- Desse jeito fico mal acostumada. - Falou ela, admirando ele e seu apetite grande após o sexo.

- Tudo bem, eu deixo você ficar mimada. Tudo para minha garota.


      Falou ele, beijando-a, pegando-a na cintura, puxando para junto dele. A Vamp levantou e se sentou de frente, no colo dele, seu membro está ficando firme, era grandinho até sem estar ereto por completo. Mas ela não pretendia sentar nele, não agora. Ela o abraçou e ele a abraçou mais forte ainda. Filipha estava confusa, em sua mente muitos pensamentos contraditórios, contudo ela tentava deixar de lado e só curtir a companhia dele.

- Sei que é cedo, mas quer ficar comigo? - Pediu Stevan a abraçando pela cintura.

- Já estamos ficando bobinho. - Brincou ela, beijando-lhe.

- Não, ficar mesmo. Não só hoje, para sempre. - Enfatizou ele, sorrindo com esperanças que ela aceitasse sua ideia maluca.

- Está me pedindo em casamento? - Perguntou ela chocada.

- Se disser que sim, então eu digo que sim. - Falou ele se enrolando.

- Você está alucinando. - Disse ela, tentando sair do colo dele.

- Por quê? - Perguntou o humano, segurando-a no seu colo. Ela resistiu.

- Porque, bem. Nós não nos conhecemos, só fizemos sexo.

- Foi mais do que isso. - Respondeu ele, beijando-a com possessividade.

- Ok, foi mais. Mas eu nem te conheço. - Respondeu ela recuperando folego.

- Então vai conhecer. Temos a eternidade juntos se você me transformar.

- Opa, eu não vou te transformar. - Disse ela voltando a cogitar sair dali.

- E se fizermos um acordo? - Pediu ele, segurando-a forte.

- Não. - Respondeu ela grosseira.

- Só ouça. - Ele pediu a fitando com seus lindos olhos verdes.

- Estou ouvindo. - Falou ela ficando quieta no colo dele.

- Eu gosto de você, de verdade. Mas você está certa. Mal nós conhecemos. Mas se em um mês eu conseguir fazer você mudar de ideia, você vai comigo para Las Vegas, nos casamos lá e na lua de mel você me transforma. - Disse ele, esperando que ela concordasse.

- Não caio nessa.

- Eu quero você. Não estou nem aí para o resto do mundo. Deixa eu provar que te mereço, que poço te fazer feliz. Passarei a eternidade ao seu lado. Amo você, minha garota. - Falou ele com toda sinceridade que tinha dentro de si mesmo.

- Isso é lindo, mas você tem uma vida... Eu não posso fazer isso com você.

- Uma vida? Não chamo a vida que levo de vida, no máximo sobreviver. - Disse ele desanimado.

- Desculpe. - Falou ela, saindo do colo dele por vez. Deitou na cama, e ele deitou do seu lado, chamando-a para seu abraço.

- Já que não me conhece, vou te contar minha história.

- Não é necessário...

- Xiu, só escuta. Não precisa me dizer a sua. Só quando você se sentir preparada ou achar que preciso saber. - Falou ele impedindo ela de falar mais.

- Tudo bem. - Concordou, aninhando-se junto a ele na cama.

- Tenho vinte e nove anos, sim, com essa cara linda e jovial. - Começo ele brincando, enquanto ela revirava os olhos. Ele continuou:

- Há oito anos meu pai morreu. Não tínhamos exatamente um relacionamento maravilhoso, ele era um bosta. Minha mãe o matou. Ela era muito devota, religiosa e crista. Não trabalhava e passou toda vida desde que casou em casa, cozinhando e cuidando de mim. Meu pai era um merda, vivia reclamando da comida que ela fazia com tanto amor para ele. Sempre criticava tudo. A comida, a casa, ela, as suas roupas certinhas e discretas. Até dizia que ela me mimava. Ela sofria, mas não desistia da porra do casamento. - Bufou ele, lembrando da mãe.


A Vamp o abraçou, esperando que seu coração se acalmasse para ele continuar, mas ele foi em frente mesmo assim.

- Certo dia, ela seguiu ele de carro. Ele tinha ido para casa de uma amante que ele tinha. Minha mãe entrou pela lavanderia. Pegou ele no ato, na sala. Ela chorou e gritou, gritou. Ele bateu nela, a chamando de louca. Então ela pegou uma arma de caça na parede, que era do marido da amante do meu pai. Ela disparou contra ele e acertou na cabeça, matando ele na hora. Minha mãe ficou traumatizada. Acabou parando num sanatório e eu assumi a empresa do meu pai. No caso, o laboratório e o hospital. Mas ela ficou depressiva, catatônica. Por três anos eu ia visita-la sempre, mas ela não melhorava e eu nunca mais tive coragem de ir vê-la.


Ao finalizar, ele deixou uma lágrima cair ao lembrar-se do quanto fora fraco. Filipha não evitou e chorou, estava emocionada com a história dele. Ela nunca pensaria nisso, claro que podia ser mentira, mas ele estava mal e não faria sentido inventar aquilo tudo só para impressiona-la. Ele era humano, tinha fraquezas. Ela não. Ele a beijou e continuaram conversando.

- Eu aceito sua proposta. - Concordou ela por fim, fazendo-o ficar feliz.


     Animaram-se. Fizeram sexo outra vez, mas dessa vez com carinho, sentimentalismo e nada de brinquedinhos exóticos. Era só ele e ela. Seus corpos entrelaçados e em sintonia. Ela não podia mentir a si mesma, estava apaixonada mesmo por ele.

      Mas o problema era que ele se tornaria sua fraqueza, mas ela tinha muitos segredos por trás da sua sobrenaturalidade. Segredos que ela mesma tentava esquecer. Mas agora, só queria estar com ele e ser amada. No fundo, ela precisava mais dele do que o oposto. 

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon