– Vendo se tem alguém com uma câmera ou celular apontado pra cá, não quero apanhar do seu namorado que podia facilmente ser lutador de UFC – brincou e Joan riu alto.
– Fica tranquilo que eu falo bastante de você pra ele.
– É mesmo? Fala o que? Fica me difamando?
– Contei que uma vez a gente fez um acordo, que caso terminarmos sozinhos aos 30, vamos nos casar. Ia ser um ótimo relacionamento porque a gente já se apoia... – ela disse.
– Eu não acredito que você fez isso, ele não quer me matar, né?!
– Meu Deus, relaxa, Domi. Elias é um amor de pessoa, você vai ver quando conhecê-lo.
– Roland Garros?
– Com certeza.
– Esperei tanto por esse momento, vou adorar ter aquela conversa de irmão mais velho já que o Johnny foi imprestável porque ele é fã do cara. – Joan gargalhou com aquela constatação e Dominic riu junto. – Eu tô falando sério.
– Eu sei que tá, só deixa eu pegar meu celular antes porque quero ter esse momento gravado.
– Você não presta o almoço que você acabou de comer, Joan Aylen!
Ela deu de ombros, terminando de tomar o suco e Dominic mudou a feição.
– Mas sério agora, vocês estão bem?
– A gente ainda não se viu desde o famigerado dia que ele explodiu e eu peguei o primeiro avião de volta pra casa, acho que somos o tipo de casal que raramente briga feio, mas quando briga solta umas verdades que é pra machucar. Mas as coisas estão voltando para os trilhos novamente, depois daqui eu vou encontrar ele...
– É, sexo de reconciliação costuma ser o melhor – interrompeu e ela apontou para ele.
– Depois eu sou a viciada em sexo – falou e Dominic riu.
– É engraçado... – começou. – Depois de tantos anos a gente ainda fala sobre tudo abertamente em qualquer lugar – constatou.
– Melhor tipo de amizade, sim ou com certeza? – Ela riu.
– Mas você ainda é a viciada em sexo de nós dois.
– Cala a boca.
...
Caída no vestiário estava Joan Brant, depois de ter conversado bastante com Gayle Millward, sua treinadora, e escutado um belo de um sermão vindo de seu agente, Scott Adams, mas um sermão cômico e encorajador. Sua equipe não podia ser melhor e, quando o Roland Garros viesse, ficaria ainda maior com a presença de sua família, além de sua treinadora, agente, preparador físico, etc.
E ali estavam duas coisas sobre a tenista: por mais que existisse mais foco no esporte – e por isso o mesmo era até chamado de chato –, ela ainda andava por aqueles corredores sorrindo e brincando; Joan gostava de se jogar em qualquer lugar mesmo, dane-se quem gostava do conforto do sofá e os mimimi dentro do grande vestiário.
– É, você acabou perdendo pra Simona... – Dominic apareceu, constatando o óbvio e deu a mão para que Joan levantasse do chão.
– É um prazer, você sabe – ela repetiu aquele mesmo bordão. Aprendizado. Fez uma careta quando se levantou, tentou limpar inutilmente a saia suja e sorriu. – Ainda quero ser ela quando crescer, por enquanto sou pequenininha.
– A quem você quer enganar? – Domi deu uma risada gostosa, antes de olhar nos olhos da amiga. – Joan, você é gigante.
Ela arqueou uma sobrancelha sem reação, colocando a mão no coração em seguida diante de tamanha sinceridade vindo de um dos tenistas que ela mais admirava no mundo.
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Hurricane
FanfictionHuracán, o deus das tempestades segundo a mitologia maia. Furacões, no entanto, são as tempestades mais fortes e violentas existentes no mundo. Além de ser um fenômeno natural, é algo que causa destruição, mas ainda assim não deixa de ser lindo. Ela...
Tretton • Passionfruit
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