Capítulo 32

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Lorena

- Danilo! – Meu marido havia perdido o juízo e depois eu era a louca. – Você não pode fazer isso! Não aqui! – Clamo, mas bem sabia que nada o faria mudar de ideia.

- Podemos sim, meu amor!

- E seu eu gritar? – Pergunto preocupada, pois sabia que acabaria gemendo quando atingisse seu objetivo de me dar prazer antes mesmo dele saciar o seu.

- Ninguém a ouvirá, princesa! Estamos longe... A orquestra e os murmúrios das pessoas serão suficientes para abafar teus gemidos... Gemidos que serão sempre só meus. Porque não me recordo se avisei de que sou o mais egoísta dos maridos.

- Ai... Danilo! Faça algo e logo, não aguento mais! – Danilo acabava de encontrar a abertura dos meus calções e deslizar seus dedos para dentro de minha fenda úmida. Sua exploração detalhada me deixava alucinada e tudo virou sombras quando se colocou no meio de minhas pernas e substitui os dedos por sua língua... Tão habilidosa.

- Está melhor dessa forma, amor? – Pergunta sem vergonha, sem desgrudar de meu corpo e devia estar com vergonha?! Devia sim, porque não estamos escondidos em nosso quarto. Mas a verdade é que não me sinto intimidada, ao contrário, ondas de excitação percorrem meu corpo e o proibido torna-se atrativo, intenso, resplandecente... Sim, resplandecente, porque eu via estrelas a piscar e, lá no fim, um cometa dando-me a chance de fazer um pedido. Eu faria o meu e incluiria Danilo nele, com certeza. – Diga-me, Lorena, está bom?

- Ohhhh.... – Não consigo falar, apenas sentir e entregar-me ao momento. Nunca, mas nunca encontrei em qualquer livro a descrição de algo do tipo. Sei que amantes se amavam de diversas formas e que fazer amor era uma contínua exploração. Mas... Danilo não se cansava nunca de me surpreender e quando acreditava que havia encontrado o mais potente êxtase, ele me estendia a mão, convidando-me para mais.

Havia aberto parte do corpete do meu vestido e meus seios saltavam aos olhos de quem pudesse entrar no recinto. Deviam estar todos entretidos com o espetáculo, que era lindo e delicado, mas se resolvessem entrar por qualquer motivo, nos surpreenderiam em momento tão profano, sim, eu me sentia como uma das estátuas da Grécia Antiga, com os seios à mostra e empinados porque meu corpo não dava conta de absorver todas as insinuações e provocações de Danilo.

- Não posso despi-la por completo, Lorena! Bem sabe que aprecio fazê-la minha sem nem uma peça de pano a nos separar, mas nesta noite, não há solução a não ser amar-te com panos a nos separar. – Um pecado, suponho!

- Danilo... Danilo.... Meu bom Deus... Isso tudo é tão excitante e tão inapropriado! – Consigo reunir as vogais lentamente enquanto me recupero do prazer avassalador proporcionado pelos beijos de Danilo na parte mais delicada de meu corpo. Coro só em pensar o que acabou de fazer... Mas não me arrependo e caso não estivesse em local público, suplicaria por mais.

- O gosto do proibido é melhor na sua companhia, Lorena! – Vejo se afastar para abrir os botões de sua calça e minha boca saliva em resposta, em desejo de retribui o prazer que me concedeu ao meu tocar. Mas Danilo é mais rápido e antes que consiga fazer qualquer coisa, invade-me, incentivando-me a me soltar e deixar-me fazer sua, como se já não fosse sua.

- Como consegue ser tão intenso? – Pergunto totalmente entregue às suas carícias libidinosas. – Tão controlado? Tão perfeito? – Danilo ainda haveria de matar-me de prazer, mas desconfio de que qualquer uma apreciaria morrer de forma tão doce. Se todas as mortes fossem prazerosas assim, ninguém a temeria com tanto temor.

Envolvidos e preenchidos pelo êxtase, encontramos o alívio um nos braços do outro. Sentia-me como se flutuasse. Relaxada, saciada e feliz era meu atual estado. Mas precisávamos voltar ao teatro antes que muitos dessem conta de nossa ausência.

Um Cavalheiro para Lorena - Série Belle Époque, Livro 4 (AMOSTRA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora