-Obrigado, Harry, principalmente por vir, ter você aqui é muito importante para mim. – Louis disse.

Harry sorriu largamente, mais que tudo queria poder beijá-lo e precisou se controlar muito para não fazer aquilo, já que sabia que Louis não gostaria do gesto em público.

Os meninos se afastaram do abraço e Gemma parabenizou o Louis também, antes de ser arrastada por um grupinho de amigas para o outro lado.

-Então, vamos comemorar e depois você vai dormir lá em casa, né?! – Harry disse, repassando os planos que eles tinham feito mais cedo.

Louis estava pronto para responder que sim, quando viu Mark se aproximando no meio da pequena multidão. O menino congelou, por alguns instantes tinha sido tudo tão perfeito que até se esqueceu do fato do pai estar ali, ou teve esperanças de que ele já tivesse ido embora, mas não, ali estava ele, com um sorriso cínico nos lábios, cada vez mais perto...

-Lou... – Harry franziu o cenho ao perceber a mudança nele. O Tomlinson tinha ficado pálido de repente, tenso, seu corpo todo parecia congelado no lugar. -O que foi que...

-Até que você joga razoavelmente bem, Louis. – Mark parou ao lado deles, o que assustou Harry completamente, já que ele nem tinha notado a aproximação do homem.

-Pai... – Louis murmurou, as palavras saindo engasgadas de sua garganta, Mark nunca foi realmente um pai para ele.

Harry ficou imediatamente em alerta e tenso. Então aquele era o pai do Louis! Todas aquelas suposições que estava fazendo voltaram a rondar sua mente e ele queria simplesmente envolver Louis em seus braços e protegê-lo de alguma forma, mas continuou parado.

-Então é assim que funciona esses joguinhos. – Mark cruzou os braços.

-Isso é algo muito importante para mim. – Louis retrucou. –E você nunca vem, porque está aqui hoje?

-Ei, olha esse tom de voz comigo! – Mark franziu o cenho e instintivamente Harry deu um passo para mais perto do Louis.

-Tudo bem, Lou? – Harry perguntou, olhando fixamente para ele e tentando ignorar o homem ao seu lado.

Louis olhou para Harry, ficando mais nervoso, o que faria se Mark desse um de seus ataques ali? Ele sabia que não corria o risco de apanhar, não em público assim, mas as palavras ríspidas de Mark já era algo que ele não queria Harry presenciando, na verdade ele queria que Harry nunca chegasse a conhecer Mark.

-E quem é esse? – Mark perguntou, pela primeira vez olhando com mais atenção para o Styles.

-É um amigo. – Louis disse simplesmente, só queria sair dali, ir para bem longe do pai.

Harry sentiu um nó no estômago quando Mark o olhou diretamente, era um olhar frio e zombeteiro, e era o mesmo jeito com que ele olhava para o próprio filho. Ele não tinha dado nenhum abraço no Louis, nenhum parabéns pela vitória, nada! Tudo aquilo só estava dando mais certeza ao Harry de que Louis tinha sim problemas com o pai e problemas sérios... Aquele hematoma roxo na barriga dele não saía da cabeça de Harry agora.

-Um amigo... – Mark repetiu as palavras e riu. –Ok, e a cadê a sua namorada? Eu vim aqui especialmente para conhecê-la.

Namorada? A palavra fez Harry gelar por dentro. Que namorada?

Louis quis gritar com Mark, dizer para ele sumir dali, o queria o mais longe possível de Harry.

-Ela não está aqui. – Louis murmurou com raiva. –Agora preciso ir, e não vou dormir em casa.

Sem dar oportunidade de Mark dizer mais alguma coisa, Louis saiu dali, arrastando Harry com ele apressadamente. Por alguns instantes teve medo de Mark segui-los, mas por sorte ele não fez isso. Louis sabia que quando voltasse para casa aquilo teria repercussões e tremia só de pensar no que poderia acontecer, mas por agora estava a salvo e foi nisso que se concentrou.

Depois que te conheci...Where stories live. Discover now