Well don't I look pretty walking down the street In the best damn dress I own?

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Gerard:
Não acreditava no que acabei de ouvir, senti como se meu coração tivesse pulado uma batida. Virei meu corpo completamente de frente para Frank e dei um passo hesitante em sua direção.

"Só pode ser brincadeira, ele não tá falando sério..."

Regredi um passo novamente, abrindo a porta e já colocando metade do corpo no corredor.

-Boa noite. -disse, me despedindo rapidamente e saindo do quarto, batendo a porta atrás de mim.

Entrei em meu quarto, tirando a fantasia e indo para o chuveiro, deixando a água quente cair sobre meu corpo, enquanto tentava digerir tudo o que havia acontecido naquele dia; desde quando entrei pela porta até o último momento no quarto de Frank. A parte em que tive que me despir e colocar a fantasia de neko, que expunha todas as minhas inseguranças, não saia da mente. Sacudi a cabeça, afastando esses pensamentos.

...

Desliguei o chuveiro e vesti uma roupa mais confortável.
Foi aí que notei uma coisa...

"Minhas roupas ficaram no banheiro do quarto dele."

Não tinha coragem de voltar para lá. Não agora, depois do que aconteceu. Não sabia se voltaria a falar com Frank tão cedo, ou se voltaríamos a nos falar.
Cansado e desanimado, decidi não pensar nisso agora. Só queria descansar.
Foi então que ouvi uma batida na porta do quarto e em seguida a voz de Frank.

-Hã... Gerard? Você esqueceu suas roupas.

Cerrei os dentes antes de abrir a porta.

-Obrigado. Espera aí, você me chamando pelo nome certo?- havia notado que, pela primeira vez, ele me chamou de Gerard.

Peguei as roupas e me virei por um momento, colocando-as em cima da cama. Quando me voltei para a porta, Frank estava um pouco vermelho e coçava a cabeça, sem jeito.

-Nhá... sabe como é...- ele olhou para baixo, parecendo envergonhado- desculpa pelo modo como te tratei hoje- sorriu antes de terminar a frase- espero que não queira me matar.

Suspirei antes de falar.

-Tudo bem, sem problemas.

O silêncio que se seguiu, mesmo que por pouco tempo, foi incômodo.

-Então, te vejo por aí?- perguntei, retribuindo o sorriso.

-Hã... claro, até breve, loirinho.- ele acenou e se virou, voltando para seu quarto.

Fechei a porta, ainda sorrindo e me deitei na cama. Antes que percebesse, estava dormindo.

The Black MansionOnde histórias criam vida. Descubra agora