A mulher não viu nada, pois estava tudo escuro e ela não tinha ligado as luzes do quarto. Deitou-se e sentiu algo molhado. Passou a mão e sentia que vinha de seu marido. Ela o cutucou, mas ele não respondia.

     A mulher pulou da cama e correu para ligar a luz, se deparando com algo horrível. Gritou com todos os seus pulmões, a filha que tinha acabado de se vestir tomou um susto e foi até o quarto dos pais. Abriu a porta e se deparou com a mão chorando e gritando. Viu seu pai estirado na cama, com uma faca no pescoço e todo ensanguentado.

      Horrorizada, ela tinha achado que a mãe matou o pai. O filho acordou ouvindo a discussão da mãe e da irmã. Foi até o quarto e ficou chocado com o que viu. Chorando, ele correu para cozinha e ligou para polícia. Enquanto a mãe e filha se entendiam, o telefone de Tom tocou, com a ligação da central 24 horas.

       Filipha assumiu a forma de pássaro pouco demais de evaporar como fumaça. Voou até em casa e ao chegar, se sentiu cansada. Transformou-se novamente e correu para geladeira. Abriu uma garrafa de vinho que na verdade era sangue. Bebeu, recuperando as energias.

      Subiu até o andar de cima, mas tomou banho no banheiro de visitas, onde ela geralmente deixava para limpar os vestígios dos crimes que a mesma cometia. Entrou no banheiro, deixando a porta encostada.

       Despiu-se enquanto a banheira enchia. Deu uma leve limpada na bolsa mágica, relembrando o dia em que a roubou de uma bruxa. Entrou na banheira, sentindo-se maravilhosa. Tirou o sangue da sua vítima que tinha por todo corpo.

(Às vezes é uma porcaria arrancar tripas, fico toda suja. Mas é tão... divertido ver aquela cara de pânico dos humanos. Se bem que esse foi uma exceção. Tenho que ser mais cuidadosa. Aqueles homens podem ser caçadores, mas eu não sei ainda. Tenho que descobrir.) Pensou ela, determinada em dar um jeito de saber um outro dia.

      Pensou em Stevan. Ela havia deixado ele esperando, teria que arranjar uma desculpa qualquer. Não se importou, ela era a vampira e ele o humano. Riu ao cogitar que provavelmente o transformaria, afinal ele era uma ótima companhia para ela.


       Assumiu a si mesma que gostava dele e que iria adorar se casar com ele. Finalmente havia um proposito na imortalidade. Nem que fosse casar e viver o amor. Afinal, ela já viveu tudo que tinha para viver. Viajou, conheceu muitas pessoas e criaturas. Só nunca tinha se apaixonado por alguém. Nunca havia se imaginado apaixonada.

     Acabou o banho, colocou o hobby que estava pendurado em um cabide atrás da porta do banheiro. Foi até o quarto e tomou um susto ao ver Stevan deitado em sua cama, acordado, lendo algo.

- Olá, minha garota fatal. - Disse ele, fechando o diário dela.

- Que merda você está fazendo aqui?! Como entrou na minha casa? - Gritou ela, assustada com a intromissão dele.

- Quem faz as perguntas aqui sou eu. Estava matando outra vez? - Perguntou ele, encarando ela.

- Do que está falando? - Perguntou ela, se fazendo de desentendida.

- Você sabe muito bem. Eu li seu diário desse ano, do ano passado e mais alguns. Bem interessante devo dizer. - Falou ele sarcástico.

- O que quer saber Stevan?

- Estava matando alguém?

- Sim.

- Ótimo. Li que humanos são imunes a sua hipnose quando tomam chá ou consomem erva cidreira. Adivinha, eu tomei. - Falou ele se levantando da cama. Indo até ela.

- Está certo. Vai embora. - Disse ela desanimada, evitando chorar. (Maldita humanidade e sentimentalismo!) Pensou ela, se afastando dele.

- Não. Por mim tudo bem, pode matar, comer e se alimentar a vontade. Tô nem aí. - Disse ele rindo.

- Mas o que?! - Perguntou ela confusa, encarando ele com ódio enquanto esse ri alto.

- Tola, amo você. Faça o que quiser, só não me traia e não tente nenhuma gracinha, ou hipnose comigo. Você é fatal, e eu posso ser bem cruel também. - Disse o humano, indo até ela.


      Ele a pegou pela cintura, beijando-a com possessividade. A Vampira se soltou e o corresponde, beijando-o também. Stevan tirou seu hobby, deixando-a completamente nua. Pegou-a no colo e levou para cama dela. Parou de beija-la e desceu até seu sexo, sugando esse com saudade de seu gosto. A Vamp gemeu.

     Contente, ele abriu o cinto da calça, baixou essa e a boxer, tirando para fora seu membro ereto. Ela o masturbou, subindo em cima dele. Tirou sua roupa e chupou seu pau com vontade. Stevan estava em êxtase com o toque dela. Filipha sentou em seu membro, cavalgando com imenso prazer. Poucos minutos depois, Stevan trocou de lugar com ela. De frente, ele a penetrou. Fizeram diversas posições e terminaram com ela sentando novamente, chegando ambos ao orgasmo. Arfando e rindo, abraçaram-se, matando a saudade que ainda tinham um do outro.

      Stevan acabou dormindo primeiro que ela, deixando Filipha pensativa. Ela pensava que afinal ela não o conhecia tanto assim. Uma pessoa comum teria ido embora, ele ficou. Talvez ele fosse tão insano quanto ela. Fariam um belo par. Dormiu abraçada a ele. Sentindo o calor de seu corpo e o prazer de ambos ainda em sua intimidade. 

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Where stories live. Discover now