Capítulo 13 - O que eu fiz? ❤

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— Isso é algo horrível de pensar – Disse e ele me olhou confuso. — Aquelas meninas são fúteis e fáceis, mas... Todos tem algo sombrio e doloroso guardado. Talvez isso que vivem agora seja apenas uma máscara para... Esconder.

— Esconder?

— O que elas são de verdade. O que elas têm medo de mostrar. – Abaixei meu olhar por um instante antes de olhá-lo novamente.

— Então... Qual é sua grande dor? Seu lado sombrio... Eu quero ver. – Ele diz, me pegando de surpresa.

Ninguém nunca jamais pediu algo assim para mim. Nunca ouvi ninguém querer saber sobre isso, se bem que não tenho muitos amigos. Rony é o mais próximo de um amigo que tenho aqui. Porém ele é mais ocupado que a maioria daqui, então não o incomodo muito.

— Bem... Eu perdi meus pais quando era mais nova e.. vivi num orfanato desde então até meus dezoito e aí conheci um bêbado que me deu um passe para a melhor universidade de Artes do Brasil. – Ele sorri um pouco, mas não diz nada. — As coisas não andam bem para mim – Vislumbrei a arvore acima de nós.

— Seus pais sofreram algum acidente? – Questionou, com os olhos fixos em mim.

— Ah... N-não... – Falar sobre isso fazia meu coração despedaçar.

— Desculpe. Eu não quero me meter nisso. Mas se um dia quiser contar, eu estou aqui. – Ele passa a mão de leve por meu cabelo.

Começa a andar, mas seguro sua mão.

— Chuck. – Ele continua a me olhar esperando eu dizer algo. — Obrigado por me defender.

— Eu não devia precisar fazer isso. – Seu olhar era triste.

— Não se culpe. Eu já disse. Eu escolhi entrar nessa com você. E vou até o fim – Sorri e soltei sua mão, passando pela sua frente e indo enfim para meu dormitório.

Mal posso esperar os olhares curiosos e penosos para cima de mim.

Chuck.

É insano como ela estava me surpreendendo. Ninguém nunca se agarrou a mim – com exceção da minha mãe – de tal forma como ela. As mulheres que conheci sempre dizem para eu ligar pela noite, pois só procuram uma coisa. Fernanda apesar de grudenta, não é a mesma coisa. Anya não está desistindo de me ajudar em algo que a está fazendo tão mal nesse momento.

Isso sim que é empatia.

Olhar para ela está começando a fazer meu coração se remexer estranhamente. Mas é um sentimento novo e bom.

Caminhei com ela até a entrada do dormitório, quando nos separamos para nossas alas. Eu a esperei ir e só assim fui. Algumas pessoas que estavam a nossa volta nos olharam, com certeza se perguntando o que nós dois tínhamos feito para estarmos assim, mas apenas ignorei e fui para o meu.

Abri a porta e já dei de cara com Túlio e ele já abriu a boca para as perguntas:

— Então era verdade – Ele coloca a mão no nariz e tampa. — Você está fedendo mano!

— Você não foi a festa porquê? – Tirei minha camisa e os tênis.

— Amanhã tem prova. Apesar de eu não ser o mais estudioso, eu quero tentar passar nessa maldita matéria. – Ele já se senta em frente à mesa e abre o notebook dele.

— Eu tinha esquecido dessa prova. Ah... ainda tem aquela apresentação. – Bagunço meu cabelo.

Eu não queria saber disso agora, eu só quero achar o perfil dela no Instagram.

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