Descobertas

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Algum tipo de objeto com ponta entra em minhas veias, não sei dizer se é uma agulha ou a ponta de alguma arma branca qualquer, a única coisa que eu conseguia sentir era apenas uma dor insuportável, parecia estar congelando-me a milhares de graus como se fosse um Ice Berg sendo solidificado ao absoluto a ponto de nunca mais voltar a sua força líquida. As luzes começaram a ficarem cada vez mais longe e de último momento, acabei sem sentir nada e acabo me vendo novamente em uma escuridão esmagadora, que tanto agonizava os nervos.

Um brilho suou bem a cima de minha cabeça, fazendo-me inclinar para ver o que resplandecia tal efeito na escuridão, o brilho parecia se aproximar cada vez mais e quando menos espero, o mesmo me engole e me joga para fora. Dessa vez eu estou na casa onde morava com minha mãe. Como eu sei? É apenas uma intuição de momento. A velha cabana que antes era cômoda, agora estava com cada centímetro de madeira em decomposição, os móveis eram identificáveis a primeira vista, cada peça que era submetido ao casebre eram desgastados e velhos, talvez pelo decorrer do tempo ou algum mau trato com elas.

– Tem alguém ai? – Olho para os lados da casa em desdém, pelo incrível que pareça eu não sentia medo de estar perambulando por ali, ou até mesmo de encontrar alguém. – Olá?

– Quem está a visitar minha moradia? – Uma voz já anciã se pronuncia baixa. – Se Revele agora!

Ao escutar a voz eu acabo dando alguns passos para trás e acabo tropeçando sobre meus pés, meu coração acelera de forma que parecia estar criando vida própria, meus cabelos dos membros superiores e inferiores se arrepiaram como se tivesse algo de muito medonho prestes a acontecer.

– M-meu... n-nome é Flaimer. – As palavras pareciam estar se contorcendo e tentando não saírem de minha boca com um ar normal. – Quem é você?

– Jovem Flaimer, eu vivi para ver você. – A voz se posicionou atrás de mim em um passe de mágica, – Eu sou o Chacal!

Ao pronunciamento do velho, andei alguns passos para frente e apoie-me em um algum tipo de sobrado de madeira que parecia ser uma pequena cadeira, olhei para o velho tentando analisar cada ruga daquele rosto. Pelo fato daquele homem ser de meia idade ou até mesmo "todas", eu me deparo com uma figura de músculos e com um cajado em mãos, ele é alto e moreno, com algumas tatuagens brancas pelo corpo que eu não conseguia indentificar qualquer significado, sua imponência era admirável, além de ser sereno em fala e gestos, esse era plenamente um livro de capa velha, porém com um admirável conteúdo. Seus aspectos físicos poderiam ser admirados e até invejados por muitos jovens. Ao focar meu olhar no cajado que o ancião empunhava, acabo tomando um susto e perdendo o apoio da cadeira onde me encontrava, quando o mesmo se apresentou:

– Meu nome é Dexter, sou um cajado mágico, – O objeto falante saiu das mãos do Chacal e veio até meu encontro pairando sobre o ar. – Vejo que seu estado é deprimente!

Não entendo ao certo o que o cajado queria dizer, pois apenas me lembrava de ser jogado ali por algum fenômeno produzido por uma luz. O Chacal se ajoelha em minha frente, e de algum modo suas tatuagens começaram a brilhar sem explicações nenhuma, ele empunhou Dexter e o fez brilhar também, essa que por vez tinha uma pedra ao seu pico que brilhava em ritmo desacelerado. O velho olhou no fundo de meus olhos e sobrepôs Dexter em minha cabeça.

– Nós veremos em breve jovem garoto, em breve... – O ancião diz com uma serenidade que pisoteava minha mente.

O velho colocou o cajado sobre minha cabeça em algum ato que eu não conseguia identificar, falou algumas palavras que nem ao menos eu sabia do que se tratava e bateu com uma leve força sobre minha cabeça, fazendo com que todo o lugar onde eu estava caísse em ruínas e de alguma forma eu fui levado a uma claridão que me cegava.

O Filho do Fogo [ Em Revisão]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora