Niji

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E agora estava ali, juntando os pedaços de Iero.
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Destruído. Era o estado em que Gerard se encontrava, assim como Frank, mas ao ver o menor ali, sofrendo, era demais para ele.
Se soltou dos braços do menor, se levantou e disse:
- Quem foi o filho de uma puta que fez esta merda? - perguntou entre dentes.
- Foram vocês mesmos, suas bichas! - respondeu um grupo de garotos ao seu lado. Way partiu para cima daquele bando mas foi parado por McCracken, que balançou  cabeça negativamente. Sua raiva era tanta que pensou que, se fosse possível, ela sairia pelos poros e mataria muitos se estivesse viva. Inspirou e expirou pesadamente até voltar a chorar e se ajoelhar perto do menor. Pensou que se continuassem ali, ele sofreria mais. Então, com o menor no colo, o levou até o carro, afastando a multidão, o sentou no banco, colocou o cinto e em seguida, já estava sentado com o cinto encaixado e pronto para sair daquele lugar. Como Bert não queria que seu melhor amigo fizesse algo errado, correu e entrou no carro, no banco do passageiro ao lado de Way e seguiram à casa do mesmo.
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Chegando lá, Frank ainda não havia parado de chorar - parecera que só piorara -, Way passou a mão pelos seus cabelos para acalma-lo e viu que este estava queimando de febre, pediu para que Bert abrisse o portão e estacionou o veículo. O maior entrou com Iero em seus braços e McCracken foi preparar algo na cozinha para comerem e fez um chá e pegou remédios suficientes para dor de cabeça. Aquele dia seria difícil para todos. O tempo naquele horário não estava bom, iria chover de um jeito ou de outro, e seria uma chuva forte. Após uns 40 minutos depois de chegarem, começou a chover forte, com muitas trovoadas, nada para se temer. O maior acabou dormindo abraçado com o menor, no sofá, a tarde inteira, e foi Bert que teve que fazer as coisas, mas não ligava, via o quanto estavam lutando e sofrendo para se manterem juntos que não se importava em matar quem fez aquilo para que fossem felizes. Observou enquanto estes dormiam e adormeceu no outro sofá.
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Linda ficou sabendo do que acontecera quando sua amiga mostrou-lhe o vídeo, e depois outro, que filmaram na escola, de Frank chorando em posição fetal e depois Way chegando e tentando acalma-lo. A primeira coisa que fez foi pegar o telefone e discar o número do filho, caiu na caixa postal e tentou novamente mas deu na mesma. Ligou para Gerard mas foi Bert quem atendeu:
- M-meu f-filho está b-bem? E-ele deve estar s-sofrendo, né? - dizia entre soluços; sabia o quanto aquilo poderia ser doloroso, nunca aconteceu com ela mas sim com uma amiga no colégio.
- Ah, Sra. Iero! Ele está aqui e sinto muito, mas ele não está nada bem, infelizmente, Gerard e eu estamos fazendo de tudo para fazê-lo se sentir melhor mas está complicado. Se quiser vim pra cá será muito bem vinda.
- O-obrigada, eu vou. Tchau. - dizia mais calmamente.
- Okay, até.
Way acordou lá para as 18:00 e tomou um banho - ficou sabendo que Linda viria e resolveu se arrumar para que parecesse que estava se controlando, o que não era verdade -, pediu para que McCracken cuidasse do menor e saiu para comprar sorvete. A sra. Iero já havia chegado quando voltou, estava com os cabelos presos, vestindo uma calça preta, botas e sobretudo da mesma cor, Iero estava sentado em seu colo, abraçando seu pescoço e havia parado de chorar por um momento para logo em seguida começar tudo de novo. Way cumprimentou Linda, deu um beijo em Frank e seguiu para a cozinha. Colocou o sorvete em taças e distribuiu para cada um, comeram em silêncio até o menor pedir para que ele e Gerard ficassem sozinhos, sua mãe perguntou se ele havia melhorado nem que fosse 0,99% e disse que estava começando a se controlar, sendo assim, ela e Bert foram para a cozinha limpar as taças.
