Capítulo 57

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Amar demais alguém, nos consome por inteiro.

O amor nos faz, fazer coisas que nunca imaginaríamos

que fossemos capazes de fazer.

- Márcia Cristina Melo

Alyssa

Eu amo Dylan,sempre amei. Nunca sentir nada parecido por ninguém, a prova disso é que eu mesmo estando chateada. Quando Pietro me mandou mensagem, dizendo que Dylan estava péssimo, eu larguei tudo e vim atrás dele.
Tudo que eu quero é está com ele, independente de qualquer coisa, mas eu não posso. Tivemos uma noite maravilhosa, e que vai ficar marcada pra sempre em mim, observo a tatuagem em seu pescoço idêntica a que eu tenho no meu pescoço e lembro do dia em que a fizemos, era seu aniversário de 18 anos, ele havia acabado de ganhar mais um jogo e estávamos muito felizes, bebemos um pouco e chegamos a conclusão de que precisávamos de algo pra nos marcar para sempre, então tatuamos algo para representar pra sempre o nosso amor, o amor de Dylan foi exatamente assim, me marcou feito uma tatuagem na alma.
Eu o observo enquanto ele dorme, tão lindo, tão sereno. Eu amo ele, esse amor me faz ser inconsequente, me faz querer fazer tudo por ele. E isso me faz mal, eu preciso ir, preciso deixar ele, preciso me encontrar e descobrir quem eu sou, já são 6 da manhã e meu voo está marcado para o meio dia, preciso ir pra casa e terminar de organizar tudo. Aqui estamos nós dois novamente, por muito tempo eu não tive alguém, eu nunca me sentir tão viva como me sinto ao lado de Dylan Parker, chega ser estranho a forma que nos apaixonamos, do ódio ao amor, mas dizem que é isso afinal, do amor para o ódio é apenas um passo.

Está com ele hoje foi maravilhoso, eu precisava disso, mas eu sinto que de alguma forma, deveria pedir desculpas. Eu estou muito abalada por tudo que aconteceu, não consigo entender o que está acontecendo dentro de mim, a única certeza que eu tenho é que eu o amo, eu devo ir, antes que minha vontade se enfraqueça, e eu comece a chorar e decida ficar.
Eu deveria  ir, antes que eu perca meu senso de razão e pense somente com o meu coração. É tão difícil, manter minha compostura. E fingir que não vejo como o seu cheiro me atraí, como os seus olhos me deixam louca. E o seu sorriso me faz feliz só de vê-lo, é tão natural, tão belo, me assusta conhecer Dylan tão bem, no fundo eu sei que não deveria ir, sei que não deveria deixá-lo. 

Mas eu também sei que ir embora será o melhor pra mim, e eu devo ir agora pois eu sei que se ele me olhar nos olhos e me pedir pra ficar.  Eu desisto de tudo no mesmo momento e fico, ah meu amor por que me fizeste te amar tanto Dylan Parker.Eu não quero te deixar amor, quando você telefonar eu já estarei bem longe, eu preciso ir, eu devo ir.
Mas antes vou até seu guarda roupa, pego uma camisa sua, pego seu perfume e borrifo na camisa, dobro ela, vou até Dylan dou um último beijo em seus lábios,ele se meche mas não acorda. Pego a blusa, desligo seu alarme, fecho a porta e vou embora.
Pego um táxi e vou pra casa, vou o caminho inteiro chorando, ao chegar em casa tento fazer o mínimo de barulho possível, vou direto pro meu quarto, entro no banheiro e me sento chão em baixo do chuveiro.
Após chorar bastante, saio do banheiro pego meu roupão, me enrolo, e tenho uma ideia, vou até o guarda roupas pego uma caixa pequena, e decido deixar uma pequena lembrança para ele, ponho algumas fotos nossas, uma miniatura do meu perfume e a calcinha que usei na nossa primeira vez, escrevo uma carta e ponho dentro da caixa.

Agora já são quase 10 da manhã, e eu precisarei em alguns minutos está no aeroporto para despachar minha bagagem e fazer o check-in. Escuto batidas na porta, e minha mãe entra em seguida.

─ Pronta?─ Pergunta ela.

─ Sim. ─ Digo com lágrimas nos olhos.─Será que essa decisão, é o melhor a se fazer mãe? Estou tão insegura. ─ Digo.

─ Só você saberá o que é melhor para si Aly, não posso te dizer o que fazer. ─ Diz. ─ Eu amo você, e sempre vou amar. Me parte o coração ter que me separar de você e te deixar ir para tão longe, mas sei que é para o seu bem. ─ Acrescenta ela e me abraça.

─ Eu te amo mãe.─ Digo.

─ Preciso de um favor, você pode entregar essa caixinha ao Dylan se ele vim me procurar? ─ Digo.

─ Se é isso que você quer, que eu faça eu farei filha. ─ Diz e pega a caixinha. ─ Nós temos que ir, você tem 15 minutos, te espero lá embaixo. ─ Diz minha mãe.

─ Tudo bem, eu já desço. ─ Digo.

Ela saí do quarto, e eu me sento na minha cama e fico pensando um pouco mais, se é realmente isso que devo fazer. Olho para as minhas malas, todas prontas, observo meu quarto, e lembro das noites que fui dormir bem tarde estudando. Me convenço de que isso será o melhor pra mim, eu vou evoluir e irei crescer dessa forma.

Chamo minha mãe para que me ajude com as malas, conseguimos colocar todas no carro. E logo partimos rumo ao aeroporto, junto com minha madrinha, Lavínia e Aylla. Não demora muito, chegamos ao aeroporto. Vou até o balcão junto com mamãe, faço o check-in, e a moça despacha as malas. Perto das onze começam a chamar os passageiros do meu voo, e eu abraço todos, inclusive Madu e Tata que acabaram de chegar. Me disperso de todos, e vou a procura do portão de embarque, olho para trás uma ultima vez e aceno com a mão, com os olhos cheio de lágrimas que Deus abençoe essa nova jornada.

Meu único e grande AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora