou avisando.

Depois não reclame quando perder ela.

Nem passei na minha sala, fui direto para sala de interrogatório, queria saber o mandante do condomínio. Não iria sossegar enquanto não descobrisse que havia planejado aquilo.

— Douglas Machado, 25 anos, preso por tráfico de drogas e homicídio — leio sua ficha — quem mandou invadir o condomínio? — pergunto sério.

— Tenho direito ao um advogado — ouço falar.

Esse filho da mãe ostentava um sorrisinho. Achava realmente que mandava em alguma coisa aqui dentro. Por sua culpa, havia estragado minha noite com Rebecca e precisei deixá-la sozinho no apartamento.

Num segundo estava sentando na sua frente, no outro agarrava sua gola e colocava seu corpo contra parede. Douglas arregalou seus olhos e disse:

— Não teremos nada de advogado. Irei perguntar novamente e quero uma resposta concretar. Ou teremos grandes problemas aqui. Entendeu?

Ele apenas afirmou com à cabeça.

— Quem mandou invadir o condomínio? — pergunto.

— Maurício — responde — ele trabalha no condomínio faz alguns meses. Disse que os moradores tinham dinheiro.

— O porteiro — solto ele — quero endereço desse desgraçado.

— Serei um homem morto.

— Irá morrer de qualquer forma — deixo ele sozinho.

— Ele passará o endereço — Alemão, fala.

— Vamos deixar ele pensando um pouco — sento na cadeira.

— Vou buscar um café — fala — vai querer alguma coisa?

— Um café puro — peço.

— Beleza! — levanta da cadeira.

JOHNNY - Spin - Off de " Recomeço" Onde as histórias ganham vida. Descobre agora