Um ótimo prêmio

304 22 4
                                    

Estávamos no seu quarto escolhendo algum jogo, iríamos jogar vídeo game, o Christopher me olhava de um jeito as vezes que me deixava sem graça.

     Any! Eu esqueci dela. Levantei e disse que tinha que ir agora.

- Mas acabamos de chegar, Dul!

- ‎ É que a Any me chamou para ficar com ela hoje, vamos sair.

- ‎Desmarca, por favor, fica aqui.

    Ele fez uma carinha fofa, tipo cachorro sem dono, suspirei e disse que iria ficar. Ele sorriu vitorioso.

- Vou mandar mensagem para ela e dizer que você não poderá ir.

- Tá bem. —Me sentei na sua cama e ele pegou o seu celular— Por que parou de falar comigo desde aquele dia? —Peguei um jogo.

- Não sei, mas agora somos amigos e vamos conversar sempre, ok?—Ele guardou seu celular.

- Podemos jogar esse? —Dei o jogo para ele e o mesmo sorriu.

- Ótimo! Mas é difícil, se eu ganhei quero um prêmio.

- Aham. —Minha risada saiu baixa e o Christopher apertou minha bochecha.

      Ficamos jogando até que desistir, não tinha imaginado que um simples jogo de luta poderia ser tão difícil, e eu estava cansada de perder nesse jogo.

- Oba! Ganhei. —Ele colocou os controles no chão, na sua frente.

- Ganhou por que estar acostumado nesse jogo.

- Você escolheu o jogo então nem reclame. —Dei um tapa de leve no seu braço e ele riu.— Ei, agora quero meu prêmio.

- Quer receber o que? —Ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha. —Não me olhe assim.

- ‎Assim como?

- ‎Com essa carinha, não sei o que significa esse olhar.

- ‎Dul, eu quero você. —O olhei confusa.— Você é um ótimo prêmio.

- ‎Mas eu não sou um prêmio! —Ele colocou sua mão em cima da minha coxa e acariciou— Christopher, somos amigos, para de...Não me toque!

   Minha voz saiu alta quando ele tocou na minha intimidade por cima do meu short. Me levantei e ele fez o mesmo. Christopher segurou no meu braço quando tentei me soltar.

- Não finge ser difícil.

- ‎Para! Pensei que você era diferente.

- ‎Eu sou homem, Dul. —Ele encostou meu corpo contra o seu, e começou a  beijar meu pescoço.— E tenho necessidade.

      Eu queria o empurrar mas uma parte do meu corpo estava gostando disso. Ele desceu uma mão até meu quadril e apertou. Eu não sabia o que fazer e estava me sentindo diferente, nunca me sentir desse jeito. O Christopher sussurrava algumas sacanagens no meu ouvido e eu me sentir.... Não sei como.

- Christopher, eu estou apertada, preciso ir ao banheiro.
- Quê?
- ‎Não sei, estou me sentindo molhada.

      Certeza que meu rosto ficou vermelho e ele soltou um riso, não entendi mas o empurrei e fechei o zíper do meu short que ele tinha aberto.

- Você é virgem, certo? Não entende nada de sexo.
- ‎Não interessa.

      Claro que eu entendo! Mas só o básico, e isso não importa, não quero perder minha virgindade! Ainda mais assim.

   Sai correndo do seu quarto, deu para escutar ele me mandando voltar mas nem dei importância.

    Sai depressa da casa e fui para minha. Assim que entrei vi a minha mãe e Dona Alexandra ainda conversando então resolvi ir por quarto.

      Se passaram algumas horas e ainda estava no quarto então achei melhor ir tomar um banho e me arrumar. Quando terminei de fazer isso passei alguns minutos no quarto até que fiquei com fome. Sai do quarto e fui logo para cozinha, chegando lá a mamãe estava conversando com o meu pai mas quando me viram ficaram calados, certeza que estão escondendo algo de mim pois estão estranhos.

- Oi, filha. —Meu pai diz e eu beijei sua bochecha.— Pensamos que não iria descer.

- ‎ Queria ficar sozinha. —Ele iria dizer alguma coisa mas falei antes— Mas eu estou bem! —Sorri e ele sorriu também.

- Ah bom. Hoje nós três vamos jantar...

- ‎No restaurante? —Disse animada.

- ‎Não. A vizinha nos chamou para jantar na sua casa. —Blanca diz se aproximando de mim— Não gostou da notícia? —Ela fez carinho no meu rosto.

- ‎Gostei sim. —Ela olhou meu pai e depois saiu da cozinha. O papai levantou da cadeira e me deu um beijo na testa.

- Vocês discutiram?

- Não se preocupe, ta?

      Quando deu oito hora fomos até a casa ao lado. A Alexandra nos recebeu gentilmente, ela é um amor de pessoa. Meus pais e ela ficaram conversando, se conheceram hoje e têm vários assuntos. Descobri que ela é divorciada, seu ex esposo era alcoólatra e os dois brigavam muito mas isso já se faz sete anos, eu apenas escutei tudo calada. O Christopher não tinha aparecido e achei até bom por que não saberia como o tratar depois daquilo.

Memórias perdidas [Concluída]Where stories live. Discover now