Capítulo 9: Primavera e pedras preciosas

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— Tudo combinado, certo? Todas as coisas estão prontas, Lia? Rafa, as bebidas chegaram?

Lu, vai dar tudo certo, calma. Em dez minutos chegamos na sua casa, sim?

— Okay, vejo vocês daqui a pouco.

Luna desligou o celular, olhando em volta para verificar se tudo estava nos conformes. Segundo Rafa, com quem estava no telefone, as comidas e bebidas estavam a caminho, o quintal estava decorado, o karaokê montado...

— Merda! – exclamou Luna, pegando o celular e buscando um número, até lembrar que não tinha o contato salvo. Clicou na discagem rápida.

Oi, Luna, estamos chegando.

— Você tem o número do Matheus?

Pra que você quer o número do Matheus uma hora dessas?

— Você tem ou não, Jaqueline?

— Tenho. Mas caso você queira falar com ele, está bem perto de mim, falando com o Dan. Quer que eu passe o celular?

Luna sentiu o rosto esquentar tanto, que chegou a acreditar que entraria em combustão espontânea ali mesmo.

— Am. Não precisa. Você pode, por favor, chamar ele para vir para cá?

Matt conhece as gêmeas?

— Não que eu saiba. Mas, bem, nós fizemos um combinado e esqueci completamente de falar antes com ele.

Você falou comigo, para o próprio bem. Estamos todos a caminho.

— Ótimo.

Lu?

— Oi.

Fica tranquila.

— Vejo vocês daqui a pouco.

Luna largou o celular, correndo para o quarto para trocar de roupa. Minutos depois, ouviu batidas na porta e praguejou, por ainda não estar pronta. Correu até a porta e, ao ver Liane e Rafael, suspirou de alívio.

— Entrem. Atravessa a sala aqui, tem uma porta de vidro que dá para o quintal, podem colocar as coisas na mesa que está organizada, porque realmente preciso terminar de me arrumar. Jackie, Dan e Matt chegam daqui a pouco.

O casal trocou um olhar cúmplice.

— Matt, Luna?

— Rafael, não me deixa nervosa.

Voltou para o quarto, terminando de passar o delineador e o batom vinho – o preferido do momento –, colocou uma saia midi preta e uma blusa de lã felpuda azul. Nos pés, uma sandália de salto quadrado. Olhou-se no espelho e fez uma careta quase satisfeita: estava okay.

Foi para o quintal, onde estavam Lia, Rafa, Jackie, Daniel e Matheus.

Matheus, que a olhou como se o sol tivesse aparecido naquele início de noite agradável de setembro, fazendo Luna corar e sorrir, radiante. Quando ia se aproximar, o celular vibrou no bolso, e a foto no visor indicava que Jade estava discando.

— Droga. Oi, ei, Jade! Tudo bem? Estão prontas?

Tudo bem, sim, Lu, e com você? Parece meio acelerada.

— Aham, não, não é nada. Vão demorar?

Não, estamos chegando. Ágata está fechando a sandália-vamos, princesa, anda logo. Até mais, Lu.

— Até mais.

Ei, espera: você falou com a Jackie? Não consigo falar com ela.

— Jackie vai nos encontrar com o namorado lá, pela mensagem que enviou.

Cartas, Cafés e Cicatrizes [DEGUSTAÇÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora