NURIA: Eu confiei em você, Colin! E você estava tramando tudo com a rainha!
COLIN: O quê? Não, claro que não! Do que você está falando?
PAI: Que discussão é essa aqui?
Meu pai chega e nos surpreende, colocando um fim na conversa entre Colin e eu. Meu pai percebe o meu rosto triste e o olhar culpado do príncipe, então suspira fundo.
PAI: Príncipe Colin, me perdoe, mas... Acho que minha filha prefere ficar sozinha. É melhor você ir embora, e se eu ofendi a Vossa Majestade, eu aceito as consequências.
O príncipe espera que eu contrarie o meu pai, e peça para que ele não o mande embora, no entanto, eu não faço nada. Eu fico imóvel olhando para colin.
COLIN: Senhor, eu só preciso falar com ela e...
PAI: Outra hora, se você não se importar... Olha, eu gosto de você, mas ela é minha filha. E mesmo que eu nem sempre concorde com as escolhas dela, eu não suporto a ideia de que um homem como você possa deixá-la triste.
Eu olho para baixo, não sei o que dizer, meu coração está apertado.
NURIA: Adeus, Colin.
Eu caminho lentamente em direcção às escadas.
COLIN: Eu vou resolver tudo, Nuria, eu prometo!
NURIA: Estou cansada das suas promessa, Colin!
Eu gostaria de poder acreditar nele... Eu dou um grande suspiro, e volto para o meu quarto.
Será que é o fim do nosso romance? Acho que tudo depende dele.
PAI: Nuria? Posso entrar?
NURIA: Sim...
Sentada na cama, eu apenas viro a minha cabeça.
NURIA: Obrigada por me ter defendido.
PAI: Imagino que você não queira falar sobre isso, especialmente depois da nossa discussão.
NURIA: Realmente.
PAI: Apenas me deixe dizer o que eu penso... Eu havia notado vocês dois se aproximando, eu sou velho mas não sou bobo. E nenhuma burguesa se casou com um príncipe até hoje.
NURIA: Você está tentando me consolar ou me deixar ainda mais triste?
PAI: O que eu quero dizer, é... Mesmo que não dê certo entre vocês, talvez vocês possam ser amigos?
Eu olho para longe...
PAI: Às vezes, perdemos o controle da situação, mesmo com as melhores das intenções. Nós cometemos erros, mas o importante é manter a sinceridade.
NURIA: Exactamente, e ele nunca fez isso.
Meu pai se aproxima de mim, ele coça atrás da cabeça e suspira fundo.
PAI: Eu conversei com o príncipe, e ele parece muito chateado com a situação. Acho que ele percebeu o quanto te machucou, e se arrepende do que fez.
Eu balanço a cabeça lentamente, meu pai coloca a mão em meus cabelos.
PAI: Eu não vou te incomodar mais, mas pense em tudo o que eu disse.
Ele sai do quarto, e eu deito na minha cama. Meu pai é um homem orgulhoso, se ele veio aqui falar comigo após estar trancado em seu quarto por alguns dias, é porque ele está realmente preocupado comigo.
Preciso pensar seriamente no que fazer...
Nos dias seguintes, começo a retomar o controle e a voltar a ser quem sou. Pelo menos, já consigo sorrir sem forçar.
Ainda não voltei ao castelo, preferi evitar. Mas agora, estou pronta, e preciso pegar as minhas coisas...