- Gee, eu... - Iero parecia que ia voltar a chorar, com a voz trêmula continuou a falar - me desculpa pelo que aconteceu, eu sabia que algo ia acontecer, sabe? Quando elas chegaram, não saíam da minha cola, é tudo culpa minha! Você já passou por algo parecido uma vez e não precisa passar novamente, eu...
Não terminou a fala pois Way se moveu tão rápido que nem o viu ir em sua direção para abraça-lo. O maior tremia, estava chorando, ali, na sua frente, ele estava mostrando tudo o que aguentara pelos dois, o que aguentara por vários anos mais que si mesmo e percebeu que ele podia ser rude, mandão e tudo o mais, mas era uma máscara, uma barreira que construiu para que ninguém o visse sofrendo e chorando pelos cantos. Aquele era Way. Era sua essência, o seu verdadeiro eu; uma pessoa forte que pode aguentar tudo, aguentar tudo por todos mas que sofre e mesmo assim é forte. Como sempre, Ger, você é perfeito e é por esse e muitos outros motivos que me apaixonei por você, disse mentalmente. Se sentou com as pernas em posição de índio e ficou acariciando a cabeça do maior depositada em seu colo, queria que o maior chorasse; não por maldade, mas para que não aguentasse tudo sozinho e sim que dividisse com ele sua dor e sofrimento. Way adormeceu e Iero ficou o olhando dormir, era tão lindo, tão... Ah! Era um deus! Devia ser uma mistura de Afrodite, Eros e muitos outros deuses gregos que nas histórias são descrevidos como belos seres, uma beleza que não podia ser humana. Gerard abriu os olhos e se fitaram por vários minutos até se beijarem, o momento não era o certo mas era reconfortante. Linda foi embora, mesmo sabendo que o seu ex-marido tinha namorado o Gerard quando este estava no ensino médio, deixou Frank lá, e disse que, desde que Way não se incomodasse, ele poderia ficar o tempo que fosse necessário. Bert foi após umas horas, dizendo ao maior que ligasse para ele quando estivessem melhor ou ele iria ali sem avisar e daria um susto nos dois. Assim que saiu, Way recebeu uma ligação:
- Sr. Way?
- Quem está falando?
- Aqui é o sr. Lightwood, sendo mais exato, Gabriel Lightwood, estou ligando para avisar que você foi desconstituído do seu cargo de diretor, mandarei mais informações pelo e-mail. Passar bem.
Havia sido despedido e era tudo por causa de um vídeo tolo! É crime amar outra pessoa, mesmo que a esta seja do mesmo sexo? O amor sempre vence, não é? Então por que estavam ali sofrendo, deixando que uma sociedade hipócrita de merda ditassem o que deviam ou não fazer? Jogou o celular na parede e subiu as escadas correndo, indo para o seu quarto, o menor saiu atrás de seu encalço. Assim que chegou na porta viu que o maior estava sentado na cama, com uma garrafa de bebida na mão e chorando.
- Bem, eu tentei, tentei, tentei e tentei! E porque deu errado? - falava enquanto chorava - O que vamos fazer? - jogou a garrafa na parede e pegou um pedaço do vidro, com o mesmo em mãos o posicionou no pulso, Frank gritou:
- Gee, não faça isso, não! Eu sei o que aconteceu anos atrás por causa disso, eu não saberia viver sem você, Way!
Aquelas palavras poderiam ser poucas mas estavam carregadas de emoções.
- O que você disse? - perguntou afastando o caco de vidro.
- Isso mesmo! Eu te amo e não saberia viver sem você, pronto. - se jogou em Gerd e começaram a se beijar calmamente, se levantaram e sentaram-se na cama. O clima não era bom para transarem mas o menor apenas masturbou Way, o que era melhor que nada, e este o puxou para o lado assim que se desfez, o beijou e o abraçou tão forte que ele pensou que seus órgãos internos saltariam para fora.
- Sinto muito.
- A culpa não é sua, não - levantou a mão pois o maior queria protestar - não é minha, mas sim nossa. Se eu não tivesse ido na sua sala e você não tivesse dado bola pra mim nada disso teria acontecido, e por fim, a culpa é nossa!
