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Austin

Depois que vi aqueles dois se beijando, não sei o que me deu acho que esqueci até meu nome de tão bravo que eu estava então fui embora.

Confesso que ela deve estar com muita raiva de mim agora, mas ver aquele beijo foi demais para mim. Parecia que todo o sentimento que eu achava que podia controlar explodisse dentro de mim, e na minha cabeça eu só tinha uma certeza, não dá para ser rei toda hora mas dá para ter a mulher que se ama ou pelo menos tentar conquista-la.

De qualquer jeito vou investir mas se ela não tiver nenhum sentimento sequer então eu à deixo livre para ficar com quem ela quiser... Acordei um trapo pior é lembrar que a noite passada foi boa e ruim ao mesmo tempo. Neiva deve estar me odiando por ter deixado ela vir sozinha, mas logo vou falar com ela, ainda mais só de pensar que ela fica no quarto em frente ao meu dá para imaginar muitas situações. Mas agora não tenho tempo para situações desse tipo.

Tenho que ir para o treinamento papai deve estar a minha espera. Me arrumo saindo do quarto ao mesmo tempo que Neiva então andamos os dois pelo corredor, e pela cara dela eu tinha mesmo feito a maior burrada.

- Neiva eu queria te pedir desculpas por ontem. Foi muito grosseiro da minha parte ter te deixado lá sozinha. - Ela me analisou com olhar parecendo buscar uma resposta.

- Não tem problema. - Disse despreocupada.

- como não tem problema? Eu não poderia ter te deixado sozinha na taverna. - Tentei me retratar mais uma vez.

- eu não fiquei sozinha. - Ah é tinha me esquecido Frederico ficou lá com ela de certo também veio deixar em casa.

- Austin não se preocupe comigo, pois meu novo amigo Fred veio me deixar em casa, cumprindo muito bem a missão que lhe cabia. - Disse de propósito só para me irritar.

- tudo bem Neiva eu já te pedi desculpas, mas se você não entende os meus motivos então não tenho o que fazer.

- que motivos você teria de tão importantes para ter me deixado em um lugar cujo qual eu não conhecia ninguém? Sim porque você já conhecia todo mundo, inclusive aquela mulher que te beijou. - Nossa até me surpreendi com aquela revolta momentânea.

Que mal havia em um simples beijo? A não ser que ela tenha ficado com ciúmes e por isso beijou Fred.

- não acredito que você tenha ficado com ciúmes de mim, se você também beijou Frederico!

- não estou com ciúmes só esperava um pouco mais de consideração. - Disse respirando fundo.

Acho que estávamos a falar um pouco alto demais pois alguns guardas que passavam por nós já estavam à notar a nossa quase discussão.

- tudo bem Neiva a gente conversa depois.

- o que? Como assim você vai me deixar falando sozinha de novo? - Disse irritada. Um pouco mais longe de mim.

Bom eu sabia que não conquistaria ninguém desse jeito, mas o que posso fazer? Já estou atrasado para o compromisso... Chego no campo de treinamento e o rei já estavas a minha procura.

- o que estavas a fazer que não veio cedo como te mandei? Não espera, não quero saber ou vamos adiar ainda mais o nosso treinamento. - Disse pesadamente.

Então começou um discurso estranho sobre os deveres de um rei com seu reino e de um guerreiro, até aí tudo bem a coisa começou a esquentar quando um dos guardas entra e diz alguma coisa ao meu pai. Notei que ele ficou tenso e muito preocupado parecia não acreditar no que acabará de escutar. Notando que todos estávamos meio agitados fez um gesto com as mãos para que nós acalmassemos.

- Calma, calma, acabamos de saber que os rebeldes estão prestes a invadir o vale de Tales. - Disse preocupado, enquanto todos, inclusive eu ficamos nervosos com a situação.

- e o que vossa majestade pretende fazer para impedi-los?

- sim temos que traçar uma estratégia de emergência.

- se me permite eu gostaria de ajudar. - Vi que ele ficou ainda mais preocupado com minhas palavras. Mas o que haveria de fazer se não a me escutar?

