Mais Do Que Os Olhos Podem Ver

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Já havia três dias que Sophie, que na época tinha 25 anos, cabelos ruivos, olhos verdes e uma vida toda pela frente havia desaparecido e ninguém sabia o que havia acontecido tudo o que sabiam era que estava ferida de alguma forma, pois havia pequenas manchas de sangue no banheiro e na sala, e que o desaparecimento dela não foi o primeiro desse mês.

  Como muitas pessoas gostavam de Sophie quase toda a cidade ajudou a procurá-la, mas até agora nenhuma esperança, a última pessoa a vê-la foi o zelador que estava limpando o corredor quando ela entrou no seu apartamento na segunda-feira.  

Não havia muitas evidências no seu apartamento, só havia manchas de sangue no chão que iam do banheiro, a sala e levavam até a cozinha, móveis fora de lugar, porém sem nenhuma digital, e um pouco de cabelo cortado na sala do apartamento.

Depois de mais dois dias de procuras o anel de formatura de Sophie foi achado em cima de uma cova rasa, depois de desenterrar o corpo foi feito um reconhecimento que comprovou que era Sophie, ela tinha levado uma facada nas costas, mas, a perícia criminal indicava que tinha morrido de sede e fome, o que foi constatado pela desidratação do corpo e pelo estomago estar sem restos de comida, outra indicação dessa hipótese foi ela estar com a boca costurada com fios de cobre em uma carranca, ela também tinha um corte no joelho, o que pode explicar o sangue no apartamento.

O que mais espantou os policiais foi a falta de impressões digitais no corpo, pois as únicas que foram encontradas nele eram falsas, e que a letra no bilhete não era de nenhum assassino conhecido pela lei, o que lia-se nele era o seguinte texto:

"Não são extraordinários os mortos? Eles não reclamam, não são chatos e são lindos. Mas por que só um? Por que não 3? Tentem me encontrar se puderem, há mais que os olhos podem ver. E uma dica: o primeiro corpo está em uma árvore, esse é a minha segunda vítima,mas não vamos deixar nosso passarinho sozinho por ainda mais tempo."

A última frase lembrou os policiais do desaparecimento de um adolescente de 17 anos chamado Jayson na semana anterior, ele era um rapaz loiro de olhos cor de mel, pele pálida e parecia ter 15 anos ao invés de 17, então os policiais checaram árvores perto da casa do rapaz, e então, enfim encontraram-no dependurado pelo pé em uma grande árvore, com os olhos abertos já que suas pálpebras e pescoço  haviam sido cortados,em sua boca havia outro bilhete:

"Pobre passarinho que saiu do ninho, não deveria ter cruzado de novo o meu caminho. A última vítima é uma releitura minha de um clássico, procurem minha Dália Negra. Ela estará em um hotel abandonado assistindo TV até vocês chegarem".

Jayson morreu pela junção do sangramento em seu pescoço, pálpebras e pelos ferimentos internos criados pelos ossos que foram quebrados aparentemente a marretadas devido às marcas roxas em seu corpo serem grandes, todos esses ferimentos fizeram com que ele morresse afogado em seu próprio sangue de forma lenta e muito dolorosa devido à expressão de agonia marcada em seu rosto.

Após a análise do corpo, procuraram em todos os hotéis abandonados da cidade, o que não eram muitos, procuraram em cada apartamento pela "Dália Negra" do assassino, mas só havia um caso de desaparecimento de uma mulher com cabelos negros, olhos castanhos escuros e pele pálida na cidade, e ela se chamava Tiffani, ela aparentemente havia sumido um dia antes que Sophie.

E realmente foi ela que a encontraram: nua, com braços e pernas amputados, enforcada em cima do sofá de um dos quartos do Hotel Esmeralda, com um sorriso macabro cortado em seu delicado rosto pálido, deixando o sangue parecer ainda mais escuro e mais assustador, é como se você olhasse para uma versão feminina do rosto de Jeff the Killer, o bilhete estava em cima do sofá e dizia:

Mais Do Que Os Olhos Podem VerWhere stories live. Discover now