- Tá bom, é nossa! Nem sei o motivo pelo qual eu estava chorando quando aquele abutre me ligou, sabe? Eu não gostava muito daquela escola e tenho muitas razões pra isso, mas por um lado foi bom pois conheci você e seu pai... - sua voz falhou e logo após ele pigarreou - Eu sei que é difícil para nós dois nos levantarmos e sairmos por aí fingindo que nada aconteceu, mas podemos nos levantar, isso é natural; se cairmos, escolhemos se levantamos ou não, essa escolha é nossa! Você quer se levantar, sr. Iero? - Way se levantou e estendeu sua mão ao menor, que em seguida a pegou e os dois em pé e de mãos dadas saíram correndo porta a fora. Esquecendo o passado, queriam o presente e o futuro, queriam viver sem se importar para com a opinião dos outros, a vida e o amor eram deles e de mais ninguém, só deles. Entraram no carro e foram para um bar, iriam tomar umas e ninguém os impediria. Ficaram tão bêbados que confundiram um poste de luz com uma girafa! Gerard conseguiu, dificilmente, destrancar o carro e ao entrarem se olharam e começaram a rir igual hienas. O maior bêbado perguntou para onde iriam e o menor apenas vomitou no tapete, voltaram a rir e foi a vez de Way vomitar, abriu a porta e o fez. Ligou o carro e dirigiu mesmo não sabendo para onde estavam indo, sabia que estava bêbado mas queria extravasar. De vez em quando pisava no freio desnecessariamente e os outros motoristas buzinavam com raiva, os xingando e dizendo que era melhor voltarem para a reabilitação ou acabariam matando alguém. Por fim, Gerard estacionou no acostamento e dormiram. Quando acordaram o sol já havia nascido e a ressaca dos dois estava tão forte que mais de três copos de café seria necessário ao invés de apenas um. Estavam tão felizes que nem se lembravam do que acontecera, mas um grupo de 3 garotos e 4 garotas passaram ao lado do carro e os reconheceram, os xingaram e jogaram pedras no carro. Way pisou firme no acelerador e saíram dali. A vida deles não seria fácil dali pra frente, nunca mais.
" Frankie, Lynd e eu decidimos que vamos retirar o vídeo da internet e tudo o mais, contanto que vocês dois aceitem namorar com a gente, topam? Olha, eu sinto muito mesmo, mas a vida é assim! Você será meu e o Gee da Lindsey, tão simples! Ah, te amo tanto que você nem imagina, esperamos vocês aqui no parque."
By: I'll fuck you
- Ger... - mostrou a mensagem para o maior, e este a fitou com ódio, mas se era para o bem do menor - não ligava para si contanto que o menor estivesse bem - e os deixassem em paz, nem que isso significasse o fim dos dois, pois sabiam que, mesmo se terminassem e nunca mais se vissem, o coração, o corpo e a alma estariam clamando um pelo outro, no céu e no inferno, o amor deles era eterno. Decidido, Way com os olhos cheios de lágrimas se voltou para o menor e disse:
- Fronks, eu... É melhor nós terminarmos, é difícil, eu sei! Mas tentamos e deu errado, deu com o seu pai e agora se repetiu com você, eu sinto muito pois te amo pra caralho. - Já estava chorando pra caramba quando Iero, sabendo que aquilo aconteceria mais cedo ou mais tarde, sorriu com os olhos marejados e disse:
- Eu sei que não ficamos juntos por muito tempo, 5 ou 6 meses? Foi bom e lindo enquanto durou e também te amo. Quando te vi pela primeira vez te achei lindo, não, perfeito e ainda te acho. Não pela sua beleza mas pelo seu caráter. Te escolhi porque você tinha um brilho que ofuscava os outros, e estávamos indo tão bem que... - limpou as lágrimas que insistiam em cair e controlou a voz - nem poderíamos imaginar que isso aconteceria e olha só, estamos dentro de um carro com uma ressaca do inferno e terminando para que duas vadias retirem um vídeo babaca da internet que todo mundo já deve ter visto e... - Gerard percebeu que estava tendo uma crise de nervosismo e o abraçou; eram seus últimos toques no menor, os últimos beijos e até mesmo a última vez que o veria.
- Sempre te amei e sempre irei, meu pequeno.
- Também te amo, ontem, hoje, amanhã e sempre! Nem que meu corpo apodreça e minha alma vá para o inferno, nunca deixarei de te amar.