- sim prossiga. - Disse o rei.

- bom primeiro temos que montar uma linha de ataque, outra de defesa, o vale fica um pouco longe da cidade e do castelo então dá para evitar o confronto direto envolvendo inocentes. Segundo que uma conversa amigável sempre ajuda a chegar em um bom acordo para ambas as partes. - O rei e todos os que se faziam presentes pareciam impressionados.

Não era porque sempre estou em festas e pareço nem ligar para os problemas do reino que não me importo, Claro que me importo e muito. Ele parecia analisar tudo que acabara de ouvir.

- tudo bem você vai comandar a linha de ataque e George a linha de defesa. - O que como assim? Eu só estava dando uma sugestão e não dizendo que queria participar, pensei comigo mesmo.

- e a parte das negociações fica com quem?

- comigo é claro. E fique tranquilo só atacaremos se eles não concordarem com o acordo. - Disse o rei. Mas nem sabíamos o porque deles estarem atacando o vale?

Todos os soldados que ali estavam começaram a se equipar com flechas, lanças, espadas e seus escudos. Bem eu não sabia muito bem o que fazer, mas com certeza eu iria dar o melhor de mim. Todos seguimos à cavalo passando pela floresta até chegarmos ao vale.

Eramos cerca de uns 150 homens e tinha ficado uma tropa de uns não sei mais quantos um poco mas atrás, caso fosse preciso de reforços. Chegando no lugar o rei estava à frente de todos, achei meio perigoso ir à frente mas o rei as vezes era meio cabeça dura. Os rebeldes não eram muitos mas pareciam estar tranquilos em relação ao que poderia ou não acontecer.

- vejo que o rei veio junto de suas tropas. - Disse o homem que liderava o grupo.

- claro que sim. Um bom rei sempre está junto de seu exército. E viemos tentar um acordo com vocês.

- e que acordo seria esse?

- não sei. Me diga você o porque de estar pisando em solo Terrino?- Disse o rei querendo explicações, afinal nós não sabíamos o porque deles estarem alí.

O líder dos rebeldes olhou em volta parecia canalizar toda aquela situação. Realmente se aquilo fosse um ataque muitos deles iriam cair assim como muitos dos nossos e não fazia sentido algum começar uma guerra sem motivos, pois o governo do meu pai é o melhor de toda essa região pelo menos até onde eu sei as pessoas do reino só o elogiam.

- bom, isso não é um ataque. - Disse o homem.

- é o que é então tudo isso? Esse aparato de armas?- Perguntou George.

- estamos em treinamento de campo. Somos do reino de Terravilla, ouvi mesmo algum boato sobre os rebeldes mas acho que não fazemos parte dele. Pelo menos não ainda. - Menos mal isso iria ser um banho de sangue.

- tudo bem treinamento acadêmico. Mas lembrem-se de nós avisar caso forem fazer isso de novo. - Disse o rei Augustos.

- claro vossa majestade será comunicado. - Disse o homem com uma cara não muito boa.

Resolvido todo aquele mal entendido, marchamos com todos os nossos soldados de volta para o castelo, não nós convém entrar em um combate sem sentido, não mesmo. Passamos pela floresta e logo chegamos...

Vejo mamãe vindo aflita em nossa direção de certo já soube do quase ataque ao vale de Tales.

- vocês estão bem?

- sim mamãe. Fique despreocupada foi um alerta falso.

- mas temos que ficar atentos, não gosto de pessoas de outros reinos fazendo rondas com tanta gente assim parecem que sempre estão à espreita esperando um momento de fraqueza. - Disse o rei.

- concordo, sempre é meio perigoso esse tipo de ação. - Conclui.

Sai deixando eles conversarem entre sí.

Vou para o lago perto do castelo mas antes de chegar bem perto noto uma presença feminina que parecia estar totalmente a vontade e até sem roupa. Será que é quem estou pensando ela estaria mesmo sem roupa no lago?

Continua...

AUSTINOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz