Capitulo 3 (Nátalia)

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-Bom dia senhora doutora

-Bom dia sim colega.

-O seu cliente está na sala lhe esperando.

-Está bem, vou já para lá. Obrigada - e vai até a sua sala- Bom dia senhor Sousa

-Bom dia senhorita. Já tem uma solução para o meu problema?

-Bom senhor Sousa, as acusações são graves...aliás, muito graves, mas há coisas que não batem umas com as outras e eu preciso reunir mas provas para só então podermos acusar com cabeça tronco e membro o homem que está tentado colocá-lo na cadeia.

Eu falei com a polícia de investigação criminal e tudo aponta que há mais de uma digital no corpo da menina. Só precisamos de saber de quem é a digital encontrada no pescoço da jovem que o senhor encontrou morta no seu apê uma noite após ter estado com ela.

Há um outro facto senhor Sousa, a menina era menor- Natália fala olhando a expressão do homem à sua frente- Logo os pais podem acusa-lo de abuso de menor

-Menor? Senhorita advogada eu te juro que não sabia, ela disse que faria 20 anos

-Foi? Não senhor Sousa, a menina faria 17

-Ó céus- e colocou suas mãos na boca- Com aquele corpo?

-É difícil, mas não impossível de se acontecer.

-Ela já era toda formada- fala não acreditando no que acabara de ouvir- A senhorita tem certeza?

-Aqui está- e entrega os dados da jovem- E tem mais senhor Sousa...

-Ah, meu Deus - fala com as mãos na cabeça

-Há uma gravação da menina pedindo dinheiro ao senhor e o senhor negando, aí ela ameaça que vai contar o que acontecia entre vocês e o senhor ameaçando a vida dela.

-Então ela.... ela me gravava?

-Farei o impossível para mantê-lo fora da cadeia caso seja realmente inocente, mas...- e seu cliente a corta

-Senhorita Muniz, eu juro por tudo que é de mais sagrado nesta vida, eu não a matei. Pelos os meus filhos, eu não a matei- e começa a chorar- Sim, sou corrupto, gosto de menininhas para me satisfazerem, mas nunca na minha vida tirei a vida de quem quer que seja.

-Tenha calma senhor Sousa

-A senhorita não entende, é um desespero quando tudo aponta que sim e na verdade é não.
Olha para mim, eu tenho 64 anos e posso ir para a cadeia. Acha que vou sobreviver lá? Ainda mais sendo do governo e por ter morto uma menina que supostamente era menor e eu não sabia? Senhorita Muniz não ficarei lá um dia e depois de meses descobrirão o assassino mas e eu, quem vai me ressuscitar?

-Eu preciso acreditar no senhor e sinto que me diz a verdade. Vamos continuar trabalhando está bem?

-Vou acabar com a vida dos meus filhos se for para a cadeia.

-Não irá, eu te prometo. Agora anda, vá para a sua casa e fique o máximo que puder com a sua família, avizinham-se dias difíceis.

-Muito obrigado por tudo

-É meu trabalho senhor

-Tem desempenhado ele muito bem- e Natália com a sua postura séria dá um sorriso tímido para o senhor a sua frente.

****************

-Feliz aniversáriooooooooo- Natália toma um susto assim que chega em casa.

-Meu Deus do céu, que invasão é essa aqui?- e olha tudo ao seu redor

-Surpresaaaaaaa

-Ah que bom gente. Obrigada! - fala emocionada

-E não terminou- Dora fala

-Ó céus...O que mais falta?

-O amor da sua vida- Leonardo aparece por trás e dá um beijo nela.

-Leo você nem me disse nada- e ele se ajoelha- Leo o que está fazendo? Ah não me faça chorar

-Nunca fui bom com as palavras, mas fui bom o suficiente para encontrar a pessoa certa para mim. Me apaixonei por você desde o primeiro dia, do seu jeito, de tudo que faz e a forma como faz. Eu quero passar meus dias com você Natália Muniz- e abre a caixa aveludada- aceita se casar comigo?

-Claro que sim, mil vezes sim- e se abaixa dando um beijo em seu namorado

-Ebaaaahhh- Maurício grita e os amigos acompanham

-Viva aos noivos- Dora fala toda emocionada

-Vivaaaaaaaa- e todos gritam

Leo se levanta e ergue a namorada no colo e a beija.

-Te amo minha advogada

-Eu também te amo e muito.

A festa decorria bem e Natália não poderia estar mais feliz. Passou até ao amanhecer com os amigos, familiares e o noivo em sua casa comemorando e se divertindo muito.

*************

-Droga- sai de fininho do quarto para não acordar o namorado- Alô- fala baixo

-Natália Muniz - a pessoa do outro lado da linha fala

-Eu mesma, quem é?

-É o seu pesadelo.

-Oi? Trote a uma hora dessas, é sério mesmo ? Vai procurar o que fazer - e ia desligar o celular mas a pessoas do outro lado continua...

-Não é trote. Eu vou ser bem directo, se continuar defendendo o Pitra de Sousa, irá se arrepender e isto lhe custará a vida.

-Quem é você?

-Quem eu sou não interessa, mas quem tirar a sua vida ou de qualquer uma das pessoas que ama, isto sim irá lhe interessar.

-Eu estou fazendo o meu trabalho. O que há de errado com isso?

-Terá que começar a escolher entre ele e os seus.

-Mas quem você .... - e a pessoa do outro lado desliga- alô? alô? Merda- e joga o celular na parede

Natália sente a respiração acelerada e o corpo trémulo. Vai até a cozinha e bebe um copo de água com açúcar.

-Quem é? Quem será que está ameaçando a minha vida e das pessoas que eu amo ?






Continua....

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