- Eu tinha uma suposição caso isso acontecesse e bem... Quando chegar na sua casa - segurou o menor nos ombros -, vá ao seu quarto e abra sua cômoda, dentro dela tem uma carta. Tenho que admitir que nunca pensei que isso aconteceria, que terminaríamos desse jeito, mas sim que algo ruim aconteceria e teríamos que nos separar. Então leia a carta. Vou te levar pra casa, honey.
Não disseram mais nada no caminho e na morada de Frank, em frente à porta - Linda ouviu o barulho do motor e foi correndo olhar pela janela - se despediram, dando um beijo e um abraço demorado e com os olhos cheios de lágrimas que deram o último adeus, que se viram pela última vez. Haviam terminado tudo, mas o destino não.
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3 anos depois...
Frank e Jamia já estavam namorando faziam 3 anos, os dois aparentavam estar felizes e bem consigo mesmos. Estavam no mesmo parque no dia em que marcaram de se encontrarem, e ela tinha uma notícia para ele:
- Amor, estou grávida! Grávida! Vou ser mãe e você vai ser pai! Estou tão feliz! - deu um abraço no menor e se beijaram.
- Nossa, que felicidade - Frank tentou parecer feliz, estava com a cabeça longe dali - parece que vai chover, vamos pra casa - Jammy o olhou feio pois viu que ele estava mudando de assunto, então ele continuou - e vamos contar para nossos pais, é óbvio!
Deixaram o parque e foram para casa. Frank tinha 20 anos e seria pai.
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Gerard estava sentado na cafeteria quando Lyndsey, após receber uma mensagem, disse alegremente:
- Meu bem, lembra que eu estava passando mal e fui fazer um exame médico? Então, os exames estão prontos... Estou grávida!
- Grá... - o maior ficou tão assustado com a notícia que saiu correndo para o banheiro do estabelecimento e vomitou no vaso. Iria ser pai. E a mãe seria a Lyndsey, a mulher que junto com sua melhor amiga conseguiu estragar seu relacionamento com Frank Iero.
- Não pode ser! Não pode!
Tentou parecer que estava feliz com a notícia, deixou o banheiro e saiu da cafeteria de mãos dadas com ela. Estavam indo pra casa. Way tinha 27 anos e também seria pai.
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4 meses depois...
- Sr. Way, aceita Lindsey como sua esposa, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe? - dizia o padre no altar.
- Aceito.
- Lyndsey, você aceita Way como...
- Aceito! - foi interrompido por ela.
- Então os declaro marido e mulher, pode beijar sua noiva!
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- Frank Iero, aceita Jamia como sua esposa na...
- Aceito. - disse com a voz falhando interrompendo o padre, que o olhou feio.
- Jamia, você...
- Aceito! - disse radiante e o padre resmungou um "parece que amam me interromper, pelo amor de Deus"
- Então, vos declaro marido e mulher, pode beijar sua noiva.
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Haviam se casado com as mulheres que estragaram todos os sonhos que um dia planejaram viver, e agora elas estavam carregando o fruto de um amor falso; elas podiam ama-los mas eles não as amavam. O amor não é algo forçado, é algo que acontece e quando você percebe já está apaixonado que nem um adolescente. A vida é assim. Mas a vida de Frank Iero e de Gerard Way sempre estariam conectadas uma com a outra. Esse era o destino dos dois e sempre foi.
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- Gerard, quero te mostrar meu filho, Frank! - o Frank pai estava estocando Way enquanto conversavam.
- Hmmm... S-seu filho? Q-quantos anos e-ele tem? - tentava controlar os gemidos que insistiam em escapar.
- Alguns meses, nasceu faz pouco tempo e ainda por cima, no Halloween!
- Que l-legal... Ali, isso, ali de novo. Ah!
Se desfez dentro dele e pediu para que se vestisse, aquele era o único momento em que poderiam sair juntos.
- Para onde vamos? - o menor perguntou enquanto se trocava.
- Eu já disse! Vamos.
Seguiram para a moradia de Iero pai e entraram sem que Linda, que estava na cozinha e não os ouviu chegar, percebesse.
- Aí está o meu campeão! - abriu os braços e pegou um bebê de dentro do berço - não é lindo?
