06 | São dois príncipes

927 172 54
                                    

Os lábios de Hoseok se mexiam lentamente contra os meus, como se ele aproveitasse meu gosto e desvendasse coisas que eu jamais houvesse dito, e sim sentido.

Enlacei meus braços em seu pescoço, aprofundando ainda mais o selar, fazendo com que nossas línguas se tocassem e brigassem por espaço.

Hoseok é como as estrelas: brilha e pode ser facilmente ofuscado. O que quer dizer que ele não esconde o que sente, e quando o faz, perde totalmente o sentido.

Quando o ar fez falta, afastamos minimamente nossos rostos, e Hoseok colou nossas testas. Nossas respirações quentes e pesadas se misturavam, criando uma harmonia entre nossos corpos agitados.

— H-Hoseok... — ele pôs o indicador sobre meus lábios e sorriu ao encarar meus orbes.

— Não diga nada ainda — Shin sussurrou de forma sexy, que me fez arrepiar. Depois, suas mãos deslizaram por minhas costas, até que ele as deixasse em minha cintura, a apertando e me fazendo grunhir — só me deixe te ouvir.

Fechei meus olhos e deixei que nossos lábios se encontrassem outra vez, em um beijo mais quente, em que eu deixei que Hoseok me controlasse e me guiasse. Eu havia me rendido ao seu encanto, ao seu sorriso.

Eu só queria o corpo dele junto ao meu.

Hoseok me deitou gentilmente na cama, e sobrepôs seu corpo no meu. Seus beijos foram direcionados para o meu pescoço até que seus dedos afastassem minha blusa de minha clavícula, deixando-a livre para que Hoseok pudesse a beijar.

Sua respiração quente me fazia apertar o tecido de sua roupa, o puxando mais contra meu corpo, a ponto de sentir sua intimidade roçar a minha. Mas pelo pouco que conheço Hoseok, não teríamos nossa primeira noite ali. Não dessa forma.

Não só ele queria de um jeito mais romântico, mas eu também.

Quando precisei tomar fôlego, afastei meus lábios dos dele lentamente. Nos observamos por longos minutos, até que Hoseok se deitou ao meu lado e me aninhou em seu braços fortes.

— Eu senti tanto a sua falta — Hoseok murmurou.

Ergui um pouco meu rosto, o olhando.

— Me diga a verdade, Hoseok — apoiei o peso de meu corpo nos cotovelos, o encarando profundamente. Talvez uma tentativa falha de desvendá-lo, da mesma forma que ele fazia comigo.

— O quê?

Molhei os lábios e desenhei, com o indicador, em seu peitoral.

— Me diga como esse lugar existe.

Hoseok riu baixinho e acariciou meus dedos.

— E — continuei — me diga como fui parar no outro mundo, sendo que sempre pertenci à essa casa.

Quando terminei de falar, Hoseok ficou sério e olhou para o lado. Em seguida, levantou-se, me deixando só no colchão macio da cama. Ele pôs as mãos nos bolsos e contorceu os lábios, com seu rosto levemente inclinado em minha direção.

— Eles atacaram o castelo há alguns anos — Hoseok disse tão baixo que eu mal pude ouvir.

— Eles quem? — ousei indagar ao me sentar na cama.

Hoseok virou-se para mim, com uma feição triste.

— Os alestrianos — pela voz de Hoseok, aquilo era só o começo. E minha suspeita se concretizou quando ele suspirou e continuou: — os alestrianos e meu irmão Hong, atacaram o castelo.

BLUME 「 2Won 」Where stories live. Discover now