Assim que Gerard o viu, percebeu que ele era igual ao pai, mesmo sem ser grande ainda, era lindo e tão pequeno, que, ah! Dava até vontade de apertar.
- Ele é lindo! Lindo... - se aproximou do bebê e deu um beijo em sua testa, e este soltou uma gargalhada fofa. Os dois se olharam e sorriram. Linda, quando acabou de lavar a louça, deixou a cozinha e seguiu para a sala, se deparando com Way e seu marido.
- O que fazem aqui? Eu já não disse para ficarem longe daqui? Frank, você me traiu com seu aluno, a l u n o - soletrou a palavra - e agora vem aqui e vai entrando sem autorização, eu posso te amar, mas nem por isso posso te deixar ver meu filho com este aí. Saíam daqui!
Gerard paralisou, era ela quem tinha o visto transando no quarto de Frank nessa mesma casa.
- Nosso combinado é que eu fique aqui por meu filho até ele completar 5 anos! Eu posso vê-lo!
- Está bem, mas nunca mais traga este garoto aqui, está me entendendo? Ou terei que avisar a polícia por que meu marido está abusando de seu aluno?
- Eu já ia embora! - colocou o bebê no berço, mas antes beijou-lhe a testa e depois puxou Way pelos braços - vamos!
Antes de saírem, o menor deu uma olhada no Frank filho e Eros lançou sua flecha em seu coração. Ele poderia ser apenas um bebê, mas era ele por quem Gerard um dia se apaixonaria eternamente, mesmo que fosse para o inferno, o que provavelmente iria acontecer. Os olhos de Iero filho brilhavam e seu sorriso era muito lindo, muito fofo, até demais. Daí ele começou a chorar, pois seu pai estava saindo dali, o deixando. Way sentiu um aperto no coração, e prometeu para si mesmo que protegeria o menor quando este crescesse, não importaria o que fosse sofrer para isso. Era uma promessa.
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" Frank, eu sabia que algo aconteceria, e sabia que escreveria esta carta. Se você a está lendo é porque terminamos. Primeiramente, te amo pra porra e sei que você também me ama. Segundo, nunca quis que acabássemos. Terceiro, aquele dia que você mandou eu me foder, eu queria te puxar e te esfolar até seu interior sangrar, fazer as coisas mais loucas na cama com você, e olha que fizemos mesmo. Sinto muito, não posso saber agora, neste momento, o que acontecerá, afinal ainda estamos juntos, mas me desculpo adiantado. Foi bom enquanto durou, e saiba que te amo hoje, amanhã e sempre! Nunca se esqueça do que vivemos, faz parte do nosso destino. Ás vezes eu refletia, quando namorava seu pai, se seríamos felizes para sempre como nos contos de fadas, mesmo sendo do mesmo sexo. Deu certo no começo, mas por culpa de pessoas que não aceitam o que escolhemos ser e viver, foi tudo por água abaixo. Espero que você possa entender seu pai. Acho que este é meu último presente para você: Vá até sua mãe e diga que está na hora, ela entenderá. Minha vida sem você nunca mais será a mesma, mas espero que em breve nos encontremos, afinal, a vida é uma caixinha de surpresas.
Gerard Way, sua puta number one."
Esta foi a carta deixada por Way, há muito tempo, na cômoda do quarto de Iero, e pediu que este a lê-se quando terminaram. Saiu de seu quarto chorando e foi até Linda, repetiu as palavras de Way e ela lhe entregou uma caixa pequena. Deixou o quarto e seguiu para o seu, abriu a caixa e nela continham três itens: Uma foto de Gerard, Bert, Bob, Ray e ele quando foram ao cinema assistir Poltergeist, um anel escrito " My Only Love " - que haviam trocado um com o outro muito antes de namorarem - e um pedaço de tecido preto, logo percebeu que era do vestido de empregada doméstica que usou na primeira vez em que transaram. Aquela seria a última vez que recebera algo do maior.
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And we'll love again, we'll laugh again, we'll cry again, and we'll dance again,
And it's better off this way, So much better off this way, I can't clean the blood off the sheets in my bed
Well never again, and never again, They gave us two shots to the back of our head, And we're all dead now

I never told you what I do for a livingOnde as histórias ganham vida. Descobre agora